Como alguém comentou e muito bem no blogue de Joana Lopes, recorda a escrita de Laurinda Alves. Tem distribuição gratuita e uma redacção maior do que a de muitas revistas que eu conheço. É publicitada no site da IURD - Portugal (que, só por curiosidade, exibe logo a abrir uma valente fogueira onde por entre as chamas se lê: «sem fé, é impossível agradar a Deus...»), e a Joana descobriu-a embrulhada com o Público. Chama-se Plenitude e apresenta-se assim:
«A Plenitude começa o novo ano em viragem plena de propósitos. O frio de Janeiro não congela a vontade e a novidade de Fevereiro não espanta o aprumo. O nosso rumo, iluminado pelas estrelas que se cravaram no olhar, estende-se sedutor aos nossos pés em lençol branco de certezas e de confiança renovada.»
Hipérboles destas não são para qualquer um, embora, verdade seja dita, já não são poucos os títulos de referência prestes a atingir esta elegância de estilo.
12 comentários:
"lençol branco de certezas"...
Isto é reconfortante. Andam aí uns lençois com manchas amareladas de dúvidas...
Serão exercícios de aproximação à literatura kitsch? Bom, concordo com o Manuel: a adjectivação é fundamental na criação do efeito estético pretendido, gerando a asociação entre o "branco" e a "pureza"... Lindo. Política assim comove.
Para que não te falte nada:
http://lishbuna.blogspot.com/2009/02/o-pensamento-filosofico-portugues-x.html
http://lishbuna.blogspot.com/2009/02/o-pensamento-filosofico.html
manuel, ainda te recrutam para a Plenitude
ana, terás de convir que é mais fácil de perceber que o Ser do Ente
joão, depois de visitar o teu blog deixo-te com boas e más notícias
as boas é que ainda não estamos todos parvos
as más é que tb. tu nunca conseguirás escrever assim
"as más é que tb. tu nunca conseguirás escrever assim"
Tu estás a desafiar-me?... Estás?!!!...
Voilá!
http://lishbuna.blogspot.com/2009/02/cantando-espalharei-os-tempos-poderao.html
joão, deixaste-me sem palavras!
plenitude, iurd, público, laurinda, confiança, pedro passos coelho...que puted...que promiscuidade, queria eu dizer.
«sem fé, é impossível agradar a Deus...»
Mas então a fé já não é condição para, começando pelo princípio, se acreditar em Deus e só depois agradar ou não?
Isto ainda vai acabar mal, se o tipo de branco se meter no assunto.
A Laurinda Alves é a pior coisa que aconteceu à humanidade.
A contar com a Manuela Ferreira Leite e com a Irmã Lúcia.
reparo agora que há algo de tremendamente errado no url deste blog...
tremendamente errado?!!!
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