29/02/08
28/02/08
Isto anda tudo ligado* ou, em alternativa, «Ils n'ont pas de pain? Qu'ils mangent de la brioche»
26/02/08
A West Coast à conquista de Paris ou: Há tipos com uma sorte do caraças. Chegam aos sítios e dão logo com as coisas
25/02/08
A excelência do inglês técnico (nota 15) da West Coast: no Allgarve sempre se fala melhor
BICÓZE DIZE ECT IZANECT DETUIDU BICÓZE*
(*título inspirado no Provas de Contacto)
24/02/08
23/02/08
Oh diabo! Andarão as bolas de Berlim a apodrecer ao Sol? (Clique para obter a resposta) Afinal, isto é uma Pastelaria
22/02/08
Cansados de Peixotos e de «trapezistas do marketing» vamos a coisas sérias
21/02/08
Os Maias contado às crianças por José Luís Peixoto. Volto, pois, a perguntar: «porque lhes dais tanta dor?!»
19/02/08
Tertúlia literária à mesa do jantar ou «porque lhes dais tanta dor?!»
«Eu (de costas, a temperar a salada): Quem?
«Ema: O António Torrado. A minha professora ADORA o Torrado...
«Carolina: Já leste o Dentes de Rato? [Agustina Bessa-Luís]
«Ema: Não? É giro?
«Maria: Giro?! Eu fiquei traumatizada com esse livro... Odiei, mas odiei mesmo.
«Ema: É sobre quê?
«Carolina: Já nem me lembro... Só me lembro que tive de o ler quando andava no teu ano.
«Maria: Nunca acontece nada...
«Ema: Tu gostas?
«Eu (com uma colher de sopa na boca): hum... hum...
«Maria: Já leste O Rapaz de Bronze?
«Ema: Não.
«Carolina: Eu também gostava desse.
«Ema: De quem é?
«Eu (armada em culta): Da Sophia de Mello Breyner.
«Ema: Ah! Eu gosto muito da Sophia de Mello Breyner! Gostas da Sophia de Mello Breyner?
«Eu: Gosto. Havia por aí mais livros...
«Ema: Eu sei, já li A Menina do Mar... A Floresta... e A Fada Oriana. Gosto muito das histórias dela. Consegue-se mesmo imaginar o que ela escreve tal e qual.
«Eu: Isso deve ter sido a tua professora que te disse...
«Ema: Pois foi, mas foi a do ano passado... A de agora só lê histórias do José Jorge Letria e do Torrado!
«Maria: Então e tu que livro foste apresentar à biblioteca?
«Ema: Uma Série de Desgraças, o I e o II.
«Eu (enquanto sirvo o arroz): Mas não era o Menino Nicolau?
«Ema: Isso era para ter sido no Natal, não te lembras?
«Eu: Ah, sim...
«Carolina: Era para ter sido porquê? Não foi?
«Ema: Não, a minha professora até se riu com a história que eu escolhi...
«Maria: Que história era?
«Ema: Aquela do Menino Nicolau em que o pai lhe diz para ele ser generoso e simpático e não pedir só prendas para ele, e depois o Nicolau pede um automóvel de pedais para o pai e para a mãe porque assim eles emprestavam-lhe o carro e ele entretinha-se a brincar sem os estar sempre a chatear, e um monte de dinheiro para poder oferecer bolos ao Alceste que é muito guloso, e uma data de berlindes para poder jogar com o Joaquim, que gosta muito de jogar ao berlinde...
«Carolina: Isso tem graça.
«Ema: A minha professora também achou graça mas depois disse-me que como era Natal, era melhor eu escolher uma história menos... menos...
«Eu (engasgando-me com o queijo): Pagã?!!!
«Ema: Pagã?! Não. O que é isso?
«Eu (a beber um copo de água): hum... hum...
«Maria: Pagã: como no Império Romano onde havia vários deuses...
18/02/08
Do homem da camisa às riscas, na foto, se disse: «Cadavers have never been an obstacle to Hashim Thaçi’s career»
17/02/08
É a West Coast portuguesa, com certeza
16/02/08
15/02/08
Toda a nudez será castigada
14/02/08
Mais um post (roubado) sobre as eleições norte-americanas em relato vertiginoso e ao vivo. A sério, eu ainda me estou a rir
13/02/08
Eles republicam, eu republico, mas por ordem de chegada
12/02/08
Queriam música? Levam com engenharia técnica/financeira e já vão com sorte
11/02/08
Um ano depois do Referendo sobre a Despenalização do Aborto
Se a religião sempre se pronunciou sobre o aborto, e também a ciência viria a intervir no debate, caberá ao Estado e ao Direito legislar sobre o tema. Aquilo a que alguns autores, nomeadamente Elisabeth Badinter, chamaram «a invenção da maternidade», ideia romântica que começa a propagar-se em finais do século XVIII e que desenha uma mulher plenamente realizada no seu papel de mãe, toda ela bondade e sentimentalismo, cruzar-se-á com os desígnios do poder político, que, pela primeira vez, irá defender o feto, agora não por motivos de fé mas por razões de Estado.
10/02/08
«O que há em mim é sobretudo cansaço»
Eu tão cansada me sinto que seria o caso de me despedir já, se patrão tivesse, fazendo minhas as palavras de Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP: «Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa».
Diminuto será o consolo, mas desmolarizada não estou só. Comigo, os ministros da economia do Clube dos milionários, familiarmente conhecidos por G7, que também eles vêm a coisa preta, suponho que apenas para contrariar o optimismo crónico do nosso Manuel Pinho que já em 2006 se dignara partilhar connosco o tão bem guardado Segredo: «foco claro, acção e ausência de medo».
