19/07/11

Eduardo Pitta comenta Cormac McCarthy: o resultado é apocalíptico

Eduardo Pitta escreveu sobre Cormac McCarthy na última edição da revista Sábado. Confirmei o que já sabia. Cormac McCarthy é um escritor de génio. Eduardo Pitta é um “crítico” medíocre.
Transcrevo o texto de Pitta com algumas anotações a itálico. Peço-vos só que não adormeçam: é que ele a mim dá-me sono.

«Por causa de um filme dos irmãos Coen, “Este País não É para Velhos”, Cormac McCarthy (n.1933) tornou-se o santo-e-senha das classes médias urbanas. [Escreve-se tornou-se no... mas isso ainda será o menos]
«Antes disso, quando comparado com Melville ou Faulkner, ainda McCarthy era ignorado pela maioria dos actuais devotos. Não se percebe. [Eu de certeza que não percebo. Terá McCarthy deixado, entretanto, de ser comparado a Melville ou a Faulkner por causa dos actuais devotos?]
«Afinal, há mais de duas décadas que o autor de “Nas Trevas Exteriores” é uma figura incontornável da literatura de língua inglesa. [Adoro o adjectivo “incontornável”: é quase tão bom como “giro” ou “interessante"]
«Dupla injustiça, se pensarmos que estão traduzidos em Portugal nove dos 10 romances que escreveu. Paulo Faria traduziu oito, um deles (“Meridiano de Sangue”, 1985) duas vezes, sendo a nova versão do fim de 2010.» [Longe de mim pôr em causa os dotes contabilísticos de Eduardo Pitta, um reformado do Ministério da Economia, mas não seria já altura de falar do livro? A não ser que se entenda que toda a prosa anterior visa insinuar que o incontornável Pitta há pelo menos duas décadas que lê Cormac McCarthy e nada de misturas com os actuais-devotos-das-classes-médias-urbanas, esses parolos que antes do filme dos Coen nunca tinham ouvido falar do homem...]
«”Nas Trevas Exteriores”, segundo livro de McCarthy, acaba de chegar às livrarias. A tragédia de Rinthy e Culla Holme foi publicada em 1968 sem que o tema do incesto entre irmãos tivesse provocado a rejeição universal que suscitaria hoje. [Alguém que explique a Pitta o que é uma parábola que eu agora não tenho tempo para temas fracturantes. E, já agora, alguém que lhe explique também que, não, o Nabokov não queria – na realidade – dormir com a Lolita].
«Pelo contrário, ajudou a consolidar a reputação sanguinária do autor, corroborada por críticos tão diferentes como Harold Bloom e James Wood. [Se o Pitta me conseguir mostrar onde é que os críticos citados chamaram sanguinário ao McCarthy, juro que vou de joelhos a Fátima].
«A tradução traz o selo inconfundível de Faria: “A criança lançou brados como imprecações, amaldiçoando o obscuro mundo paludoso da sua natividade, urro após urro, enquanto ele ali jazia a balbuciar com os gonzos da mandíbula paralisados, as mãos a repelir a noite como um Paracleto néscio sitiado por todos os clamores do limbo.” McCarthy e Faria dão o mais alto conseguimento ao horror, ilustrado na imagem do esqueleto do bufarinheiro a desfazer-se ao vento, “suspenso naquela floresta solitária como uma gaiola feita de osso.”
«Centrada em Appalachia, uma região inóspita da Virgínia, a intriga é linear: Rinthy e Culla Holme têm um filho que o rapaz abandona (ainda bebé) na floresta. [1. Se Pitta se tivesse dado ao trabalho de ler pelo menos o Prefácio do tradutor que tanto parece elogiar teria lido isto: “Se nos três outros romances da primeira fase da obra de McCarthy [...] a minuciosa localização geográfica serve de matriz a uma narrativa tantas vezes habitada por espectros e por criaturas fantásticas, em Nas Trevas Exteriores o local onde tudo se passa é bem menos claro: estamos no Sul dos Estados Unidos, é certo, mas onde? No Tennessee onde McCarthy viveu infância e juventude não deverá ser, já que aí não existem aligátores que possam soltar bramidos surdos nas margens dos rios. O cenário impreciso reforça a atmosfera onírica que tudo envolve...” 2. E se se tivesse dado ao trabalho de ler apenas as 12 primeiras páginas do livro saberia que Culla Holme não abandona o filho ainda bebé – mas imediatamente após Rinthy ter dado à luz. 3. Quanto à “intriga linear”, aconselhava-o a ler um pouco mais do que resumos na NET...]
«O interesse radica na economia discursiva com que o autor narra os factos, sem trair preciosismos dialectais dos nativos. [Querem lá ver que o Pitta leu o livro no original e decifrou os "preciosismos dialectais dos nativos", enquanto os próprios americanos continuam às aranhas?]
«Os excessos barrocos da linguagem de McCarthy sobrelevam a violência e devastação geral, detalhe que se tornou lugar-comum em livros posteriores. [1. Não há nenhuma devastação geral em "Nas Trevas Exteriores" (Pitta deve ter visto “A Estrada” do John Hillcoat, filme inspirado no livro homónimo de McCarthy e confundiu tudo...) e se houvesse nunca seria um detalhe; 2. alguém lhe devia explicar a diferença entre “comum” e “lugar-comum”]
«Não obstante, “Nas Trevas Exteriores” tem uma quota nítida: “Holme viu a lâmina relampejar à luz como um comprido olho de gato, oblíquo e malévolo, e um sorriso escuro irrompeu na garganta do menino e alargou-se, todo ele disforme, sobre a pele do pescoço.” [A quota será nítida, mas que raio quererá Pitta dizer?]
«McCarthy faz a cartografia da violência americana como ninguém antes ou depois dele. [Blá... blá... blá...]
«Contudo, apesar de toda a eloquência, “Nas Trevas Exteriores” está longe da fúria apocalíptica de “Meridiano de Sangue”. [Dado o extraordinário naco de prosa transcrito, sei lá eu se Pitta folheou o “Meridiano de Sangue”!]
Resumindo: Ainda falam da Lili Caneças!

