26/09/10

Rui, mau mas mau mesmo é que seja qual for a escolha, do ricipe ninguém nos safa

"Não diria que é aquilo que mais temo perante a possibilidade de a crise política que se adensa nos empurrar para as mãos de Pedro Passos Coelho. O que pode acontecer aos destinos do país e à vida das pessoas, entregues de vez à volúpia da «cultura empresarial», afigura-se bem pior do que o aspecto de quem venha a gerir o estabelecimento. Mas é este, seguramente, um dos factores que me perturba. Ponderar como inquilino da residência de S. Bento um típico e obstinado beto dos eighties, seguido por um séquito de réplicas, é um pesadelo que me tem povoado as noites. Ser governado por alguém que aparenta querer impingir-nos a qualquer momento um pólo da Lacoste ou da Ted Lapidus, penteado «à Joe Dassin», de discurso tenso e redondo, soturno e previsível, ter de conviver diariamente com a seriedade enfatuada e a representação icónica do aborrecimento, constitui para mim uma preocupação adicional de ordem estética e ecológica. Talvez pareça um tanto frívolo e com angústias de baixa densidade política, mas não encontro nada que afaste de mim este enjoo. (...)"

Sobre o significado de ricipe ver aqui. Sócrates explica.

7 comentários:

tempus fugit à pressa disse...

bebiana ....santa padroeira
bebi ana é mais difícil
al gar bios

enjoos ganham-se na serra do caldeirão perdem-se com o jejum

jejue uns meses que nunca mais volta a ter enjoos

é garantido

Ana Cristina Leonardo disse...

suponho que esse seja um conselho à borla, sem ricipe

Cristina Torrão disse...

Beto? Mas ele então não vive em Massamá e não é avesso a hotéis de luxo?!

Ana Cristina Leonardo disse...

Acho que o beto não seria esse mas o outro...

Cristina Torrão disse...

Não estamos a falar de Pedro Passos Coelho?

(Nota: o meu comentário lá em cima é irónico)

Ana Cristina Leonardo disse...

Kássia, eu é que li malo texto do rui (concordo ma mesma). Pareceu-me uma comparação mas o asunto é em exclusivo coelho. Tem toda a razão.

Cristina Torrão disse...

;)

No fundo, "tanto se lhe dá como se lhe deu". Já o Hadock lhes chamava os "siameses".

(Não sei se escrevi bem Hadock, há muito tempo que não leio o Tintin)