09/08/24
30/07/22
ALGUÉM QUE EXPLIQUE AO ORBÁN QUE A PRINCIPAL RAZÃO PORQUE O RACISMO É INACEITÁVEL É PORQUE NÃO EXISTEM RAÇAS HUMANAS
Depois da enxurrada de críticas, o primeiro-ministro húngaro reiterou que não quer misturas. Mas só as culturais e civilizacionais. De resto, podemos ter olhos castanhos. Demasiada melanina, pessoalmente já não garanto.
E assim vamos, no ano da (des)graça de 2022 do século XXI.
15/06/22
A ILUSÃO PATÉTICA DE QUE SE PODE IMPEDIR OS SERES HUMANOS DE CIRCULAR
Um problema a que acresce o das redes clandestinas de tráfego (e tráfico). Mas não será pagando à Turquia ou mandando as pessoas para o Ruanda que se contribui para a solução do problema.
Apesar do primeiro voo para o Ruanda organizado pela governo britânico ter sido suspenso, outros estarão na calha.
Ao que parece, não estão previstos passageiros de olhos azuis e cabelos louros.
03/03/22
01/03/22
POIS, A UCRÂNIA NÃO É A SÍRIA E ESTES SÃO OS NOSSOS REFUGIADOS
E quando se léem as declarações do primeiro-ministro búlagro, Kiril Petkov, confirmamos que há mesmo refugiados de primeira e de segunda, e de terceira e etc.
«Estes refugiados não são os refugiados a que estamos habituados. Trata-se de pessoas que são europeias, pelo que nós e todos os países da UE estamos prontos a acolhê-las. São... pessoas inteligentes, pessoas educadas... Portanto, nenhum dos países europeus tem medo da onda de emigrantes que está para vir.»
E coisas destas passam pelo intervalo da chuva de balas!
ARTIGO DE OPINIÃO DE PATRICK GATHARA SOBRE ESTE ASSUNTO AQUI.
INVASÃO DA UCRÂNIA: VÍTIMAS DE GUERRA COM TRATAMENTO DIFERENCIADO. PORRA, MEUS!
Às vezes penso que a Marguerite Duras tinha realmente razão: «Que le monde aille à sa perte».
A União Africana denuncia tratamento discriminatório de cidadãos africanos que tentam sair da Ucrânia.
E se isto não é racismo, eu sou a Nossa Senhora de Fátima!
09/02/22
CIBERATAQUES: AINDA AGORA COMEÇARAM?
O mundo a várias velocidades.
Uns discutem (ainda) o assunto mais do que arrumado da existência de raças humanas e da interferência da melanina no comportamento da espécie.
Outros imaginam guerras de trincheiras à maneira da I Guerra Mundial.
Enquanto isso, os ciberataques vão fazendo o seu caminho no século XXI e já em 2015 havia quem alertasse para a mais recente forma de guerra: "Em vez de mobilizar uma defesa nacional contra ciberataques, queremos uma torradeira que comunique com a máquina de lavar via Internet".
No meio disto tudo, a grande moda são cidades mais digitais.
Confusos? Também eu.
24/10/13
16/10/13
29/01/13
Sendo fácil bater no Arménio, talvez conviesse lembrar o Jaime Neves
Obrigada, João
20/12/12
Eu hoje acordei optimista
No hall decorria uma exposição-vídeo (?) dos novos projectos para o bairro empresarial de La Défense. A zona onde decorria a projecção (gratuita) encontrava-se naturalmente às escuras e eu sentei-me por ali a ver as imagens da Paris século XXI (por sinal, bem mais engraçadas em maquette do que ao vivo – com excepção, acho eu, da esquadria perfeita entre o Arco de Triunfo e o Grande Arco de la Défense). Adiante.
Não me lembro de quanto tempo durou a coisa mas, às tantas, as luzes acenderam-se, permitindo-me ver quem comigo partilhava o visionamento.
À minha volta, dormitando ao lado de garrafas de vinho meio cheias (ou meio vazias) um grupo alargado de clochards, como na altura ainda se dizia – os nouveaux pauvres inventados só mais tarde.
Saí do Pompidou (eles ficaram lá…) a achar que a sua presença naquela Meca da Cultura, borrifando-se precisamente na Cultura e abrigando-se tão-só da inclemência da Natureza, marcava a diferença civilizacional entre Paris e Lisboa.
“Em Portugal, pensei com os meus botões bem abotoados por causa do frio, nem nos jardins da Gulbenkian entravam quanto mais no Grande Auditório”.
Hoje li que um homem passou por miserável e romeno (uma desgraça nunca vem só...) numa dependência bancária e foi atendido na rua.
É verdade que das últimas vezes que fui à Gulbenkian continuei a cruzar-me, maioritariamente, com um público enfatuado e chato. Muito chato. Mas que o homem expulso do Banco tenha decidido apresentar queixa já é uma evolução.
17/11/11
Pessoas boas, a tua tia ó Kröger!

Como é que ele terá concluído tal coisa?
19/09/10
Quantos ciganos queres para a troca? (II)

16/09/10
Quantos ciganos queres para a troca?

