Veio o digníssimo presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas, Augusto Morais de sua graça, pronunciar-se sobre a subida anunciada do salário mínimo em 24 euros mensais (esclareço: é de 426 euros, será de 450). Considerando a medida incomportável para os sócios da ANPMES, o augusto-cassandra-presidente profetiza que o aumento do salário minímo terá como resultado... o aumento do número de beneficiários do fundo de desemprego. E porquê? Porque Augusto Morais, himself, irá dar instruções precisas aos seus correligionários para que, no entretanto, não renovem os contratos de trabalho a termo.
Face a tão expedita solução, 3 palavrinhas apenas (e sim, eu sei que uma senhora não fala de dinheiro...):
1. Quanto será que aufere mensalmente o dito Senhor Augusto?
2. Como é que, despedindo os trabalhadores, os sócios da ANPMES vão conseguir manter as empresas? (Passam os próprios a trabalhadores? Mas nesse caso quem lhes paga o novo salário mínimo se, enquanto sócios da ANPMES, eles são contra o novo salário mínimo?)
1. Quanto será que aufere mensalmente o dito Senhor Augusto?
2. Como é que, despedindo os trabalhadores, os sócios da ANPMES vão conseguir manter as empresas? (Passam os próprios a trabalhadores? Mas nesse caso quem lhes paga o novo salário mínimo se, enquanto sócios da ANPMES, eles são contra o novo salário mínimo?)
3. Um gajo que não tem 24 euros no bolso para aumentar um empregado não deveria desistir da carreira de empresário e tentar antes o fundo de desemprego?
3 comentários:
Numa fase económica difícil, onde o pessimismo brota e as PME's fecham portas, é complicado vir-se pedir um aumento à volta dos 5,6%. Se é certo que a vida está difícil para as PME's, também o estará para os trabalhadores, que ainda por cima boa parte destes contraíram demasiados empréstimos no passado. Mas será melhor uma remuneração de 426€ ou o desemprego?
Augusto Morais foi sem dúvida extremista nas suas declarações. Quando ameaça com os tais despedimentos quer marcar posição. As empresas não podem despejar todos os seus trabalhadores como é lógico. No entanto, podem dispensar uma pequena parte deles e fechar as portas ao recrutamento. Caso isso aconteça a taxa de 7% actual de desemprego irá parecer um paraíso perdido.
Sabemos que a meta de 450€ já estava delineada há algum tempo, tal como em 2001 se quer atingir os 500€, mas não podemos ser indiferentes aos tempos conturbados em que vivemos. O Estado está apenas preocupado com as legislativas, os trabalhadores apenas com o seu salário e as empresas apenas com a sua sustentabilidade. Dever-se-ia tentar encontrar um meio termo para evitar males maiores. Parece é que não existe muita gente interessada nisso...
http://dmail.iol.pt/prodotto.php?cod=502739-463&np=2
A solução.
pensei o mesmo...
é por termos empresários destes que o país, marca passo.
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