Um dia ia acontecer. Da série TOM WAITS: AUTOBIOGRAFIA EM PEQUENAS PRESTAÇÕES, DITOS DE ESPÍRITO E SABEDORIA, o post XXV roubado ao Provas de Contacto. [a fotografia veio por arrasto]
«Não tenho computador. Está no fundo da piscina do meu quintal com a televisão e as bolas de golfe. O cibermundo cria a ilusão da comunicação. Coloca-se a palavra 'ciber' antes de outra qualquer e parece que fica logo tudo 'novo e melhorado'. Faz parte do vírus publicitário. Ciberconversas, ciberpaixões, ciberdescobertas. É uma forma de nos venderem coisas que já estavam disponíveis. Desconfio muito disso. Parece-me que o progresso é obsessivo e compulsivo. Tenho a sensação que as pessoas não estão a sair de casa. Passam a vida à frente dos computadores e tudo lhes chega através do ecrã. É o que toda a nação realmente quer mas qualquer coisa que seja assim tão popular ou tão facilmente acessível habitualmente não é boa para nós. É como a água da torneira, não é boa para beber, não passa de químicos e mijo reciclado. Acho que estamos no meio de uma revolução e ninguém sabe de que lado vêm as pedras.» [o bold é meu]
Este é especialmente dedicado ao PCR. Se ele e outros ainda estivessem no Público talvez Hugo Chávez não tivesse ganho por antecipação.
3 comentários:
"Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
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- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
Manuel, é feio chamares Velho do Restelo ao Tom, principalmente no dia do seu aniversário
Humm...Se o Tom sabe do Velho do Restelo faz já uma canção.
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