21/08/09

Não vamos mais longe: a modernidade socrática espraia-se literalmente em Lagos, junto à linha da Meia Praia

A imagem será futuristicamente asséptica. Na realidade o que lá está são escavadoras, buracos, pó, feridas e mamarrachos. Uma figueira de gesso assiste (e resiste) ao progresso molto vivace, aliens de betão e mármores milionários para fazer a diferença com as "casas de emigrantes" e a "Mariani" do Cavaco que isto é gente que da Maconde passou para a Hugo Boss e férias só no Dubai.
Parafraseando os pescadores de Alvor, se os houver ainda, que vos desse uma traçã no beraco desse cu, que tevesseís sem cagar oito dias e quando cagassem só cagassem figos de pita inteiros.

12 comentários:

fallorca disse...

Phónix, não fazes a coisa por menos... figos de pita, e não é em italinano, fiufiu...

ND disse...

"são escavadoras, buracos, pó, feridas e mamarrachos"

São, sim. da estação até aos viveiros por toda a encosta a norte da linha férrea. Mais degradados do que o bairro estão todos os prédios que começaram a ser construídos há prái, no máximo, 10 anos, a seguir à marina para este.

Quase me angustia que aquela baía continue a ser, como sempre foi, uma baía bonita, que se espraia como um quarto de lua e não sei se alguma vez aquela baía vai deixar que lhe subam as águas, por muito betão que lhe enterrem nas costas. Aquela baía é mesmo uma mansidão.

Fossem arribas talvez piasse mais fino. Acabo de ver no TJ derrocada de uma falésia em Albufeira.

Carlos disse...

Ah! Sábios pescadores!

Vivemos num país de "patos bravos". Não imagina quão gozado fui quando, há uns tempos, me dirigi a uma loja de costura no centro comercial. Queria virar a gola de uma camisa, camisa essa que, por acaso, tem para mim valor afectivo. As costureiras fartaram-se de rir.

João Lisboa disse...

Eu gosto também daquela "que vos desse uma febre tã grande, tã grande, que se vos derretesse a fivela do cinto".

Guidinha Pinto disse...

Disse o sr. presidente «compreende que não é compatível aquele bairro com hotéis de cinco estrelas»? Façam como numa das ilhas em Cabo Verde. Védem os hotéis e ponham braceletes nos pulsos dos turistas, e, quando estes quiserem saír do hotel para dar uma volta, conhecer o povo, avisem-nos que nas areias vivem uns autoctenes conhecidos como índios da meia praia.
Bem combinado seriam os construtores dos novos hotéis beneficiarem as casas dos pescadores. Uma local típico, com estórica, com direito a um poema cantado e musicado por um célebre artista português.
Que digo eu!? Ai tanto disparate de uma vez só.
Bom fim de semana.

ecila disse...

Nao compreendo pessoas que passam férias no Dubai

Anónimo disse...

A majestosa/elástica e descartável Aninhas não tem mãos a medir para atacar o Inginheiro.Depois atreve-se a citar Bloom e Tolstoi, por dá cá aquela palha. Precisa certamente de mais férias ...na Amazónia! Amante arrependido

Ana Cristina Leonardo disse...

Anónimo, espero que tenha ido a fátima arrepender-se de joelhos antes de ter voltado para a alemanha

Anónimo disse...

Essa sua congénita peste emocional cola-se-lhe nos sovacos.V.Excia confunde tudo e vive enganada d(n)isso, n´é? Assim, nem para Crítica de Modas & Bordados servirá. PF, não comente quem lhe é superior em tudo.

Anónimo disse...

Oh Anónimo,
Devia te dar uma dor tan grande tan grande, que quanto mais corresses mais te doesse quando parasses arrebentases.

Miguel de Lagues

The girl disse...

O que o meu querido anónimo queria era ter a pinta da Cristina.

Um blog desta categoria quando é bombardeado merece algo à altura. Não pode ser assim uma opinião fraquinha e sem piada!

Ana Cristina Leonardo disse...

Miguel de Lagues e The Girl, muito obrigada por defenderem a pasteleira;
Anónimo, como já uma vez referi a um seu colega anónimo, lamento informá-lo mas na pastelaria não servimos lítio. tente abastecer-se junto dos serviços de saúde alemães