Realmente, apetece perguntar: que drogas maradas anda a tomar esta gente da UE?!
Simon Jenkins
Realmente, apetece perguntar: que drogas maradas anda a tomar esta gente da UE?!
Simon Jenkins
Já não consigo fazer mais nada a não ser repetir-me: chamem adultos à sala!
A Rússia corta fornecimento de gás à Holanda, Dinamarca e Alemanha.
Terá isto a ver com os tais Segredos de Fátima? Não vejo outra explicação.
Ou de como os políticos tentam sempre vender-nos the bright side of life...
JORNALISTA: “Wouldn’t a full embargo be the most effective way to stop Putin?”
Já para não falar da invasão da Ucrânia nos ir, afinal, tornar a todos bestialmente verdes (a Ursula também fala nisso na mesma entrevista...)
Continuo sem perceber qual é a estratégia para enfrentar os avanços de Putin na Ucrânia, mas o problema é de certeza meu.
Os ficheiros e toda a informação podem ser consultados AQUI.
O momento escolhido para deitar cá para fora provas do funcionamento distópico da China não terá sido inocente, mas qualquer altura é boa para denunciar regimes ditatoriais.
Naturalmente, se existir um Assange chinês estará bem lixado, queria dizer, morto.
Teme-se o pior, quando até o New York Times publica artigos (19-05) com o título «The War in Ukraine Is Getting Complicated, and America Isn't Ready».
A frase de Sholom Aleichem é corrigida pelo último estudo da OXFAM.
Nele se pode ler que, enquanto a dificuldade em acompanhar o aumento do custo de vida empurra cada vez mais gente para a pobreza, a riqueza dos milionários dos sectores da energia e alimentação soma e segue.
Eles não continuam ricos. Eles tornam-se mais ricos.
Cada vez mais draconiano o controlo da informação na pátria de Putin. Se os órgãos de informação russos já estavam sujeitos à censura, seguem-se agora normas específicas para os media dos países considerados hostis.
Enquanto isso, a nossa Ursula reafirma em Davos, com a testosterona em alta e enquanto reconhece que a importação de gás russo continua, que a Ucrânia TEM de vencer a guerra e derrotar Putin.
SOS: Adultos à sala!
Contrariando a retórica belicista em alta, Alemanha, França e Itália preferem apostar num cessar-fogo que interrompa a guerra e evite a humilhação da Rússia. Uma preocupação aparentemente paradoxal, já que derrotar a Rússia parece ser o objectivo.
Vamos ver até onde vai o cinismo. Não o de Erdogan, que esse não esconde o jogo.
China avisa mais uma vez os EUA que a ilha de Twain é território nacional, em resposta a Joe Biden que afirmou estar a América disposta a defender Twain, comparando-a com a Ucrânia.
Esta guerra tem-nos sido oferecida como uma luta do Bem contra o Mal.
Não se trata de reconhecer e condenar a invasão russa de um país independente. O que nos é vendido — e com enorme sucesso, há que reconhecê-lo — é uma narrativa, como antigamente dizia o Sócrates, em que os ucranianos são representados por Obi-Wan Kenobi e os russos estão sob o domínio de Darth Vader.
E nem o facto de um dos papéis principais caber a Andrzej Duda, o presidente polaco cujo respeito pela liberdade democrática tem muito que se lhe diga, faz tremer a leitura da coisa.
Em resumo: isto tem tudo para acabar bem.
«... de la Guerra Fría hemos aprendido que una guerra contra una potencia nuclear ya no puede ser “ganada” en ningún sentido razonable, al menos no con la fuerza militar en el plazo limitado de un conflicto caliente. La capacidad de amenaza nuclear significa que la parte amenazada, posea o no armas nucleares, no puede poner fin a la insoportable destrucción causada por la fuerza militar con una victoria, sino, en el mejor de los casos, con un compromiso que permita salvar la cara a ambas partes. (...)»
Putin mandou invadir a Ucrânia e o Ocidente reagiu.
