28/02/22

AS GUERRAS PERDEM-SE


Disse o imperador Francisco José, citado por Joseph Roth em A Marcha de Radetzky. Ambos sabiam do que falavam. 

Invasão da Ucrânia: a diplomacia de bastidores e a escalada da guerra

«When Gen. Mark Milley emerged from six hours of tense talks with his Russian counterpart in Helsinki last September, the Joint Chiefs chair looked almost buoyant. Or at least as chipper as the gruff soldier of more than 40 years ever gets in public. “When military leaders of great powers communicate, the world is a safer place,” Milley said, striking an optimistic tone.

Now, just five months later, with Russian military forces pummeling Ukraine from the air, land and sea, Milley’s paean to a common understanding with Moscow is virtually dead.

But his relationship with Gen. Valery Gerasimov, the chief of the general staff of the Russian Armed Forces, is at the center of a highly sensitive behind-the-scenes effort to prevent the biggest war in Europe in generations from spinning into a wider conflict. It’s a situation that became more urgent on Sunday, when Russian President Vladimir Putin ordered his nuclear forces on high alert after a series of what he called “aggressive statements” by NATO powers.»

Invasão da Ucrânia: quando ver televisão faz muito mal à saúde

Não devia ter furado a minha decisão de só ligar a TV para ver filmes e séries policiais. 
Só ontem, três momentos de nos fazer temer pelo futuro. 
Uma repórter enviada à Ucrânia a perorar sobre nada enquanto fazia festas num cão, um apresentador a gaguejar penosamente informação requentada enquanto brincava com um dqueles quadros electrónicos onde se podem usar canetas a cores, e a pergunta de um jornalista a Daniel Oliveira: «Daniel, acha que a ameaça nuclear de Putin é a sério ou ele está só a fazer bluff?»
Imaginei logo o comentador português à conversa com o ditador russo: «Ouve lá, ó Vladimir, tu diz-me cá. Mas fala com verdade! Tens mesmo armas nucleares na manga ou estás só a querer assustar-nos?»
Desliguei o aparelho antes de ouvir o que Putin respondeu ao Daniel.


27/02/22

É MAIS OU MENOS ISTO: NO FIM, GANHOU A CHINA.

«A China, sem ter mexido uma palhinha, vai por aí acima.»

O RESTO AQUI.

NÃO HÁ GUERRA SEM UMA BOA PIADA

Putin critica apelo ao boicote da vodka russa!




INVASÃO DA UCRÂNIA: ANDARÁ O MUNDO MAIS CONFUSO DO QUE O HABITUAL?

Talvez só o costume, nós é que andamos distraídos. Mas alguma coisa temos que reconhecer que mudou, quando lemos que o senador republicano Marco Rubio, a propósito da invasão russa da Ucrânia, declara que os Estados Unidos não são a polícia do mundo. 

«Sen. Marco Rubio (R-Fla.), who is generally hawkish on foreign policy and often criticizes the Biden team, on Tuesday dismissed the idea of sending U.S. troops to Ukraine, saying “war between the U.S. and Russia is not going to be good for anybody.”
“These are the world’s two largest nuclear powers, and that’s one of the things — even as we are firm in our response — [that] we have to try everything possible to avoid, because it can escalate very quickly,” Rubio said on CBS. “We’re not the world’s policemen. We’re not sending troops into Ukraine.”»

Entrevista ao Major-General Raúl Cunha sobre a guerra na Ucrânia: vale a pena ouvir


 

TANTA POMBA ASSASSINADA!

Nada é mais repulsivo numa guerra do que o elogio da morte!

26/02/22

OS SENTIMENTALISTAS DE WILDE VERSÃO SÉCULO XXI

A quantidade de gente que vejo solidária com as mulheres-a-dias ucranianas é de partir o coração!


O QUE É PRECISO É PARTICIPAR?

Notícia vista no Provas de Contacto.