40 comentários:

Anónimo disse...

o pa, fonix, coitado do pittta

Celine

vr disse...

Sempre me pareceu arrogante, estúpido e superficial esse Pita. Tirei-lhe o t que não se pronuncia, já que a coisa está na moda.

-pirata-vermelho- disse...

Escreve-se 'Não querem lá ver ...!?' ou 'Querem ver ...!?' mas isso ainda será o menos; e é exclamativo e o 'lá' enfatisa a negativa, por distanciação trocista. É por isso... (mas eu também acho que o 'crítico' é um merdas e que o seu comentário dá saúde a 'isto'.)

JARRA disse...

1 - Giro (girar=contornar) parece o oposto de incontornável.
2 - Não a conheço a si nem ao Pita, costumo gostar do que você escreve, mas este post parece-me bastante contornável (é muito primária a vingançazinha!)
Abraços

Manuela Rodrigues disse...

Excelente, a referência à Lili Caneças. Depois daquilo da pasteleira, a Lili é uma coisa que se come fria, lol. Quanto ao nome com 2 t o Pitta é da linhagem das piteiras inermes, nome que se escreve com 2 t, pitteiras, precisamente por não picarem. No mais é um medíocre, da crítica aos versos. Talvez tivesse melhor inclinação para mordomo. Do Sócrates, por exemplo, porque se o servisse mal era muito bem feito para os dois.

Ana Cristina Leonardo disse...

Anónimo, fonix foi o que eu disse quando acabei de ler o texto do Pitta na Sãbado

vr, os dois tt serão de família; está no direito dele - agora os dois tt combinados com o resto já ajudarão a compor a personagem

pirata-vermelha, entenda a expressão que usei como um exemplo dos "preciosismos dialectais dos nativos"

Jarra, se me conhecesse saberia que o meu espírito vingativo é menos que zero; não é por superioridade moral, é simplesmente porque a vingança azeda quem deseja vingar-se e, além disso, exige demasiada energia (e eu sou um bocadinho preguiçosa...); mas se me conhecesse saberia certamente que os medíocres me tiram do sério, para mais quando à mediocridade acrescentam a pomposidade de paróquia.
Mas, sobretudo, o Pitta fez uma coisa que não lhe perdoo: meteu-se com o Cormac! E o Cormac é enorme! Que ao menos tivesse lido o livro antes de vir cagar sentenças de quarta-classe.