Acontece que a dependência energética da Rússia é enorme. Compra! Não compra! Compra! Não compra! tem sido a batida alternada do baile da energia que começou pelo troar dos tambores e, pelo que se vai ouvindo, ainda vai acabar no pífaro a tocar sozinho.
Com a guerra a decorrer no "celeiro da Europa", passámos aos cereais e outros grãos alimentícios. Com a ameaça da fome — que em muitos países já não é pouca —, o Ocidente acusa a Rússia de ser responsável pela escassez que se adivinha, enquanto a Rússia diz que só abre os portos ucranianos do Mar Negro se forem levantadas as sanções.
Entretanto, há países a quererem juntar-se à NATO, o que a Turquia chantageia fazendo saber que só o permitirá se deixarem cair os curdos.
Eu não sei que estratégia é esta, mas vejo que andamos todos muito contentes porque a TIME irá provavelmente nomear Zelensky como personalidade do ano, a Ucrânia ganhou o Festival da Eurovisão e Putin não conquistou Kiev em três dias.
Os tais do batalhão Azov, antes da invasão da Ucrânia reconhecidamente um grupo de extrema-direita que professava uma ideologia neo-nazi, passaram a heróis.
Face à desculpa esfarrapada de Putin que entrou por ali adentro a pretexto da "desnazificação" da Ucrânia, uma data de gente desatou a esquecer o que eram os moços do Azov que, de neo-nazis, se viram arvorados a corajosos patriotas.
Argumentam alguns, mesmo se não deixam de suspeitar que o tal Batalhão poderá talvez não ser formado por pessoas com quem gostaríamos de tomar o pequeno-almoço, que em tempo de guerra não se limpam armas: qualquer aliança se justifica em nome do bem maior e depois logo se vê.
O que me faz espécie neste raciocíno, e sem recuar ao Pacto Molotov-Ribbentrop abençoado por Staline e Hitler, é que, bem mais perto de nós na linha do tempo, se pareça esquecer o que aconteceu no Afeganistão. É que isto da História haveria de servir para alguma coisa.
Para já não falar da sabedoria intemporal impressa na célebre quadra do poeta Aleixo: Para a mentira ser segura / e atingir profundidade / tem de trazer à mistura / qualquer coisa de verdade.
«Foi-nos dito que, dada a dimensão da inferioridade das tropas ucranianas no início da invasão russa, não perder a guerra seria, por si só, uma forma de vitória para a Ucrânia. A diferença entre as expectativas e a surpreendente resiliência dos militares ucranianos torna fácil interpretar mal a situação actual a favor da Ucrânia. Mas não vencer é sempre não vencer. A Ucrânia está numa situação muito pior do que comummente se acredita e afirma e continuará a precisar de uma quantidade impressionante de ajuda e apoio para realmente vencer.
Adoramos outsiders. Adoramos os zé-ninguém corajosos que têm sucesso contra todas as probabilidades. Oferecem esperança às nossas vidas banais e fazem-nos sentir moralmente superiores. É por isso que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky seduziu com tanto sucesso o mundo inteiro. O seu desafio contra ventos e marés forneceu-nos alguém por quem torcer contra um bruto. Ao encorajar os ucranianos, que lutaram e se superaram, também pudemos aliviar um pouco a nossa vergonha por deixá-los a morrer sozinhos no meio da neve e da lama, eles a quem havíamos prometido protecção, "garantias de segurança".
Infelizmente, a liderança de Zelensky e o dilúvio de ajuda humanitária e militar internacional que ele suscitou não impediram um nível chocante de destruição das cidades, economia e sociedade ucranianas. O facto de Kiev não ter caído e de as tropas russas se terem retirado para Leste mascara como a Ucrânia está num estado pior do que aquele que é retratado pelos media.
Convém lembrar que a Ucrânia luta contra uma invasão russa desde 2014. Entre 2014 e Fevereiro de 2022, quase 10 mil pessoas foram mortas na guerra latente em Donbass, mas pouco ou nenhum progresso militar foi feito. A Ucrânia luta agora com o mesmo exército num teatro alargado contra uma força rival superior. É graças ao valor absoluto das suas tropas que a Ucrânia conseguiu, desde 24 de Fevereiro, não apenas manter-se, mas também forçar os russos a recuar de Kiev, Kharkiv, Chernigiv e áreas vizinhas.