Militares portugueses passaram a semana em treinos na Serra da Estrela, onde as temperaturas se aproximam mais das dos países de leste

INVASÃO DA UCRÂNIA: VETO NAS NAÇÕES UNIDAS

Nada que fosse inesperado, dado o modo de funcionamento da coisa.
A Rússia, um dos cinco países com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU (os outros são os EUA, a China, França e Grã-Bretanha) vetou a Resolução que condenava a invasão da Ucrânia. China, Índia e Emiratos Árabes Unidos abstiveram-se. 

25/02/22

CHINA: A INCÓGNITA?

«He [Putin] knew that, whatever happened, the Chinese would be there for him (...) I think this is the essential backdrop for understanding what Putin is doing.»

[Retirado de um artigo da New Yorker, AQUI]

Ou como me garantia há dias um amigo: «A Rússia invade a Ucrânia só depois da final dos Jogos Olímpicos de Pequim». 

Na altura, pensei que ele estava a brincar. 

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Livros Maus como as Cobras»

«... Diz-se que o mundo, a propósito das tensões a Leste [...] assiste a uma corrida aos armamentos. Entre nós, a propósito do Inquérito às Práticas Culturais dos Portugueses 2020, encomendado pela Fundação Calouste Gulbenkian ao Instituto de Ciências Sociais, assistiu-se, dir-se-ia, a uma corrida às estantes. Falamos, claro, do conteúdo reservado às práticas culturais relacionadas com a leitura.

Escândalo! Vergonha! Alarme! — repercutiu-se estrondosamente das trincheiras minhotas às algarvias, ilhas adjacentes incluídas. 61% dos portugueses não leram um único livro impresso em 2020 e a leitura em formato digital ficou-se pelos 10%. O horror! O apocalipse! E perante tal rasgar de vestes que não de páginas, apetece perguntar: e novidades, há?

A pergunta não é retórica nem pretende ter graça. Desgraçadamente, num estudo a pedido da Comissão Europeia, realizado entre 22 de Agosto e 27 de Setembro de 2001, concluía-se que Portugal apresentava os piores resultados no que respeita a hábitos de leitura: 67% dos cidadãos assumiam que não tinham lido nenhum livro nos doze meses anteriores. Em 2007, a percentagem descia para 57,8%; em 2011 subia para 59,5%, sempre na penúltima posição mais gravosa, a última a manter-se na Roménia. Em 2016, chegava-se aos 62%, taco a taco com os valores apresentados pelo recente Inquérito… referente a 2020. Perante os números, a conclusão não é difícil, mesmo para quem aplauda a frase que Mark Twain atribuiu (indevidamente, parece) ao primeiro-ministro britânico Benjamin Disraeli, “There are three kinds of lies: lies, dammed lies, and statistics”. E a conclusão é esta: para onde quer que se olhe, por onde quer que se espreite, há décadas que mais de metade dos portugueses não pega num livro.»

O RESTO AQUI

23/02/22

NÃO NOS BASTAVA A GUERRA NA UCRÂNIA, AINDA LEVAMOS COM UMA EXPOSIÇÃO DO VALTER HUGO MÃE



A coisa chama-se sugestivamente «Parece Um Pássaro, Mas É Um Pirilampo Ou Um Louva-a-Deus» e está patente na Póvoa do Varzim, no âmbito das Correntes de Escrita. 

Diz que são bonecos feitos durante o «ano introspectivo» da pandemia, em que o rapaz revisitou a infância e escreveu o «Contra Mim», livro onde nos confessa lembrar-se perfeitamente do 25 de Abril (apesar de nessa altura ter apenas dois anos e sete meses).



OS UCRANIANOS BEM PODEM ESPERAR SENTADOS: PARA QUEM NÃO SE LEMBRA DA SÍRIA


  @UNICEF/Giovanni Diffidenti     
  Ruínas na cidade de Maarat al-Nummaan in Idlib

 

JÁ NINGUÉM FALA FRANCÊS E C'EST DOMMAGE

 

QUANDO OS INTELECTUAIS SE ESTAMPAM CONTRA A REALIDADE


 

22/02/22

OS NACIONALISMOS SÃO AS MÃES DE TODAS AS GUERRAS

 Era só para lembrar isto. 