Convindo que este vocabulário new age se coaduna a 100% com o homem que nos presenteou com o ALLgarve e a West Coast, e apesar dele nos enternecer quase tanto como Chance/Peter Sellers na sua sabedoria infinita: «First comes spring and summer, but then we have fall and winter. And then we get spring and summer again», não nos deixemos sucumbir ao sentimento.
O mesmo sentimento que nos faria compreender as razões de José Miguel Júdice se, como o ilustre advogado, nos pudessemos permitir pagar 500 euros por eleven assoalhadas nem que fosse no Cacém. Não podemos. Como também dificilmente podemos entender a febre dos hospitais de charme, quando por todo o lado se escreve que a saúde está pela hora da morte.
Bastar-me-ia apenas, julgo eu, para sair deste cansaço lusitano, uma pitada de pragmatismo à la norte-americaine: «Quando eles ganham, nós ganhamos». Em vez de um bom argumento, saiu-nos o TGV, um aeroporto em Alcochete e uma ponte em parte incerta. Fora as casas do Engenheiro, o Programa de Oportunidades, os incentivos tecnológicos, as excepções aos coentros, o Tratado de Lisboa e o Museu do Joe Berardo.
De que me queixo? Ora, de nada. Aparte o facto de, entre nós, a repartição da riqueza ser a mais desigual da UE, a qualidade do ensino ser uma calamidade pública e eu própria não estar nos melhores dias, pois fora isso, tudo bem, como diria o Senhor Comentador.
09/02/08
Não, não dançarás!
Sessão de baile no Grémio Lisbonense, antes da instituição ter sido despejada à cacetada, o seu mérito reconhecido pela Câmara Municipal de Lisboa.
Mas se a casa de Almeida Garrett em Lisboa foi à vida, e a sede da PIDE vai ser um condomínio de luxo, porque raio haveria o pobre Grémio de se manter no Rossio? Para mais, bailes ― é sabido, pelo menos desde que Marlon Brando baixou as calças em O Último Tango em Paris ― são coisas obsoletas, indignas da West Coast, a não ser que devidamente enquadrados, aprovados e divulgados pelo Ministério do Turismo e Propaganda. E viva o progresso!
08/02/08
Miscelânea brasileira: a ordem é arbitrária. E que se lixe o acordo ortográfico! Venha a música...
07/02/08
A Patos-Bravos West Coast, Sócrates e Jorge de Sena: «O problema não é salvar Portugal, é salvarmo-nos de Portugal»
O homem que reclama a asssinatura destes projectos foi depois, nomeadamente, Secretário de Estado do Ambiente e Ministro do Ambiente com a tutela do ordenamento do território – do ordenamento do território, sublinhe-se bem. É agora Primeiro-Ministro de um governo que no seu arsenal propagandístico inclui o novo-riquismo da mais recente colecção fotográfica encomendada pelo ministro Manuel Pinho, esse exemplo de parolice consumada que é a campanha “Europe’s West Coast”.
Pois, será a “west coast”, mas no “inland”, no interior, como afinal no caos urbanístico de tantas autarquias, não faltam exemplos à revelia dos mais elementares padrões estéticos, arquitectónicos e de qualidade de vida, exemplos como estes de autoria assumida por José Sócrates (...)».
Roubado, com a devida vénia ao Augusto M. Seabra, AQUI, e recordando o que escrevi aqui e aqui.
06/02/08
Será Deus uma ideia assim tão benéfica para o homem?
«Observe-se uma formiga num prado, trepando laboriosamente a uma folha de erva, cada vez mais alto, até cair; volta a trepar e, mais uma vez, qual Sísifo a rolar a sua pedra, tenta chegar ao cimo. Porque é que a formiga age desta forma? Que benefício busca para si própria com esta actividade árdua e improvável? Trata-se da pergunta errada, afinal. Não resulta daí nenhum benefício biológico para a formiga. Ela não está a tentar obter uma melhor visão do território, à procura de alimento ou a pavonear-se perante um par potencial. O seu cérebro foi ocupado por um minúsculo parasita, um verme (Dicrocelium dendriticum) que necessita de ter acesso ao interior do estômago de um carneiro ou de uma vaca para completar o seu ciclo reprodutivo. Este pequeno verme cerebral está a tentar posicionar a formiga para beneficiar a sua descendência, não a da formiga. Existem parasitas similarmente manipuladores que infectam peixes e ratos, entre outras espécies. Estes parasitas levam os seus hóspedes a comportar-se de formas improváveis - até mesmo suicídas - para benefício do hóspede, não do hospedeiro. Será que algo semelhente acontece com os seres humanos? Na verdade, sim (...)»
O resto em Quebrar o Feitiço, A Religião como Fenómeno Natural, Daniel C. Dennett, Esfera do Caos, 2008
04/02/08
Isto foi o que eu vi em Auschwitz-Birkenau
03/02/08
É Carnaval mas isto parece ser sério. E, quanto a mim, um bocadinho assustador. Apontamentos à margem da campanha presidencial norte-americana.
Como se dizia AQUI, «no Magnolia, he was just being himself.»
NOTA: Continuo em fase meramente recolectora.
02/02/08
Gosto particularmente da 8 e do relvado da 12, mas, pronto, gostos não se discutem
01/02/08
A lógica do tubérculo no dia do regicídio
Sua Alveza Real o Senhor Dom Duarte: Principalmente porque o nosso sistema escolar descurou gravemente o ensino do raciocínio lógico.
As eleições norte-americanas em relato vertiginoso, directo e ao vivo! E ainda resta saber quem marca golo.
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