Manuela, obrigada pelo comentário. E como disse ao comentador acima, pasteleira é o menos; secretária tb, embora não deixe de ser curioso o machismo da pretensa ofensa vinda de um tipo tão atento às questões do género, agora ir meter-se com o Cormac; isso é que não. Resumindo: que vá meter-se com gente do tamanho dele (subentendido: anões). Não há medíocres inocentes.

Filipa Soraia disse...

O Pitta será então uma espécie de Lili Caneças. A Ana Cristina, por sua vez, parece uma tia rival da Lili Caneças a falar mal dela hehehe, Bem, como a minha cabeleireira agora só tem revistas de penteados, vou começar a vir aqui de vez em quando ler estas coisas. Too much fun.

Ana Cristina Leonardo disse...

Filipa Soraia, acho que deve mudar de cabeleireira.

Filipa Soraia disse...

Não é preciso. Ana Cristina, dizer mal é uma arte que você não domina bem. Falta-lhe o wit dos ingleses ou a violência mais crua, e nem por isso com menos panache, do nosso saudoso Lopes Graça, no caça aos coelhos. A coisa sai-lhe bitchy. Melhore a técnica. Por exemplo: diz que se zangou com o Pitta por causa do Cormac? Ora, está mal. Mas o que raio é que interessa o Cormac? Devia dizer que fala mal do Pitta porque não gosta do Pitta. Pumbas.

Ana Cristina Leonardo disse...

Filipa Soraia, obrigada pelas críticas e sugestões mas veio ao sítio errado. É que, na realidade, dominar a "arte de dizer mal" não é um dos meus objectivos de vida. Pretendo apenas morrer menos estúpida do que nasci, como dizia a outra senhora (que era grande). Acrescente-se que me estou a borrifar para o Pitta. Já para o Cormac, não. Nem para uma coisa chamada honestidade intelectual, não sei se está familiarizada com o conceito.
Vá lá ao cabeleireiro e não perca mais tempo comigo. Se não fosse o caso de o seu só ter revistas de penteados, até lhe perguntava qual era; assim, ficamos conversadas.
Se quiser, contudo, vir aqui mandar beijinhos e abraços ao Pitta, faça favor. Embora não me pareça que isso adiante muito ao assunto. Que era outro.

Filipa Soraia disse...

Não se zangue. Mas olhe que não contribui em nada para morrer menos estúpida a correcção sistemática dos deslizes estilísticos e lexicais do Pitta (mais feliz, não digo que não :).
Vá, sobre a ida a fátima de joelhos, essa citação abaixo do Bloom, se não é suficiente para a levar de joelhos até à capelinha das aparições, pode bem justificar que cumpra a promessa pelo menos até à Lourinhã, não?

[David] Bromwich was saying to me [about Cormac McCarthy’s Blood Meridian], “I just can’t stand that book, Harold,” he said, “I have never been able to get through more than thirty or forty pages and you’ve been recommending it to me for fifteen years.” And I said, “But I had that same experience, of what you’re saying. It’s so bloody, it’s so full of gore—horrible massacres and all sorts of atrocities—I just couldn’t bear it, but then when I got through it a couple of times, quite suddenly it started to work upon me.” And I am now absolutely persuaded—I don’t think that there is any literary work by a living American author that touches Cormac McCarthy’s book. You know, you can be the most experienced reader in the world and you might be the most adept reader in the world, but you can’t necessarily trust your first reactions.

http://amesadeluz.blogspot.com/2008/02/harold-bloom-on-cormac-mccarthy.html

Ana Cristina Leonardo disse...

O diálogo está saboroso, mas vou ter que ir almoçar.
Três coisas, antes da paparoca:
1. Filipa Soraia, faz parte do meu objectivo de vida zangar-me cada vez menos (é que a Filipa Soraia não acerta...)
2. Filipa Soraia, longe de mim, perder tempo com os deslizes de Pitta (sejam eles quais forem). Não ler os livros sobre os quais se cagam sentenças de quarta-classe já me parece um pouco mais do que um deslize - talvez um downhill em direcção ao abismo (alguém, algum dia, repara e grita que o rei vai nu... e pumbas)
3. Filipa Soraia, anos e anos a falar da diferença entre o autor e a obra (o Nabokov não queria dormir com a Lolita, topa?), e a Filipa Soraia vem aqui tentar convencer-me a ir até à Lourinhã de joelhos com o argumento de que os livros do Cormac são sanguinários... Ora bolas! Mas se até metem canibalismo, não me diga que não sabia?!
Dou-lhe mais uma dica: são sanguinários assim como a Bíblia é sanguinária. Bom, o Saramago não percebeu essa. Se a Filipa Soraia também não perceber, está no seu direito.
E agora é que é: bon appétit!