A troca de galhardetes a que temos vindo a assistir na Comissão Europeia a propósito das medidas francesas contra as comunidades ciganas é, quanto a isso, bastante esclarecedora.
A luxemburguesa Viviane Reding, comissária europeia da justiça, evocou as limpezas étnicas da II Guerra mas houve logo quem lembrasse que um bilhete de avião à borla e 300 euros no bolso não era coisa comparável. Com certeza.
Mas teremos, então, que chegar às portas de um campo de extermínio para expressar indignação? Não nos bastará saber que Sarkozy resumiu a coisa assim: "si les Luxembourgeois voulaient LES prendre il n'y avait aucun problème"?
14/09/10
Eu acho o Obama racé, o Daniel Oliveira prefere atribuir-lhe uma raça

04/09/10
E como todos já terão percebido, as perseguições étnicas são uma coisa que me chateia
Aproveito também para reproduzir o esclarecedor texto de Ricardo Araújo Pereira que lança toda uma nova luz sobre a relação directa, e até agora não devidamente esclarecida, entre a crise e a ciganada. Ou, como diria o Senhor Comentador, é hora de os ciganos contratarem um advogado e um director de marketing.
... segue o texto do Araújo
«A crise económica que o mundo vive é complexa, e não é fácil apontar com exatidão o momento em que terá principiado, mas o governo francês já identificou os seus responsáveis: são os ciganos. A descoberta não terá apanhado ninguém de surpresa. A bem dizer, todos sabíamos do papel que os ciganos desempenharam no descalabro financeiro norte-americano e, subsequentemente, mundial. O conselho de administração do banco de investimento Lehman Brothers era integralmente constituído por ciganos. Uma das razões da falência do banco foi, aliás, o facto de os seus administradores só pegarem ao serviço à tarde. De manhã estavam na feira, a vender T-shirts de contrafação. Bernard Madoff, cuja tez morena é bem reveladora de ascendência cigana, confessou ter planeado o seu esquema fraudulento ao som dos Gipsy Kings. E subprime é um termo do dialeto cigano que significa "ai, Lelo, vamos conceder empréstimos imobiliários de alto risco até provocar a insolvência de três ou quatro grandes instituições financeiras".
Ninguém sabe bem a razão pela qual os gregos elegeram um governo de ciganos, mas o facto é que eles estão lá, a fazer crescer a dívida externa e a arrastar a Europa para a falência. E Sócrates, não sendo cigano, é, no entender de muitos, um ciganão. Creio que é óbvio para toda a gente que a crise económica é mundial precisamente porque os ciganos, sendo nómadas, conseguiram levá-la a todo o lado.
É mais do que natural e justo que o governo francês tenha perdido a paciência com os prejuízos que esta etnia tradicionalmente ligada à alta finança tem provocado e, por isso, como costuma suceder em França com os estrangeiros que não têm categoria suficiente para representar a seleção francesa de futebol, os ciganos foram recambiados para o seu país de origem. País esse que, neste caso, é a Roménia - que faz parte da União Europeia. É azar: os ciganos, que são um povo sem fronteiras, têm algumas dificuldades para circular na Europa sem fronteiras. Ainda assim, um povo tão habituado a ler a sina deveria ter adivinhado que isto da livre circulação de pessoas iria ser prejudicial para quem é nómada. Era mais que óbvio.
Não ignoro que a medida de Sarkozy tem sido criticada, mas apenas pelos radicais de esquerda do costume. Como o Papa. A verdade é que os ciganos só trazem problemas. Recordo que o cigano mais famoso de sempre era estrela de cinema. Chamava-se Charlie Chaplin. Se bem me lembro, era raro o filme em que ele não arranjava problemas com a polícia. Aquilo está-lhes no sangue. »
Lido AQUI (agradeço o link ao Nuno Ramos de Almeida)
02/09/10
A única coisa que faltava mesmo era os ciganos serem acusados de raptar a maddie

