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Eu sei que a inveja é uma coisa muito feia. Mas as filas de fumadores arrependidos que imagino a formarem-se nos Centros de Saúde beneplacitamente acolhidas por pessoal de sorriso Pepsodent em riste faz vir ao de cima o pior que há em mim. E pergunto: por que não antes consultas específicas dirigidas a quem não queira ficar desdentado? E já agora também: por que não antes consultas específicas dirigidas a quem não queira ficar cegueta?
Concedo que um abcesso não é uma enfermidade fracturante por aí além, mas desde quando é preciso ser realisticamente moderno para se ter direito a médico? A pergunta é retórica. A dor é real. Recorda-me que o país entrou em delírio e que a Berkeley nunca lhe deve ter doído os dentes.
2 comentários:
É verdade. Ele não comia coisas duras para lhe doer os dentes. Gostava de ostras. "I had rather be an oyster than a man, the most stupid and senseless of animals" - dizia George Berkeley.
Só não percebo porque raio insistem em chamar-lhe tabaco. Existem x + y (o número varia com o especialista) produtos misturados é natural que o tabaco seja apenas um produto residual naquilo que as pessoas fumam legalmente.
Estou com o Berkeley só até certo ponto. Também gosto de ostras... mas não gostaria de ser uma. É só pensar no que aconteceu às ostras na Alice.
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