A Rússia, no entanto, controla agora um território ucraniano muito maior do que antes de 24 de Fevereiro. O exército de Putin detém Kherson, o que resta de Mariupol, todo o território de intervenção, e agora não apenas Luhansk e Donetsk, mas também toda a região do Donbass. Por exemplo, enquanto as autoridades ucranianas controlavam cerca de 60% de Luhansk antes da recente invasão russa, as forças russas controlam agora mais de 80% da região. Ocupam também cerca de 70% da região de Zaporizhye. Cumulativamente, isso representa um aumento do território ocupado pelos russos de cerca de 7%, incluindo a Crimeia, antes de Fevereiro, mais do dobro actualmente. Visto a essa luz, não perder parece muito mais uma derrota do que uma vitória.
O Ministério da Defesa ucraniano não divulga o número de baixas em combate para manter o moral das tropas, mas especialistas calculam que a Ucrânia perdeu pelo menos 25 mil soldados - entre 11 mil mortos e 18 mil feridos. Após mais de dois meses e meio de guerra, as perdas da Ucrânia representam pelo menos 10% de seu exército, provavelmente exausto, de menos de 250 mil homens. Essas perdas, no entanto, são muito, muito inferiores às da Rússia, que se calculam em mais de 35 mil, reforçadas por uma surpreendente perda de armas e equipamentos, como tanques e navios de guerra.
O sucesso relativo da Ucrânia deve-se em parte às armas que pelo menos 31 governos ocidentais lhe forneceram. A Grã-Bretanha enviou mísseis anti-tanque, anti-aéreos e anti-navios, sistemas de defesa aérea e outras armas; a Eslováquia, o sistema de defesa aérea S-300, os drones dos Estados Unidos, obuses, mísseis e sistemas anti-blindagem, e isto é apenas uma amostra. Tais armas permitiram à Ucrânia maximizar sua vantagem no terreno, firmar a determinação das suas tropas e explorar as fraquezas militares da Rússia e a sua aparente falta de planeamento e preparação. Sem o envio desse material, Kiev poderia já ter caído.
Porém, apesar de a Ucrânia estar a regurgitar de armas e outros equipamentos militares, funcionários do Ministério da Defesa e combatentes voluntários admitem discretamente que não têm capacidade para absorver a ajuda. A maioria dos equipamentos e armas requer treino para poder ser usado o que, mesmo disponível, leva tempo. Da mesma forma, o afluxo de 16 mil ou mais combatentes voluntários estrangeiros pode parecer uma grande e inesperada vantagem, mas, na verdade, quase nenhum deles tinha experiência ou treino militar. De acordo com o pessoal do Ministério da Defesa e alguns dos soldados voluntários das forças especiais estrangeiras no terreno, eles eram, na maioria dos casos, pouco mais do que bocas extras a alimentar.
Economicamente, a Ucrânia sobrevive, mas apenas isso. As sanções contra a Rússia, que devem resultar numa contracção de cerca de 7% do PIB, não servem de guarda-chuva ao colapso de 45-50% do PIB que a Ucrânia enfrenta. Pelo menos 25% dos negócios estão fechados, embora o número daqueles que pararam completamente de operar tenha caído de 32% em Março para 17% em Maio. Mas o bloqueio dos portos ucranianos do Mar Negro - Mariupol, Odesa, Kherson, etc. - pela marinha russa impede tanto a importação de combustíveis para abastecer o sector agrícola como a exportação de grãos e outros produtos ucranianos. A incapacidade de exportar custa à economia ucraniana 170 milhões de dólares por dia. Enquanto isso, a Rússia tem como alvo armazéns de combustível ucranianos, silos de grãos e armazéns de equipamentos agrícolas, prejudicando cadeias de abastecimento já esfarrapadas. O sector de eletricidade está a enfrentar um colapso, pois muito poucos cidadãos e empresas ucranianas conseguem pagar as suas contas.
