28/09/08

Leituras

«O meu Mediterrâneo começa em Tavira, pelos meados do século XX, e acaba (provisoriamente) em Chipre, já neste milénio».
Começa assim o novo livro de Henrique Garcia Pereira, Fragmentos do Mediterrâneo.
Não confundir o autor com o advogado do MRPP, e não confundir o livro com um guia de viagens exóticas. Citando Josep Pla, citado nos Fragmentos..., nele «no hay mosquitos, ni chacales, ni objeto sorprendente o raro». Quanto a Garcia Pereira, é professor catedrático do Instituto Superior Técnico e gosta de «misturar tudo». Também escreveu Arte Recombinatória, 2000, Apologia do hipertexto na deriva do texto, 2002, e A Matéria de que são feitos os Sonhos, 2004. É fã incondicional de Enrique Vila-Matas.

4 comentários:

Anónimo disse...

"O velho racionalismo pretensioso (com raízes na fobia de Aristóteles em “confundir as categorias”) perde-se agora no emaranhado de novos rizomas: as coisas ‘deixam de estar no seu devido lugar’ pela pulverização das hierarquias, dos saberes e das especialidades, num novo contexto heterodoxo onde impera a multiplicidade de referências."

"novos rizomas"

Lá está o Mille Plateaux...o que significa que "isto anda tudo ligado" como dizia o outro.

Anónimo disse...

Ilya Prigogine? Nada mau.

-pirata-vermelho- disse...

Sim, pode começar em Tavira ou 'um pouco mais ao lado' mas só acaba no Iraque.
Com boa vontade ou 'um pouco mais d'atenção', no Iemen!
E, pelo caminho, alastra para sul...

Anónimo disse...

O sul só acaba no Sul, que é onde o sul começa, não?
Como beirão e a viver sempre por/em algures, há mais de 30 anos que considero Tânger como o norte do meu sul.
Cala-te Jorge, que há uma semana que não vens cá tomar o pequeno-no almoço