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Podia agora continuar a falar-vos da minha tia Raquel, mas como ela própria me diria "não maces as pessoas e vem para dentro".
Já o Amado é outro assunto. Disse o próprio, a propósito das suas declarações ao Expresso este fim-de-semana, que aquelas não passaram de "desabafos sobre estados de alma".
Confesso que não li a entrevista. Contaram-me que a dada altura Amado apelava a um governo de salvação nacional ou coisa parecida. Vou deixar de lado o que eu acho sobre isto não ter salvação possível que ninguém me perguntou. Mas "os estados de alma" ficaram-me atravessados.
Então aqui há uns tempos, após recusar-se a votar num pirómano de livros para director da Unesco, Carrilho não foi acusado precisamente do mesmo, acabando, aliás, et pour cause!, por ser corrido do cargo? (Com o hiato temporal diplomaticamente adequado...)
Ou seja, quer dizer, um simples diplomata não pode ter um achaque em privado mas já o ministro pode desabafar em público e não lhe acontece nada?! Nem sequer o convidam para o lugar do Sócrates?
[também publicado aqui]
4 comentários:
Depois der tantos achaques o tal lugar do outro é a alternativa ao internamento.
Um abraço,
mário
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=453975
Estou em crer que isto é mais ou menos verdade.
"gUinchando".
Penso que o seu desabafo traduz, não mais que, a sua vontade de ocupar o lugar de sócrates... com o devido apoio empresarial, ou não fosse esta política bem sustentada pelo poder económico...
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