No despontar da pré-adolescência (conceito inexistente na altura), ou já em plena adolescência, davam-se os primeiros beijos a sério (na boca, claro) e depois a natureza seguia o seu curso.
A descoberta da masturbação (feminina e masculina) acontecera entretanto e os rapazes possuíam quase todos revistas eróticas e/ou pornográficas que trocavam entre si em substituição dos cromos.
Elas, que me lembre, eram menos dadas a isso, e lançavam quase sempre Ós afogueados quando as descobriam debaixo dos colchões dos irmãos ou namorados.
Sou de uma geração para a qual a virgindade deixara de ser uma cláusula matrimonial e a homossexualidade uma doença. Não havia militância gay mas creio que qualquer um da minha juventude teria subscrito as palavras do dramaturgo Brendan Behan: “Não faz sentido falar de homossexualidade como se fosse uma doença. Já vi pessoas com homossexualidade, tal como já vi pessoas com tuberculose, e não há qualquer tipo de semelhança. A minha atitude em relação à homossexualidade é muito semelhante à daquela mulher que, aquando do julgamento de Oscar Wilder, disse que não se importava com o que faziam, desde que não o fizessem na rua e não assustassem os cavalos.”
Evoluiu-se muito.
As bonecas deixaram de ser exclusivo das meninas e os carrinhos dos meninos. As mulheres, diz-se, são agora senhoras dos seus orgasmos. O machismo desenfreado de Tomás Palma Bravo (reler O Delfim, José Cardoso Pires), já então rançoso, passou de moda. Discute-se a educação sexual. Mas digam-me o que acham disto.
Proprietário de um smartphone, 9 anos. Um adulto pega no telefone, liga, fala, desliga. Por curiosidade, ensaia a ligação à Internet. Estupefacção. Incredulidade. O histórico da NET transborda de filmes porno. E uma pessoa põe-se a pensar: não era melhor quando eles brincavam aos médicos? Pergunto.
Sou de uma geração para a qual a virgindade deixara de ser uma cláusula matrimonial e a homossexualidade uma doença. Não havia militância gay mas creio que qualquer um da minha juventude teria subscrito as palavras do dramaturgo Brendan Behan: “Não faz sentido falar de homossexualidade como se fosse uma doença. Já vi pessoas com homossexualidade, tal como já vi pessoas com tuberculose, e não há qualquer tipo de semelhança. A minha atitude em relação à homossexualidade é muito semelhante à daquela mulher que, aquando do julgamento de Oscar Wilder, disse que não se importava com o que faziam, desde que não o fizessem na rua e não assustassem os cavalos.”
Evoluiu-se muito.
As bonecas deixaram de ser exclusivo das meninas e os carrinhos dos meninos. As mulheres, diz-se, são agora senhoras dos seus orgasmos. O machismo desenfreado de Tomás Palma Bravo (reler O Delfim, José Cardoso Pires), já então rançoso, passou de moda. Discute-se a educação sexual. Mas digam-me o que acham disto.
Proprietário de um smartphone, 9 anos. Um adulto pega no telefone, liga, fala, desliga. Por curiosidade, ensaia a ligação à Internet. Estupefacção. Incredulidade. O histórico da NET transborda de filmes porno. E uma pessoa põe-se a pensar: não era melhor quando eles brincavam aos médicos? Pergunto.
8 comentários:
... e às casinhas.
Embora essa versão, pró-conjugal, já fosse muito chata
sim
(resposta à pergunta)
Oh, sim, sim!
Ana Cristina, mas elas continuam (ou voltaram?) a brincar só com bonecas e eles com carrinhos...
Joana, do mal o menos...
-:)
Não me parece que seja regra!
Espero (!)
Desconfio que agora devem brincar às médicas, Ana Cristina. Primeiro, porque as raparigas estão mais, hum, expeditas; depois, porque elas é que acabam em medicina. Assim sendo, a resposta à pergunta é «não sei».
Mas sim. Um bocadinho. (Ai a idade.)
Filipa Soraia: estava a brincar aos médicos quando respondeu, não estava? :)
jaa, a brincar, a brincar, introduziu um assunto sério. Sabe que as turmas mistas andam a criar problemas de aprendizagem aos rapazes? É que não só a maturidade dos dois sexos não se dá ao mesmo tempo, como eles e elas não se interessam nem chegam lá pelos mesmos métodos. Ora aqui está um problema grave, e muito para lá do eduquês (que se permite, que ninguém nos ouve, acho que é um assunto mais do que ultrapassado...)
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