22/03/22

GUERRA AOS LIVROS: NÃO SÃO PRECISAS BOMBAS

4 comentários:

JWCruz disse...

Há livros que com o passar do tempo se tornam ofensivos para quem os lê e podem até ser anti-pedagógicos, num contexto escolar. Eu entendo a questão histórica e não me choca que algumas obras sejam editadas ou até preteridas por outras, em casos específicos. O que não entendo, é como é que pode haver livros tipo "O Bébé Anti-Racista" de Ibram X Kendi, ou livros que abordam a fluidez de género e a transexualidade, recomendados para debate em turmas de miúdos dos 7 aos 11 anos (primária).Isto está a rebentar agora nos EUA, mas já é prática comum no Canadá e na Escandinávia há alguns anos. Se calhar estou a ficar velho e reaccionário...mas gostaria de pensar que um miúdo que tem dúvidas graves quanto à sua identidade, deveria talvez ser seguido por um especialista e não pela "stora" ou pelo "stor". Outra coisa que me deixa perplexo e que acabei de ver no Twitter...Um vídeo de uma turma da primária (tinham literalmente 7, 8 anos), numa escola do Texas, a fazerem um desfile tipo "Gay Pride", com bandeirinhas arco-íris e unicórnios de peluche, sob o olhar deliciado dos professores...Qual a finalidade de tudo isto?...Não entendo.

Ana Cristina Leonardo disse...

Júlio, eu como sou mais velha do que tu tb. estarei a ficar (ainda) mais reaccionária. :) Do Canadá veio aquela história extraordinária dos livros infanto-juvenis que eram para queimar porque ofendiam os índios e que só provocou escândalo porque a promotora da iniciativa, do partido do Trudeau, afinal descobriu-se que não índia...

JWCruz disse...

Ao reler o meu comentário, acho que tenho de esclarecer algo. É verdade que não me choca a reedição de livros quando contêm palavras ou conceitos considerados insensíveis ou ofensivos, ou que defendam ideologias não adequadas a crianças, quando os mesmos são recomendados como currículo escolar.. Acho que até chegámos a ter discussões acesas sobre o tema, no facebocas, se bem me lembro, em relação à utilização da "N" word nas obras de Mark Twain, por exemplo. Penso que na altura, acabámos por concordar em discordar. Porém, tenho de esclarecer que não confundo isto com a nova censura da fé secular "wokeista" a que temos assistido no ensino secundário e universitário e que considero completamente regressiva e preocupante. Só queria deixar isto claro.... :)

Ana Cristina Leonardo disse...

Júlio, não me lembro da conversa sobre o Twain, mas creio que o teu comentário era bastante claro.