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23/04/12

Na mouche ou do espírito de síntese do Luís M. Jorge

Há cerca de dois anos os socialistas escolheram o deputado Ricardo Rodrigues (do gangue) para liderar um combate sem tréguas à corrupção. A estratégia deve ter dado frutos, porque este mês o PS já homenageou Paulo Campos nas jornadas parlamentares e propôs Conde Rodrigues para juiz do Tribunal Constitucional. Em marketing chama-se a isto um posicionamento: o PS procura diferenciar-se como o partido dos bandidos na opinião pública portuguesa.
DAQUI

08/05/10

E se fosses dar lições de direito para a Coreia do Norte!

"Proliferam nos media e na blogosfera os especialistas que condenaram Ricardo Rodrigues por um crime de furto — por ter subtraído dois gravadores. A estes especialistas aconselha-se a leitura do artigo 203.º do Código Penal.
Para haver furto, é preciso que quem subtrai uma coisa tenha “a ilegítima intenção de apropriação”. Se Ricardo Rodrigues não tinha, como se tornou evidente, intenção de fazer dos gravadores sua propriedade, mas sim de os entregar a um depositário (como o fez), não há furto nenhum.
Qualquer conversa séria sobre o que aconteceu na Assembleia da República começa aqui e não com as levianas acusações de furto. (...)"
Delírio lido aqui a partir daqui.

05/05/10

A pergunta é retórica e ainda assim não lhe resisto: mas onde é que o PS vai desencantar estes cromos?

Cá para mim, tudo começou com o Augusto Santos Silva a garantir que gostava de malhar na malta. A porta do género musculado-ó-popularucho escancarou-se e, depois disso, assim de repente, já tivemos direito ao par de cornos do Pinho e ao manso era a tua tia do Sócrates que isto é um país de machos ora bem.
Resumo feito, informo que nada tenho contra a linguagem pícara (mesmo a gestual). Já um gajo palmar um par de gravadores não concordo.
Esclareça-se: não concordo, não é por achar que um gajo palmar um par de gravadores seja crime por aí além. Na minha vida, embora nunca tenha palmado gravadores, pelo menos que me lembre, confesso que já palmei várias coisas (e não falo só de livros).
A diferença — que no caso não será despicienda —, é que, ao contrário do Ricardo Rodrigues, eu não sou coordenadora de porra nenhuma (e muito menos da área da Justiça do PS).
Reconheceu o próprio ter agido "irreflectidamente", para se justificar logo em seguida com a "violência psicológica insuportável" a que se vira sujeito. E Assis, esse outro grande iluminado do PS, saiu logo a dar-lhe a mão e suponho que até que o ombro.
Pois olhe, Ricardo Rodrigues, só lhe quero dizer uma coisa: muito pior do que palmar é vir fazer queixinhas. Se eu fosse a mãe de Vossa Excelência, que não tenho idade para isso, note-se, o que eu lhe dava era um par de galhetas. E não seria certamente pelos "dois equipamentos de gravação digital".
Moral da história. Como dizem que disse o Salgueiro Maia: existem os Estados comunistas, existem os Estados capitalistas, e existe o estado a que isto chegou.