ONDE VOS DOU A CONHECER O PENSAMENTO DE VLADIMIR PUTIN

Tanta gente às voltas com a situação no Leste, tanta gente a querer antecipar as jogadas do russo de cara seráfica apropriada mais ao poker do que ao xadrez, quando, no essêncial, para Putin a coisa é mais do que simples: a Ucrânia é a sua Olivença. 

21/02/22

UCRÂNIA: MAIS UMA CRIMEIA?

«...White House officials said on Monday that President Biden will impose economic sanctions on the two separatist regions of Ukraine that President Vladimir V. Putin recognized as independent, but stopped short of imposing any penalties directly on Russia.

The limited nature of the sanctions appeared intended to allow the United States and its European allies to hold in reserve the more aggressive sanctions they have threatened to impose on Moscow if Mr. Putin sends Russian armed forces into Ukraine, and to allow for the increasingly slim possibility of a diplomatic solution.

The European allies condemned the Russian action as a violation of international law and said they supported enacting sanctions. But the relative restraint of the American steps could also reflect debates among the allies over what actions by Russia should trigger the fuller sanctions and the difficulty of developing a unified and proportional response to incremental steps by Mr. Putin.»

CREDIT SUISSE: QUANDO A BANCA LAVA MAIS BRANCO

Lavagem de dinheiro: um negócio mais próspero do que os chocolates suíços.
Denunciadas mais de 18 mil contas bancárias de clientes nada recomendáveis, desde ditadores sanguinários a cartéis de droga passando por traficantes de pessoas e incluindo gente presa e condenada na Justiça. 

GUERRA DE NERVOS (II)

 


20/02/22

GUERRA DE NERVOS


 

LARGUEM A UCRÂNIA, VEJAM CINEMA!

Vi ontem, por mero acaso, na televisão o filme «Charlie Wilson's War», em português «Jogos de Poder» (2007). É sobre os bastidores da política que levou à intervenção dos norte-americanos no Afeganistão. 
Não é uma obra-prima do cinema, nem me interessa particularmente a sua mensagem. Mas os diálogos escritos por Aaron Sorkin e a personagem interpretada por Philip Seymour Hoffman... Caramba! 
Só para pessoas crescidas. 


18/02/22

MORALIZAR O BIG BROTHER NÃO DEIXA DE TER GRAÇA

Ainda não me pus bem no assunto  e até duvido que me ponha. Mas num programa que vive de ser brega e em que só falta matarem alguém em directo, aparecer metida ao barulho a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género não deixa de ser sinal do estado beatífico dos tempos. 

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «O APOCALIPSE ESTÁVEL»

«...Nos dias de hoje, pode dizer-se que a doutrina se divide entre os que apostam que vamos colapsar face ao domínio das máquinas e os que apostam que vamos colapsar antes das máquinas alcançarem o domínio. Há também quem defenda que os mais ricos emigrarão para o conforto do espaço, vivendo em condomínios privados bem oxigenados providos pelos herdeiros de Elon Musk, protótipos de distopias há muito antecipadas por autores de banda-desenhada como Jean Giraud (Moebius) ou Enki Bilal.»

O RESTO AQUI

16/02/22

COISAS SIMPLES: E AS FOTOCÓPIAS?

No meio da trapalhada dos votos dos emigrantes que foram para o lixo e que agora vão ser repetidos para cumprir o decidido pelo Tribunal Constitucional, uma coisa me encanita: afinal, é ou não proibido pedir fotocópias dos Cartões de Cidadão? 

15/02/22

GUERRA UCRÂNIA/RÚSSIA: A HISTÓRIA COMO TRAGÉDIA E FARSA

 «... Entretanto, os políticos cumprem o seu dever. São mártires da sua profissão. Ouvi dizer que a Áustria tinha anexado a Bósnia. E porque não? Se é para acabar com tudo, o melhor é ter tudo bem juntinho.» 

