A piada está aqui. A indignação na caixa de comentários deste post.
Como em tudo, porém, o melhor é citar os clássicos. E é por isso que cito Lillian Hellman que, quando lhe perguntaram porque nunca tinha apoiado abertamente a causa gay, respondeu: "The forms of fucking do not require my endorsement".
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13 comentários:
Por partes:
1. O 'post' do 'Cachimbo' não tem muita piada, mas também não traz grande mal ao mundo;
2. O 'post' do '5 Dias', concordando eu ou não, coloca a questão de forma sensata;
3. O humor é muito importante, mas acho perfeitamente normal que nem todos achemos piada a tudo e, sobretudo, ao mesmo - isso sim, seria muito chato e redutor;
4. A frase de Lillian Hellman que cita é 'gira', uma daquelas frases que fica no ouvido e é sempre boa para citar, mas não mais do que isso.
Em todo o caso, gostei do que li na Wikipedia sobre Lillian Hellman; vou encomendar a autobiografia que está em destaque, "An Unfinished Woman". Não seria essa a sua intenção, mas, mesmo assim, obrigado por dar a conhecer.
O que está em causa não é se a piada é boa, má, sofrível ou excelente. O que está em causa é que, a propósito de uma piada, tanta gente se indigne a sério. Tempos tristonhos estes, incapazes de frases "giras"
A abordagem que faço à qualidade da piada é lateral; o meu ponto era outro.
"The forms of fucking do not require my endorsement" não é só uma frase "que fica no ouvido" e "boa de citar". É, muito justamente, a única coisa que pode e dever ser dita sobre o assunto.
E prontoS:
http://lishbuna.blogspot.com/2010/02/forms-of-fucking-do-not-require-my.html
João, comentei a frase no contexto em que ela foi proferida. Evidentemente, ninguém necessita do aval de outrem para dar uma queca - embora até isso já tenha sido crime -; porém, penso que a causa gay visava muito mais do que isso. Embora sejam questões diferentes, traço um paralelismo com a conquista da igualdade pelas mulheres e pelos negros: também não necessitavam do aval de ninguém para serem iguais em direitos, mas, infelizmente, foi necessário lutar muito para que essa igualdade fosse reconhecida. Expus isto de forma muito simplista mas, concordando ou não, penso que percebe onde quero chegar.
"ninguém necessita do aval de outrem para dar uma queca"
A questão não é, evidentemente, "dar a queca" mas "com quem" a dar, isto é, "the forms of". E é só à volta disto que esta polémica tola existe: nem o Estado nem ninguém tem rigorosamente nada a ver "com quem" (macho, fêmea ou monotrémato) eu "dou a queca" - desde que "macho", fêmea" ou "monotrémato" sejam consenting adults - nem com a forma que escolho para a consagrar (ou não) socialmente.
É só mesmo nestes termos "simplistas" que eu concebo a discussão e o fim rápido dela.
João, cada vez admiro mais o teu espírito de síntese
Quando escrevi "ninguém necessita do aval de outrem para dar uma queca" queria dizer, evidentemente, "ninguém necessita do aval de outrem para dar uma queca com quem quer que seja" - daí ter escrito "embora até isso já tenha sido crime". E isso é, também para mim, claro e simples.
Coisa bem diferente é tudo o que está em causa caso duas pessoas do mesmo sexo pretendam constituir família, porque nesse caso, goste-se ou não, o Estado interfere - não em tudo, mas em muito.
"goste-se ou não, o Estado interfere - não em tudo, mas em muito"
My very point: não gosto. Nada mesmo.
Estamos de acordo. Contudo, já que interfere, pelo menos que seja justo.
nada de novo, apenas muito bem dito, por isso mesmo citável para além do giro indeed
e vou levar o João e a Lillian comigo
bom fds, gentes
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