16/12/10

Yes! Yes! Yes!

Apesar de tudo, uma vitória para a democracia (eu sei, a frase é um bocado pomposa mas de momento é o que se pode arranjar)

5 comentários:

James disse...

Não se alegre muito A.C.L., o fulano ainda acaba extraditado para (_____________) preencher aqui, vale tudo menos a Land of Oz.

Manuel Vilarinho Pires disse...

Recolher obrigatório das 10:00 às 14:00 e das 22:00 às 2:00? A lógica da justiça inglesa não é acessível aos mediterrânicos, há-que confessar...
Será a hora a que as turistas suecas andam na rua em Londres? Deve ser, porque até aposto que elas se perdem por um australiano de pulseirinha e depois não há camisa que lhes valha!

Manuel Vilarinho Pires disse...

Agora a sério.
Vitória para a democracia, ficar num regime entre a prisão domiciliária e a liberdade condicional por se ter deixado levar por duas loiras que o levaram a casa para lhe saltar para a espinha e depois ficaram (terão ficado?) surpreendidas por ele ter aceite?
E o que seria uma derrota para a democracia? Caparem-no preventivamente?
A mim não me parece nada uma vitória para a democracia...
Ainda por cima, se considerarmos plausível que a queixa possa ter sido forjada para o tramar, e eu considero-o, parece-me bastante provável que ele acabe mesmo por ser tramado.
Estamos perante uma acusação de que não é normalmente exigida prova para além da testemunhal para criar no tribunal uma convicção de culpa, e de que é praticamente impossível arranjar contra-prova. Ou seja, não me parece mais improvável este processo acabar numa condenação do que o processo Casa-Pia (de que não faço ideia se todos os condenados são de facto culpados, mas me parece que a convicção que ditou a condenação não está acima de qualquer dúvida razoável, por aparentemente ter sido baseada apenas em prova testemunhal; e eu não sou fã de nenhum deles, nem dos condenados, nem dos que se safaram, mas com a reputação condenada à morte, como o Paulo Pedroso).
Como eu disse, e repeti (e repeti, e repeti, e repeti, bem sei...) em tempo, há circunstâncias em que não se pode fazer justiça sem ser exclusivamente com base na prova testemunhal. Mas aceitar formar uma convicção apenas com base em prova testemunhal abre o risco de a justiça se deixar manipular. Aqui está, no caso Julien Assange, o que eu queria dizer nessa altura.
Em suma, receio que esteja a deitar foguetes antes da festa... oxalá me engane!

Táxi Pluvioso disse...

No! No! NO! é um grande perigo para os pastorinhos de Oh!bama (é que eles ainda acreditam que existe diferença entre Obi e Bush).

Dylan disse...

Não sei muito bem onde é a fronteira da liberdade da informação mas de certeza que não será no terreno onde a Wikileaks tem actuado. A sua política de terra queimada substitui o jornalismo pelo voyeurismo da opinião pública, ao melhor estilo de se saber qual é a cor do papel higiénico que os diplomatas usam. Como se não houvesse segredo de estado nem a diplomacia não fosse um manual de boas maneiras. Reconheço o papel relevante de Julian Assange na denúncia das violações de direitos humanos mas a sua organização acaba por fazer o mesmo que tanto a sua missão divina e protagonismo reclamam: espiar.