Seis meses após a invasão da Ucrânia, o presidente francês avisa que chegou «o fim da abundância». Já estou a ver a malta que acha, como a Ursula, que basta comprar novos electrodomésticos e baixar o aquecimento no Inverno (das suas casas, subtentende-se, já que nas outras nem dinheiro há para ter os aquecedores no mínimo...) vir falar do egoísmo daqueles que não querem sacrificar-se pela Ucrânia. Quanto à inflação, ao descalabro na indústria e ao desemprego que se adivinha, nem uma palavra.
Resumindo, um suicídio alegre da Europa conduzido pelos próprios responsáveis europeus. Como no caso dos incêndios em Portugal, vamos ficar pior, mas o futuro é radioso!
E se é verdade que a dramatização serve também para depois vir dizer que afinal foi menos mau do que se estava à espera, desta vez, com a continuação da guerra, dificilmente se imagina um Inverno menos difícil do que o previsto.
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