Na missiva, escrita no leito da morte (claro), Hewlett garantia que nada tivera que ver com o rapto de Maddie embora soubesse o que lhe acontecera: fora raptada pela máfia cigana.
Um amigo do filho do pedófilo (que não falava com o pai há 20 anos) contou a história ao jornal. The Sun diz que o filho queimou a carta depois de a ler. E pronto.
Deste enredo de pacotilha fez o Diário de Notícias... uma notícia. Esqueceu-se de traduzir a parte de a carta ter sido supostamente destruída e de se desconhecer o seu mensageiro, e intitulou-a: "Maddie levada por Mafia Cigana". O I e a Visão, mais comedidos, titularam a coisa em modo conjuntivo. Respiramos de alívio!
Se isto seria sempre um disparate e exemplo de jornalismo, literalmente, de latrina, a coisa irritou-me ainda mais por surgir no momento em que surge.
E a propósito do momento...
1º: Está marcada uma concentração junto à Embaixada de França em Lisboa para o próximo sábado, pelas 15 horas, contra as expulsões dos ciganos.
2ª: Aproveito para transcrever post de O Senhor Comentador que, no essencial, resume aquilo que penso sobre o assunto. Cá vai.
O Senhor Comentador adverte os governos a suspenderem a caça aos ciganos
"A expulsão de ciganos ordenada pelo governo francês relembrou que a mentalidade europeia é organizada pela mediocridade. Percebo que os ciganos, ou os Roma, como agora lhes chamam, não sejam fáceis de aturar. É uma cultura fechada, preconceituosa, arrogante e incontrolável. E, pior, há séculos que tem uma péssima publicidade. Até os contos infantis, Pinóquio entre eles, os consagraram como papões etnicamente reconhecíveis. A aversão aos Romas é formada desde a mais terna infância. Contudo, não digo que seja totalmente infundada. Acredito que há ciganos criminosos, como os há pretos, árabes, nórdicos, europeus, galeses. Mas quando se fala dos Roma, a criminalidade é apenas burguesmente aceite; como se fosse uma condição sine qua non destas pessoas. Seja como for, esta etnia, sem ter influenciado directamente a história do mundo, sobreviveu a todas as histórias que o mundo teve. A sua cultura é uma curiosidade mas nunca foi uma influência. Talvez na música, com as rapsódias, com Liszt e Paganini, mas mais pelo desafio de adaptar a sua exuberância expansiva à nossa predominante melancolia ou cerimoniosa musicalidade. Que os países europeus não tenham conseguido “civilizá-los” ao longo destes séculos é, sem dúvida, um fracasso cultural. Esta força cigana merece respeito. Não está em causa o dever do cumprimento da lei, até mesmo por tão exótica e independente comunidade. Mas discriminá-los por, em conjunto, serem perigosos para sociedade suburbana, é, além de idiota, uma traição à nossa civilização. Os ciganos deviam ser tratados com o mesmo respeito que devemos às espécies em vias de extinção. A ânsia de controlar os nossos impostos, a nossa saúde, a educação, os nossos tempos livres, vai chegar a um ponto em que não haverá espaço burocrático para as culturas independentes ou marginais. É cada vez mais difícil viver à margem seja do que for. Os Roma conseguiram-no durante séculos. Aceitemos o seu triunfo e esperemos que também sobrevivam a estes tempos, em que os computadores são cada vez mais severos e as administrações mais implacáveis. Fora isso, tudo bem."
A fotografia foi encontrada aqui.
27/08/10
Ainda os ciganos e enquanto for necessário
1. Uma reportagem a 1 euro (a não perder, MESMO) sobre ciganos no país de Sua Majestade. Curioso como, sem andarem sempre de boca cheia de "Liberté, Egalité, Fraternité", menos prosélitos, os britânicos se portam quase sempre melhor.
2. Este homem, Robert Duvall, fez um filme sobre ciganos, Angelo, My Love. Durante a apresentação do filme em Cannes, Duvall visitou-os num acampamento às portas da Hollywood francesa. Não sei se já o desmantelaram (ao acampamento, claro).
3. Django Reinhardt, cigano de pai e mãe e grande guitarrista de jazz, toca La Marseillaise acompanhado por Stéphane Grappelli. A França era, na altura, a better place.
23/08/10
Chamar os bois pelos nomes ou ainda dos ciganos porque ele há coisas que me xaringam mesmo o juízo

21/08/10
O eterno retorno: pois é, Schulz também não correspondia ao protótipo e acabou assassinado a troco do dentista que também não correspondia ao que seja

1. Bruno Schulz, artista polaco de origem judaica, conseguiu sobreviver algum tempo à "solução final" sob a protecção de Felix Landau, membro da Gestapo que admirava o seu trabalho, acabando por ser assassinado em retaliação por Karl Günther, nazi rival de Landau a quem este matara o dentista privado ("Mataste o meu judeu, eu matei o teu");
2. No vídeo de Setembro de 2009 pode ouvir-se Brice Hortefeux comentar, a propósito do jovem francês de origem árabe com quem posa para a fotografia: "Ele não corresponde de todo ao protótipo.... É sempre preciso um.... Um está bem. É quando há muitos que aparecem os problemas..." Eloquente.]
Entretanto, a argumentação avançada por Brice Hortefeux para justificar a expulsão de 700 ciganos do território francês parece tão datada como a própria natureza humana (que é o que é).
Em resumo, Hortefeux diz isto: quem os defende não tem que levar com eles, ricalhaços da esquerda bem-pensante que vivem longe do povo e das suas preocupações.
Este género de conversa lembra-se sempre o Viridiana do Buñuel mais o seu leproso miserável que era obrigado pelos pares a carregar um chocalho.
Que fique claro, pois: não nutro nenhuma simpatia de princípio pelos pobrezinhos (compaixão é outra conversa e convém que seja universal).
Mas que fique também claro que não é isso que está em causa. O que está em causa é perseverar ou não em ideias morais, por muito impopulares que estas sejam.
Nesse particular, a posição de Obama sobre a construção de um centro cultural islâmico a dois quarteirões do Ground Zero mete num chinelo o pragmatismo da direita francesa (a que veio juntar-se, sem surpresa, a italiana).
E esclareça-se que se não nutro nenhuma simpatia de princípio pelos pobrezinhos, muito menos pelo Islão.

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