25/08/23

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Para dar por encerrada a silly season»

«(...) Por falar em sonetos e poetas, e quem fala em sonetos e poetas, fala em livros e literatura, a vós que tantos livros tereis lido nas férias – upa! upa! – deixo este excerto que podereis adaptar a gosto, disparando a seta no alvo que mais vos aprouver.

18/08/23

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Malucos do circo?»

«Sem pedir desculpa pela frontalidade, muito menos pelo gerúndio, desde já digo que, em ouvindo ouvir falar da “Marca Portugal”, logo me apetece sacar da Browning que não tenho. (...)

11/08/23

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Dança da Chuva é que era!»

«(...) Apesar do acontecimento [JMJ] ter um cunho mundial dirigido a “todos, todos, todos”, o Papa faria questão de pontuar as suas intervenções com alguns elementos da cultura nacional, nomeadamente literária e poética, onde se adivinhou a mão de Tolentino Mendonça. E se a tolerância do Sumo Pontífice, apesar de grande, não chegou ao anticlerical Guerra Junqueiro, chegou ao “ateu convicto” José Saramago de que citou no discurso do CCB a frase de efeito, “o que dá verdadeiro sentido ao encontro é a busca; e é preciso andar muito, para se alcançar o que está perto”, à qual, como qualquer frase de efeito, pode ser dado o sentido que mais nos convir ou até nenhum. “Isso não quer dizer nada”, diria o maldisposto detective Richard Poole.


Por falar em tolerância, recomendo vivamente a crónica 'O Papa', incluída no livro "Quando os Tontos Mandam" de Javier Marías (trad. e notas João Moita, Relógio D’ Água, 2018): está lá tudo o que é essencial saber sobre Francisco I (a designação é do escritor espanhol), homem para quem o limite da tolerância está em gozar com a religião, ou seja, e cito Marías: “temos que aguentar as procissões que ocupam as cidades espanholas durante oito dias seguidos, e nem sequer podemos fazer pouco delas”.

04/08/23

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «No princípio eram os peixes»

«Na juventude, tive um amigo cego que estudava peixes. Alto, corpulento, uma montanha amável de carnes e de riso desatado. Fazia-se anunciar pelo toque metálico da bengala, a cabeça literalmente erguida na direcção das nuvens, o corpo, o alçado de uma casa.