1. Fizeram um acordo cujo único objectivo é vender dicionários e derivados.
2. Fizeram um acordo que está para a língua portuguesa como as leis dos burocratas europeus sobre o pão duro e os coentros estão para a açorda.
3. Fizeram um acordo que, do ponto de vista linguístico, é disparate atrás de disparate.
4. Embalados numa modernice que teria feito as delícias de Bouvard e de Pécuchet (dois homens sempre na vanguarda...), tentaram impor a ideia de que todos os que se opunham à "uniformização???!!!" da língua não passavam de reles conservadores e retrógrados, enquanto, ao mesmo tempo, complicavam grafias (algumas, agora com três hipóteses e siga o baile).
5. Vasco Graça Moura, personagem com quem não simpatizo, terá resolvido corajosamente não o aplicar no CCB (por acaso, já me tinha perguntado como descalçaria ele essa bota).
6. Perante o gesto (desobediência civil?) que só dignifica Graça Moura (e a língua portuguesa, já agora), António José Seguro foi fazer queixinhas ao Primeiro-Ministro. Gente de mierda, tão pequenina!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
EM REDE
- 2 dedos de conversa
- A balada do café triste
- A causa foi modificada
- A cidade das mulheres
- A curva da estrada
- A dança da solidão
- A rendição da luz
- A revolta
- A terceira via
- A única real tradição viva
- Abrasivo
- Agricabaz
- Agua lisa
- Albergue espanhol
- Ali_se
- Amor e outros desastres
- Anabela Magalhães
- Anjo inútil
- Antologia do esquecimento
- Arrastão
- As escolhas do beijokense
- As folhas ardem
- Aspirina B
- ayapaexpress
- Azeite e Azia
- Bibliotecário de Babel
- Bidão vil
- Blogtailors
- Casario do ginjal
- Centurião
- Church of the flying spaghetti monster
- Ciberescritas
- Cidades escritas
- Cinco sentidos ou mais
- Claustrofobias
- Coisas de tia
- Complicadíssima teia
- Contradição Social
- Dazwischenland
- De olhos bem fechados
- Dias Felizes
- Do Portugal profundo
- Duelo ao Sol
- e-konoklasta
- e.r.g..d.t.o.r.k...
- Enrique Vila-Matas
- Escola lusitânia feminina
- Fragmentos de Apocalipse
- Governo Sombra
- Helena Barbas
- If Charlie Parker was a gunslinger
- Illuminatuslex
- Incursões
- Instante fatal
- Intriga internacional
- João Tordo
- Jugular
- Klepsydra
- Last Breath
- Ler
- Les vacances de Hegel
- Letteri café
- LInha de Sombra
- Mãe de dois
- Mais actual
- Malefícios da felicidade
- Manual de maus costumes
- Metafísica do esquecimento
- Mulher comestível
- Nascidos do Mar
- Non stick plans
- O Declínio da Escola
- O escafandro
- O funcionário cansado
- O jardim e a casa
- O perfil da casa o canto das cigarras
- Obviario
- Orgia literária
- Paperback cell
- Parece mal
- Pedro Pedro
- Porta Livros
- Pratinho de couratos
- Raposas a Sul
- Reporter à solta
- Rui tavares
- S/a pálpebra da página
- Se numa rua estreita um poema
- Segunda língua
- Sem-se-ver
- Sete vidas como os gatos
- Shakira Kurosawa
- Sorumbático
- Texto-al
- The catscats
- There's only 1 Alice
- Tola
- Trabalhos e dias
- Um dia... mais dias
- Um grande hotel
- We have kaos in the garden
17 comentários:
O que me tenho divertido!
O cómico é que o SEC que lhe ofereceu o lugar é acérrimo defensor do tal "Acordo".
Maria Helena
Os portugueses hoje pouco mais possuem que o mar e a língua. O mar sacrificaram-no de bandeja na ilusão da UE. A língua - o português, por cujo uso universal devíamos porfiar, aproximando-nos cada vez mais dos muitos falantes que a utilizam no dia a dia e que tanto esperariam de nós, não pode ser tratada assim por preconceitos serôdios, fora de tempo.
A partir de hoje vou mesmo aderir ao novo acordo ortográfico, o que não tinha feito ainda por preguiça!
Tenham tino senhores intelectuais!
José Duarte
Os insignes, modernos e doutos servidores do sistema produziram um acordo ortográfico que não passa de um rol de mercearia, como se a língua fosse uma espécie de farinheiras, chouriços, couves ou batatas.
Não dês voltas no túmulo, ó ingénuo Pessoa.
Se ser conservador é dizer não a esta paranóia circence, então mais vale a pena ser conservador, perante a frenética comichão legisladora dos burocratas, insensíveis, pedantes e autistas.
Hoje de fato não me apetece andar de fato. Hoje só me apetece vomitar.
JDP, e fá-lo por acordo de consciência - por gostar, sei lá, de passar de espectador a espetador - ou só para chatear o Graça Moura? É que se for pelo segundo motivo, o que parece ser o caso dado o seu "hoje" tão veemente, mais vale mandar-lhe um e-mail e ele. Aqui na Pastelaria não servimos de intermediários.
Um aplauso ao transgressor e a transgressão. Este acordo é uma aberração, um total desacordo e desrespeito pela integridade da língua.
Só sei que terei de corrigir dezenas de páginas da minha dissertação à custa desta brincadeira, porque a minha universidade se lembrou de obrigar toda a gente a entregar os trabalhos académicos de acordo com as novas regras a partir de 01/01/2012. Quem tinha um trabalho quase concluido, *****-se!
Mas é claro que não! Com o sem V.G.M.
«desobediência», Cristina. Não dêmos munições ao inimigo.
Achei o seu post justo, inteligente e esclarecido. Concordo totalmente com o que diz sobre o disparate ortográfico oficial e com o modo como comenta a decisão do Graça Moura.
Obrigada por ter publicado isto.
vou já corrigir, obrigada.
não tem nada que agradecer, ora essa.
Se ele levar a desobediência até 2015, eu ainda me converto e passo a gostar do homem. No mais: mierdinha de gientinha, mesmo, Ana Cristina!
Quando se dá a um tirante poleiro ele ficará num presidente de junta.
A favor do regime de excepção do CCB!!!!
Concordo com o ponto 1. E com o 2. E com todos por aí abaixo até ao 6. Inclusive.
Miudinho e ressabiado é Vasco Graça Moura, a quem reconheço muito mérito como poeta, mas que me desilude por não encontrar entre a sua poesia e o seu comportamento a menor similitude.
Isto é o que eu penso e também ninguém terá nada a ver com isso!
Saudações democráticas
Um director novo chega e manda subsituir materiais e software de toda uma fundação. À patrão. E quem paga? Nós...claro. Isto não os inquieta?
J.
Enviar um comentário