25/09/09

E que nem a propósito da ordem de Amado para que se trocasse a honra por um prato de lentilhas, acaba de sair a Breve História dos Judeus em Portugal

... lembrando-nos que se o governo, hoje, cedeu à queima dos livros, Salazar, ontem, havia cedido à queima de homens.
"(...) os cônsules de carreira não poderão conceder vistos consulares sem prévia consulta ao Ministério aos estrangeiros de nacionalidade indefinida, contestada ou em litígio, aos apátridas, aos portadores de passaportes Nansen e aos Russos; (...) àqueles que apresentem nos seus passaportes a declaração ou qualquer sinal de não poderem regressar livremente ao país de onde provêm; aos judeus expulsos dos países da sua nacionalidade ou daqueles de onde provêm."
Circular 14, de 11/11/1939 in Breve História dos Judeus em Portugal, Jorge Martins, Vega, 2009

Na imagem, refugiados judeus partindo de Lisboa para os EUA

7 comentários:

Anónimo disse...

Grande oportunidade para o aristides de sousa carrilho ficar na história.

Ana Cristina Leonardo disse...

grande oportunidade para o anónimo não ser parvo

F disse...

e eu sei de quem teve que ir, da Metrópole, cumprir serviço na Universidade de Luanda, se, depois queria ir fazer o doutoramento em Inglaterra!
Chantagens!

Táxi Pluvioso disse...

História História como todos gostam de História, sobretudo as pessoas mais inteligentes. Vamos ficar a ficar a saber quantos milhões de judeus morreram no largo da ginginha.

É pena a História não ter nada a ver com o que se passou e ser apenas uma arma ideológica. A guerra entre afirmadores e negadores do holocausto tem a sua graça.

Ana Cristina Leonardo disse...

Táxi, não venhas para aqui armar-te em celine, arriscas a profundidade da laurinda. E não, não gostamos de anti-semitas nem de tipos que gostam de queimar livros.

Anónimo disse...

Eu, o anónimo, não gosto de anti-semitas, muito menos de sujeitinhos que se recusam em público a cumprimentar adversários, e ainda muito menos daqueles que mordem os calcanhares dos chefes quando pressentem que eles já estão em fim de carreira, chamem-se Guterres ou Sócrates. Quanto às historietas sobre sofrimento de judeus que fazem chorar as pedras da calçada e que se descobrem serem inventadas, até gosto. São um duplo romance.

Ana Cristina Leonardo disse...

Anónimo, estou-me a borrifar para as motivações inconfessáveis do carrilho ou mesmo para se de facto existem. Basta-me que ele se tenha recusado a votar num tipo que gosta de queimar livros. porque é disso que estamos a falar. E, ao contrário de si, não gosto de "historietas sobre sofrimento de judeus que fazem chorar as pedras da calçada e que se descobrem serem inventadas". E das verdadeiras tb. não. Por maioria de razão.