Anónimo disse...

Vai assim como Anónimo para não embaraçar. Digamos que a conheço dos tempos do António. Você não gosta do Pitta, está no seu direito. Mas tempo houve em que publicou textos no blog dele. Guardei este: http://daliteratura.blogspot.com/2007/02/indito.html
E almoçava ao lado dele nos encontros do Círculo (estivemos os três na mesma mesa). Arrependeu-se? O ressabiamento fica-lhe mal. Já agora, onde é que o Pitta diz que o Nabokov queria dormir com a Lolita?

Ana Cristina Leonardo disse...

É que não me deixam almoçar, caraças...
Anónimo,
1. Não sei o que é isso dos tempos do António, mas vou tentar esclarecer o resto (isto começa a parecer-se um bocado com os tempos da revolucionarização em curso da extrema-esquerda, o que até tem a sua graça...).
2. Não conheço o Eduardo Pitta de lado nenhum. A única vez que me cruzei com EP foi num (UM) almoço do Círculo de Leitores (colectivo, como deve saber, e onde os convidados muitas vezes nunca se viram mais gordos - não sei se é o seu caso por ser anónimo) e nem me lembro se ficámos na mesma mesa (como o anónimo diz que ficámos, eu acredito, embora não tenha por hábito almoçar com anónimos... nem com o EP)
3. Nunca publiquei textos no blogue do EP. Escrevi sobre um livro dele no Expresso, transcrevi-o na Pastelaria (o link está aí, naturalmente) e EP tê-lo-á linkado no blogue dele (é uma das vantagens da Net,rede, não sei se está a par...)
3. Não faço ideia de que ressabiamento fala, mas dou-lhe um conselho: nunca se deve limitar o mundo à nossa imagem e semelhança
4. Também não faço ideia a que arrependimento se refere, logo, continuo a não ter que ir de joelhos nem a Fátima nem à Lourinhã
5. O texto de EP não é sobre o Lolita. Dizer-lhe mais do que isto, dada a sua pergunta, seria perder o meu latim (e o meu almoço).
Para concluir: o EP escreveu sobre um livro. Devia tê-lo lido. That's all folks

Ana Cristina Leonardo disse...

NOTA para o Anónimo: só agora reparei que o link do comentário remete para o meu texto sobre o aborto (e não para o texto sobre um livro de EP). Na altura, que foi antes de ter este tasco aberto, enviei-o para o e-mail de uma série de blogues que o publicaram. O Da Literatura foi apenas um deles.
Espero não ser enviada para a Sibéria por causa disso.

Filipa Soraia disse...

1 – ohmmmmmmm
2 – Também me deixa arreliado
3 – Não só topo, como folgo muito em saber que o nabokov não quis dormir com a lolita.
3,5 – Eu acho que não conseguia convencê-la a ir de joelhos a fátima com o argumento de que o cormac é violento e por isso nem tentei. Referia-me eu à sua promessa de ir de joelhos a fátima se o Pitta a conseguir mostrar que aqueles críticos chamaram sanguinário ao Cormac. Aquela citação não dá, pelo menos, para subir a Rua do Carmo de joelhos? Dammit.
3,75 - Eu não consigo imaginar o Cormac sanguinário. Cormac lembra-me Kermit (começou agora) e então o máximo que consigo é imaginá-lo a ralhar com o Fozzy. Dele só li umas páginas do All the prety horses, mas achei aquilo frouxo e tive logo de ir ler a passagem da Biblia em que os exércitos do Senhor tomam Jericó.

παράνοια disse...

A sua sanha contra a leitura de EP é, digamos assim, um pouco Khmer Vermelho.

Ana Cristina Leonardo disse...

Filipa Soraia, a penitência que me propõe aproxima-se cada vez mais do razoável mas, ainda assim, continua a escapar-lhe a questão do "autor" e eu agora não tenho tempo. Folgo, porém, em saber que a Filipa Soraia lê a Bíblia - aprende-se muito (quando se tem capacidade para aprender, claro).

παράνοια
o Pitta leu?! Agora é que eu fui apanhada e não escapo a arder para sempre no inferno

παράνοια disse...

