Os egípcios encheram a Praça Tahrir até Mubarak partir para as termas. Os italianos, num processo de imitação a que Berlusconi chamou «subversivo», saíram para a rua este fim-de-semana. Em Portugal discutem-se “moções de censura”.
O BE avançou com uma, em nome, diz o partido de Louçã, da “violação de contrato, perda de palavra, da quebra de confiança” (tudo coisas um bocado antigas, digo eu, mas sem com isto pretender comparar-me com o QI da malta citada neste post).
O Portas, eterno líder do CDS, emergiu logo para dizer que a moção de censura do BE pode ser um favor a Sócrates.
No PSD, enquanto Passos Coelho cavaquisticamente “não comenta”, alguns militantes do Partido, como, por exemplo, Marques Mendes, afirmam mais ou menos o mesmo do que Portas: a moção de censura é um frete monumental ao primeiro-ministro.
O PCP, como habitualmente, reflecte em segredo numa moção de censura que seja minha, minha e só minha.
Quanto ao próprio Sócrates, eterno líder do PS, diz que a moção de censura do BE só serve os interesses da direita, transmitindo mensagens erradas aos mercados (os mercados tornaram-se assim numa espécie de papão omnipresente e omnipotente, pior do que "o homem do saco" da minha infância ….).
Nenhuma novidade, portanto, no reino da fantochada. Ou apenas uma: depois do Simplex, dos painéis solares diurnos e nocturnos, dos moinhos de vento e do Magalhães, parece que finalmente vamos ser salvos pelos carros eléctricos e os árabes que metam o petróleo naquele sítio…
A acreditar no Teixeira dos Santos — e como não acreditar? — é o delírio!
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4 comentários:
Minha amiga Catarina (perdão, minha amiga Cristina da mui digna Olhão) ouve uma coisa pois não duro sempre: cada vez há menos gente a pensar como tu, a sentir como tu e,sobretudo, a ter a coragem de dizer publicamente o rei vai nu (isto é, na REPÚBLICA DOS BANANAS, o presidente vai nu, o engenheiro (?) vai nu, tudo vai nu), a árvore só dá frutos podres, o que importa é o tacho, lixar o parceiro, trepar um degrau, comprar mais um carro, mais um apartamento, ir 10 dias ao Brasil, papar jantares sobre caminhas de ervas, com postinhas, linguadinhos, legumezinhos, lombinhos, inhos, inhos. Dá-lhes um tiro. Ou esquece. Mergulha no mar, navega, canta. Eles não te merecem. A malta, a maltinha, os filhos de São Valentim, do Halloween, e qualquer dia do 4 de Julai.
Ámen.
No país cabisbaixo há que levantar a cabeça. Só pode!
"Tudo ao monte e fé em Deus", já dizia o Estebes...
Há eleições no ar, e os partidos, Portas vs Portas, (o da agricultura e o da Europa), situam-se para receber alguns votos dos descontentes do PS.
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