«Debalde porém se esperaria que milagrosamente, por efeito de varinha mágica, mudassem as circunstâncias da vida portuguesa. Pouco mesmo se conseguiria se o País não estivesse disposto a todos os sacrifícios necessários e a acompanhar-me com confiança na minha inteligência e na minha honestidade – confiança absoluta mas serena, calma, sem entusiasmos exagerados nem desânimos depressivos. Eu o elucidarei sobre o caminho que penso trilhar, sobre os motivos e a significação de tudo que não seja claro de si próprio; ele terá sempre ao seu dispor todos os elementos necessários ao juízo da situação.
Sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses. No mais, que o País estude, represente, reclame, discuta, mas que obedeça quando se chegar à altura de mandar.»
Dicurso de António Oliveira Salazar, 27 de Abril de 1928
Sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses. No mais, que o País estude, represente, reclame, discuta, mas que obedeça quando se chegar à altura de mandar.»
Dicurso de António Oliveira Salazar, 27 de Abril de 1928
2 comentários:
Plus ça change...
Mas ele chegou mesmo ao fim em poucos meses...
para regressar em glória quase quatro anos depois, como "salvador da pátria".
O giro do discurso é ele ter-se em tão boa conta: «com confiança na minha inteligência e na minha honestidade».
O título não podia ser melhor...
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