Karl Kraus: Nesta Grande Época, p.p.23 e 24,  trad. de António Sousa Ribeiro, Relógio D'Água, 2018

A GUERRA DO SOLNADO? OXALÁ!

O presidente ucraniano escreveu na sua página no Facebook que lhe tinham dito que os russos iam atacar o país no dia 16.  Era só. 

12/02/22

MACRON: DO DESEJO DE «EMMERDER» ÀS DECLARAÇÕES FOFINHAS

Com a extrema-direita a capitalizar o descontentamento social, o presidente francês passa de querer emmerder os franceses não vacinados  declaração de cientificidade intocável  aos apelos à compreensão pela marcha do chamado Convoi de la Liberté

Na verdade, sobre Macron, a única coisa que sabemos é do seu desejo actual de ficar para a História como o génio que impediu a guerra na Ucrânia. Feitios napoleónicos!

11/02/22

TERRORISTAS: finalmente, temos o nosso?

No meio do grande aborrecimento que significa viver confortalmente, conseguimos por fim chegar ao clube dos crescidos. Nos debates televisivos, aos temas "Deve-se ou não tomar chá com fascistas?", "Será que Putin joga aos dados, ao contrário de Deus?", acresce agora novo assunto: "A juventude já não lê Goethe nem se deixa fascinar por Werther. Porquê?" Prevê-se uma multidão de psicólogos a dizer coisas. 


MEDITAÇÃO DE SEXTA: «O PROBLEMA COM AS MÁQUINAS»

 «... Instalado o clima prazenteiro, numa reedição do “não há rapazes maus” de Padre Américo traduzido entretanto por “não há imbecis irrecuperáveis” (convicção que os mais cultos insistem em alicerçar em Voltaire, embora — e pela quinquagésima vez! —, o francês nunca tenha dito: “Posso não concordar com o que dizeis, mas defenderei até à morte o vosso direito a dizê-lo”), quando Donald Trump perguntou se a lixívia não seria eficaz no combate à Covid 19 era demasiado tarde: o mal estava feito.»

O resto AQUI.

10/02/22

O ENTRISMO NÃO TEM NOVIDADE NENHUMA

Diz que os anti-sistema afinal não rejeitam o sistema. Mas qual é a admiração? A ideia de tomar o sistema por dentro é tão velha como a Sé de Braga. Só quem anda distraído é que pode pensar ter descoberto algo de novo debaixo do Sol. 

Já que a extrema-direita ande a capitalizar o descontentamento popular, isso até que merecia um bocado mais de reflexão do que os ai-Jesus que isto anda cheio de "deploráveis" e de "chalupas". 

09/02/22

CIBERATAQUES: AINDA AGORA COMEÇARAM?

O mundo a várias velocidades. 

Uns discutem (ainda) o assunto mais do que arrumado da existência de raças humanas e da interferência da melanina no comportamento da espécie.

Outros imaginam guerras de trincheiras à maneira da I Guerra Mundial.

Enquanto isso, os ciberataques vão fazendo o seu caminho no século XXI e já em 2015 havia quem alertasse para a mais recente forma de guerra: "Em vez de mobilizar uma defesa nacional contra ciberataques, queremos uma torradeira que comunique com a máquina de lavar via Internet".

No meio disto tudo, a grande moda são cidades mais digitais. 

Confusos? Também eu. 



08/02/22

DA TRAGÉDIA À FARSA

Nos anos 30 e 40 do século XX os fascistas combatiam-se à porrada. Hoje, anos 20 do século XXI, o sururu é sobre se se deve  ou não  convidá-los para um chá. 

Entretanto, o mundo mudou mesmo e o Putin já lanchou com o Xi Jinping. O petit Macron não foi convidado. 