Não sei nem quero saber se leu. Só aqui vim partilhar a minha perda de contato com a realidade.

Ana Cristina Leonardo disse...

A realidade também me aborrece muito às vezes. Mas nesse caso fica explicado ter-me confundido com um khmer Vermelho

João Lisboa disse...

Aaaah!... então era isto.

Raios, só eu não tenho uma "Filipa Soraia" nas minhas caixas de comentários!

Leopardo, pleeeaase, vai lá, escreve qualquer coisa (não interessa sobre quê) e assina Suelly Elisângela.

Ana Cristina Leonardo disse...

João, queres a Suelly Elisângela a comentar no meu tasco ou no teu? É que é para já!

20 de Julho de 2011 18:31

Anónimo disse...

Filipa Soraya escreve-se-á com dois tês? Até usa o masculino no 2) do comentário acima e usa linguagem de dandy...

Fico anónimo porque aqui há recensores e eu sou uma espécie de Cameron ao contrário.

João Lisboa disse...

No meu, pá!

m.a.g. disse...

Ai, ai! como um Lecter à solta era por vezes necessário. Curiosamente sendo ele um "refinado gourmet" tinha o particular afã de transformar a "má ou medíocre matéria-prima" nos mais requintados repastos, regados de preciosos néctares, claro está. Agora perdi-me... isto vinha a propósito de qualquer coisa, não sei se de: witty ou bitchy, ou classe-média urbana...
o que se me afigura deveras incontornável!

Filipa Soraia disse...

Fico aqui, porque a Ana Cristina Leonardo tem o nome mais lindo da blogosfera. Jaazzzzzz. A não ser que a Ana Cristina Leonardo interponha uma providência cautelar para não me aproximar mais do que dois metros do teclado, sei lá. Anonas, dandy é a tua tia. João Lisboa, tu és um tipo que é critico de música?

Anónimo disse...

Até estranho o Dr. João Gonçalves não vir em sua defesa..... deve estar distraído a comer lentilhas....

Ana Cristina Leonardo disse...

Anónimo, nem eu secretario o Dr. João Gonçalves nem o Dr. João Gonçalves me secretaria a mim(acho que já tinha explicado a primeira parte algures). Quanto às lentilhas, eu, pessoalmente, gosto muito. Primeiro estranha-se, depois entranha-se.

παράνοια disse...

para lhe dizer que estou impressionadissima com a sua técnica - responder sempre. parabéns, eu nem sempre sou capaz.

vr disse...

"Anonas, dandy é a tua tia". < Onde é que eu já ouvi isto?

Suely Elisângela disse...

Oi! Só pra falar ao João que meu nome se escreve só com um l, viu?
Beijo!

Ana Cristina Leonardo disse...

παράνοια
eu também não; depende.

Ana Cristina Leonardo disse...

Suely Elisângela
Já fiz saber ao próprio. Volte sempre!

João Lisboa disse...

"João Lisboa, tu és um tipo que é critico de música?"

Sou o primo luso do Jack London.

"Oi! Só pra falar ao João que meu nome se escreve só com um l, viu?
Beijo!"

Sei não... tem "Suely" com um "l" e "Suelly" com dois "l". Dependji, né?

jaa disse...

F***-*e! Por um lado, eu percebo, Ana Cristina - também não sou fã do estilo do Pitta e o McCarthy é de facto enorme. Por outro, você passou a assustar-me quase tanto como o juiz Holden.

Suely Elisângela disse...

João, "dependji" nada, eu só tem eu, viu?
Beijo!

Ana Cristina Leonardo disse...

jaa, não é um problema de estilo; é guerra, mesmo.
:-)

MCS disse...

Eh, pá, um gajo distrai-se e perde logo esta pePitta. Eu já nem perco tempo a ler o Dada Pitta. Cada texto que escreve mata logo o livro em causa. Aqui vai mais uma pepitta do Dada: http://ipsilon.publico.pt/livros/critica.aspx?id=256152

O último parágrafo ao livro da McCullers é um perfeito exemplo da mais literata bisbilhotice. Aquilo parece escrito pela beata da paróquia numa tentativa para descrever a vizinha do 3.º esquerdo.

joshua disse...

Eu adoro esta guerra. Deus conserve a Ana Cristina por muitos e bons anos.

Anónimo disse...

Só uma precisão: o verbo "tornar" reflexivo não se constrói com preposição, penso eu...