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02/01/23

REMODELAÇÃO GOVERNAMENTAL: A HISTÓRIA DA CAROCHINHA ACTUALIZADA A 2/01/2023

Horas esteve à janela de S. Bento António Costa.

Demandava, como no conto popular infantil:

— Quem quer casar com a Carochinha, que é rica e formosinha?

Ninguém o levava a sério.

Já noite, passou o Galamba.

— Quero eu, quero eu!

E foi assim. Casaram. E Galamba foi a ministro.

10/06/22

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Como Aprender a Deixar de se Preocupar e Amar a Bomba»

«... Sendo o tema a guerra, há elementos que ainda assim nos dão vontade de rir, qual soldado Švejk. Pensemos no que faria Jaroslav Hašek com as declarações do secretário de Estado para o Clima e Energia da Polónia, Edward Siarka, que aconselhou há dias os polacos a começarem a apanhar lenha para se aquecerem no Inverno. (...)

Podemos também rir ao imaginar a fúria de Serguei Lavrov, impedido de voar para Belgrado, o espaço aéreo da Bulgária, Montenegro e Macedónia do Norte fechado à aviação russa, o teletransporte fora de serviço, ou à visão de Viktor Orbán, um peso-pesado da direita europeia mais à direita — embora impossível de comparar com os verdadeiros pesos-pesados do boxe ucraniano e mundial, os irmãos Klitschko —, aos murros na mesa em Bruxelas, ameaçando algum dos colegas presentes: “Tira o Kirill da equação ou vou-te aos cornos!”. Saiu o patriarca Kirill da lista dos apóstatas e saíram mais uns quantos barris da Rússia e se pedi de empréstimo a frase desabrida (não, não é de João Galamba…) foi por parecer-me apropriada à idolatria das armas. (...)»

07/06/22

ASSUNTOS DOMÉSTICOS E EDIFICANTES PARA VARIAR: QUE SAUDADES TÍNHAMOS DE JOÃO GALAMBA!

«Desde que o Milhazes popularizou numa televisão generalista o “crl” debaixo de intensos aplausos, abriu-se literalmente uma avenida grande pra “crl” pró “crl”.

Temos agora um secretário de Estado a usar a expressão para mandar alguém, por escrito e por extenso, até esse popular destino.

Nada de muito surpreendente na figura em questão: há tempos, o mesmo político já tinha sido capaz de chamar ”estrume” a um programa de informação, e sem que isso lhe trouxesse problema algum.

Bem vistas as coisas, depende sempre de quem diz o quê e quando. Porque uma publicação nas redes sociais pode sempre servir de pretexto sublinhe-se enfaticamente pretexto para se demitir alguém.

O país é mesmo do “crl”!»

Paulo Dentinho

NOTA PESSOAL: O referido secretário de Estado assumiu com orgulho a autoria das edificantes mensagens.

11/12/11

“Não é desgraça ser pobre”

O enunciado vem no Luís de Camões. Portugal daria novos mundos ao mundo, vaticinava Júpiter n’ Os Lusíadas, e o facto é que aconteceu.
A última vez que tal coisa vimos foi quando da criação do Allgarve, golpe d’asa do ex-ministro Manuel Pinho, profeta inovador, além de temerário.
Se digo temerário, não o faço para proveito próprio ou estilístico, antes porque recordo “o esforço e valentia” com que enfrentou a maldição de Garrett que tantos lhe imprecaram (aquando da demolição da casa do escritor no bairro de Campo de Ourique, entretanto adquirida pelo ministro).
E recorde-se: nem mesmo quando os mais arreigados maldizentes, “por manha e falsidade”, o ameaçam com o fantasma da “menina dos rouxinóis” Joaninha de seu nome, versão da Murta Queixosa antes de haver Harry Potter Manuel Pinho se acobarda. A nova casa está lá, para mostrar e provar a fibra de que é feita a gesta lusitana.
Não vive o seu melhor momento a gesta lusitana apesar de a entrada do fado no Património Oral e Imaterial da Humanidade, batendo, por exemplo, o kung fu de Shaolin, embora, precisamente por ser imaterial, tal distinção não pareça vir resolver grande coisa.
Como, porém, é sabido, nem só de pão vive o homem, ou, em francês: “S’ils n’ont pas de pain, qu’ils mangent de la brioche”, não sendo também de mau tom citar Mário Cesariny: “(...)/Que afinal o que importa não é haver gente com fome/ porque assim como assim ainda há muita gente que come/(...)”.
Segundo o recente relatório da OCDE, Divided We Stand: Why Inequality Keeps Rising, ainda haverá por aí muita gente que come mas o fosso entre os ricos e os pobres atingiu o nível mundial mais elevado das últimas três décadas.
E como o relatório não inclui dados deste ano annus horribilis que dará lugar daqui a pouco a outro annus horribilis (oxalá me enganasse!) nem sei o que diga mais. Talvez a solução esteja no crowding out ou, então, é ao contrário: a culpa é do crowding out.
Vá-se lá entender os místicos!