Não tem nada que ver com o assunto, mas um dos actores mais bonitos de sempre, o Paul Newman, também entra. Faz de velho mafioso.
O filme é, portanto, sobre a Máfia. Na Máfia, como em todo o lado, há gente que presta e gente que não presta. Tom Hanks está entre os primeiros. Quanto aos segundos, primeiro matam-lhe a mulher e o filho mais novo; a seguir, tentam matá-lo a ele e ao filho mais velho. Road to Perdition, não sendo uma obra superlativa, daria certamente para dissertar sobre aquela frase do Ortega y Gasset (o filósofo que um dia Sócrates disse admirar), yo soy yo y mi circunstancia.
Adiante. No final do filme, o filho perde o pai e escolhe ir viver para a quinta de um casal de agricultores que os havia acolhido lá pelo meio. Durante todo o tempo em que andam a fugir ao Jude Law (que também é giro mas não tão bonito como o Paul Newman nem nada que se pareça), o puto, claro, não vai à escola. No fim, apesar de menor e órfão de mãe e pai, é ele quem escolhe as (boas) pessoas com quem deseja viver.
Resumindo: era um tempo sem Inspecção Geral da Educação nem Comissões de Protecção a Menores. Dir-me-ão que agora é melhor. Talvez. Mas o meu coração imediatamente balança quando leio, no dia seguinte a ver Road to Perdition, que a Autoridade Marítima apreendeu 500 bolas-de-berlim no Algarve.
E quem souber de algum caso de morte, ou de simples diarreia, derivado a bolas de berlim vendidas pelos areais que atire a primeira pedra!
4 comentários:
Às vezes, pareces o Cormac McCarthy; salvo seja e com o devido respeito por ambos ;)
Fallorca, com o devido respeito: no country for old women
:)
Perigo para a saúde pública é o Sócrates!
Por acaso o Paul Newman nesta foto está bastante bem.
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