10/11/08

A Kristallnacht foi (só) há 70 anos


Trailer do extraordinário e comovente filme Shoah, de Claude Lanzmann, realizado em 1985. O documentário, de 9 horas, está integralmente disponível no Yoube. Começa aqui

6 comentários:

Unknown disse...

É verdade - foi SÓ ha 70 anos...

Ana Cristina Leonardo disse...

passado tão pouco tempo, seremos mais civilizados?

Unknown disse...

Vi há pouco tempo o belíssimo filme húngaro "Sem Destino" baseado no livro do Prémio Nobel da literatura (2002) Imre Kertész. O filme relata a sobrevivência de um jovem de 14 anos (o próprio Kertész) nos campos de concentração.
O realizador, Lajos Koltai, explica nos extras da edição DVD que, tirando a Alemanha, faz-se pouco no resto da Europa para incutir a memória do Holocausto nos jovens. Não se ensina (ou muito fugazmente) e não se discute um fenómeno brutal que aconteceu, de facto, há apenas 63 anos...

Ana Cristina Leonardo disse...

Não vi o filme, mas «Sem Destino» é das coisas mais belas e mais terríveis (posso usar os adjectivos?) que já li sobre Auschwitz e o Holocausto (outro livro bem diferente, até porque mais «esperançoso» é «A Espécie Humana» de Robert Antelme - mas Antelme não era judeu, «só» comunista). Tudo menos o Wiesel!
De facto, paradoxalmente ou talvez não, têm sido os alemães a mostrar mais coragem para falar do assunto. Em quase todo o resto da Europa, é como se nada se tivesse passado.
Mas se não viste o Claude Lanzmann, não percas. Há em DVD numa caixa com 5 filmes, salvo erro. E se na FNAC Lisboa te disserem que está esgotado, é mentira. Há poucos anos disseram-me isso e passado mais ou menos uma semana encontrei-o em Bruxelas.

Unknown disse...

"Tudo menos o Wiesel!" porquê?

Conheço a mega obra "Shoah" mas nunca tive a oportunidade de a ver integralmente. O pack de DVD também não deve ser muito barato... Na Amazon custa a módica quantia de 150 dólars.

Ana Cristina Leonardo disse...

o Wiesel tem uma pieguice que me provoca urticária. se em todos os assuntos o sentimentalismo é dispensável, neste é inadmissível. leia-se primo levi ou o paul celan, só para citar 2 monstros