25/10/11

A famigerada dívida pública explicada às crianças ou para responder à minha filha mais nova: se há falta de dinheiro por que não fabricam mais?


Visto aqui

2 comentários:

jaa disse...

Claro que, na situação em que estamos, os juros de todos os empréstimos contraídos ajudam a asfixiar-nos. Mas ambos os sistemas têm a mesma falha: só funcionam quando os governantes (e, porque é suposto vivermos numa democracia, a maioria dos cidadãos) percebem que as contas públicas têm de se manter equilibradas. Se isto sucedesse (isto é, se défices, superavites e crescimento económico se complementassem ao longo do tempo), as necessidades de financiamento seriam pontuais e os juros a pagar, reduzidos. Como o vídeo refere, emitir moeda, desvalorizando o seu valor, causa inflacção e também destrói o poder de compra. Foi, aliás, a receita que usámos - repetidamente - no passado e, que me tenha apercebido, nunca conseguimos ser um país rico. Consegue é ser um pouco menos dolorosa (porque a perda de poder de compra é menos óbvia) e torna mais fácil recuperar algum crescimento económico.

JM Correia Pinto disse...

“Muito, muito interessante. Todo o problema está, de facto, no papel do Banco Central. É claro que fazer dinheiro não é a mesma coisa que fazer salsichas, mas foi exactamente por haver muito dinheiro de um lado e pouco do outro que este problema surgiu. É preciso reequilibrar as coisas e isso só se pode fazer se os que agora estão em dificuldades voltarem a ter dinheiro ao mesmo preço por que se endividaram. Tudo o resto é conversa, falências e mais acumulação.
Qualquer aprendiz da teoria da moeda sabe duas coisas: um banco central que ponha dinheiro à toa na economia acabará por provocar surtos inflacionistas graves, principalmente para quem vive de rendimentos fixos. Por outro lado, um banco central que apenas se preocupe com a inflação, desprezando o crescimento e o emprego, facilmente cairá no pólo oposto – na recessão deflacionária.
Isto digo eu que não sou economista nem quero ser. Se perguntar ao Gaspar, como ele acredita na “fada da confiança”, certamente lhe dirá o contrário”.