07/02/22

LEITURAS: "GULAG, UMA HISTÓRIA" de Anne Applebaum

Talvez a directora do Museu do Aljube, Rita Rato, que não deu os Gulags na escola, se possa agora informar sobre o assunto...


06/02/22

A PROPÓSITO DE VERMEER, LEITURAS QUE VALEM MUITO A PENA

 «A "poesia do recolhimento" de Johannes Vermeer, como alguém lhe chamou, foi destruída pela diluição das fronteiras entre público e privado, pela apetência das celebridades em partilharem connosco os momentos íntimos dos seus quotidianos, como se nos interessasse conhecer o underwear de Ronaldo ou o petit-déjeuner de Georgina. Na peugada dos famosos e das "figuras públicas", os comuns mortais figuram-se também eles como celebridades, fazendo-se fotografar em selfies de despudorado onanismo, retratando os pratos que comem nas mesas dos restaurantes, compondo autobiografias risonhas em "histórias" do Instagram.»

O RESTO AQUI

04/02/22

PANDEMIA COVID 19: QUEM É QUE ANDA A MORRER EM PORTUGAL?

Com uma variante cuja gravidade está comprovadamente abaixo dos 75% em relação às variantes anteriores e com as medidas de contenção da pandemia a serem progressivamente levantadas, é no mínimo estranho que não se reflicta sobre o exagerado número de mortes associados à Covid 19 em Portugal, manifestamente desalinhado com os dados que nos chegam lá de fora. Ao pânico segue-se a indiferença? Só hoje foram 50.

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «DIAS ASSIM»

 «... Ignorante da história, fútil, literalista, castradora da linguagem e da imaginação, aguarda-se que a moda do cancelamento venha exigir desculpas a Flaubert pelo suicídio de Emma Bovary ou recomendar a Anna Karénina que consulte o Doctor Phil para tratar da depressão.»

O RESTO AQUI

03/02/22

E PARA QUANDO A ACTUALIZAÇÃO DA MONA LISA?

Um grupo de artistas franceses quer actualizar a imagem de Marianne, a figura femimina criada por Delacroix que simboliza a Revolução Francesa. Já agora, acrescentavam também os bracinhos que faltam à Vénus de Milo ou davam um final decente a Bouvard & Pécuchet, o livro que Flaubert deixou inacabado, e não se falava mais nisso...

A NOTÍCIA AQUI

01/02/22

ELEIÇÕES: VOTAR PARA AS SONDAGENS

No caso do Moedas, perderam as sondagens (como já tinham perdido no caso de Trump). No caso de Costa, voltaram a perder as sondagens. 

É o que dá acreditar em mesas de pé-de-galo. 

MEDITAÇÃO DE SEXTA: «MENTES SIMPLEX»

«Com o caos instalado, conclui-se que a maioria (PAN, IL, CDS, PSD…) diz querer avaliar o Acordo. Não deveria ser antes avaliarem-se?

À esquerda, António Costa, oracular, afirma que o AO “deve fazer o seu caminho”. Catarina Martins afirma que o “Acordo prevê, ele próprio, que haja estudos e revisões ao longo do tempo, e, portanto, se algum de nós estiver a dizer que não quer essa revisão, está a dizer que não quer o próprio Acordo”, raciocínio algo bizantino que, além de assentar numa falsidade (nada no Acordo prevê aquilo de que a deputada fala), denuncia alguma ignorância sobre o funcionamento da língua: afinal a ortografia não é como o PIB que, habitualmente, muda todos os anos. Rui Tavares afirma que o que importa é a coerência, sendo por isso muito importante o Acordo, melhorado ou não, enquanto contributo para a promoção da língua portuguesa lá fora (este desígnio promocional assente na uniformização, como toda a gente sabe, também tirou em tempos o sono aos ingleses e espanhóis: os primeiros conseguiram que shit se tornasse universal nos territórios de Sua Majestade; já os segundos tentaram, sem sucesso, impor a interjeição coño à totalidade do mundo hispânico). »

O RESTO AQUI