Maio não é apenas um mês agrícola crítico, é também quando a Naftogaz começa a comprar gás natural para armazenamento antecipando o frio do Inverno ucraniano. A gigante estatal de energia já estava em más condições antes da invasão, com o CEO a pedir ao governo ucraniano um resgate de 4,6 mil milhões em Setembro de 2021. Agora, com os mercados de gás muito apertados e sem fundos, não é claro como o país se poderá preparar para o Inverno, quando as temperaturas caírem abaixo dos 20 graus negativos. Para aumentar a perspectiva de um Inverno trágico em 2022/2023, a maioria das minas de carvão da Ucrânia está em Donbass, onde a ofensiva da Rússia continua.
A Casa Branca estaria a considerar anular a dívida soberana ucraniana, o que sem dúvida ajudaria Bankova (o equivalente ucraniano da Casa Branca). O mesmo se aplicará, entre outras medidas, aos 15 mil milhões de euros em títulos de dívida que a Comissão Europeia planeia emitir para cobrir os próximos meses da Ucrânia. No entanto, isso não trará de volta os mais de seis milhões de pessoas, principalmente mulheres e crianças, que fugiram do país. E se os homens fossem autorizados a sair, esse número decerto quase duplicaria.
Relatórios recentes de que 25 a 30 mil pessoas estão a voltar à Ucrânia todos os dias do exterior são encorajadores, mas a Ucrânia já enfrentava um problema de fuga de cérebros antes da invasão. Muitos cidadãos já tentavam deixar o país mais pobre da Europa. Antes da guerra, os ucranianos eram a terceira maior população imigrante da UE, depois de Marrocos e da Turquia. Hoje, a Agência Internacional do Trabalho estima que 4,8 milhões de empregos foram perdidos na Ucrânia, número que aumentará para sete milhões se a guerra continuar. E depois de muitos meses de guerra, as crianças ter-se-ão estabelecido em novas escolas no exterior, as mães estarão integrando-se no seu novo mundo, e ambas estarão esperando que maridos e pais se lhes juntem. Algumas voltarão à Ucrânia, claro, mas muitas darão prioridade ao conforto das suas famílias e às oportunidades para os seus filhos em detrimento dos apelos ao patriotismo.
Mais perturbador, muitos ucranianos que permaneceram no seu país começaram a perguntar-se como será ele reconstruído. A guerra rompeu o tecido social. Uma mãe de Poltava disse não confiar mais nos vizinhos que conhecia há 40 anos, pessoas que considerava como família antes da invasão. Um jovem voluntário, ex-activista da sociedade civil, descreveu a caça aos sabotadores e como começou a ver simpatizantes russos em todo o lado. Os ucranianos que têm o russo como língua materna, e que representam pelo menos um terço da população, sentem-se desconfortáveis ou até com medo de usar a sua língua. A confiança foi quebrada, mesmo se o nacionalismo cresceu. Não importa a rapidez com que a Rússia recue, a reconstrução de comunidades será um desafio.
O governo dos EUA decidiu em Maio reenviar simbolicamente alguns de seus funcionários diplomáticos para Kiev, revertendo parcialmente a sua retirada rápida e derrotista quando assumiu que Kiev cairia em poucos dias. O presidente Biden nomeou finalmente um embaixador americano para a Ucrânia após mais de três anos de ausência. A mensagem que estes gestos e os da UE transmitem é importante. Mas apesar de nosso desejo de ver a sobrevivência da Ucrânia como uma história de David derrotando Golias, e de nos alegrarmos por lhe termos fornecido a funda, o país está grave e perigosamente enfraquecido.
A Ucrânia necessita mais do que de símbolos e mais do que de armas. Não perder não é vencer, e será necessário um longo e profundo compromisso do mundo ocidental para ajudar a Ucrânia a vencer e a curar-se.»
Dado que a entrada de novos membros exige a unanimidade dos sócios, esperamos para ver que contrapartida irão os americanos propor a Erdogan. Volto a insistir: no fim, quem se vai lixar vão ser os curdos.
... e vai uma aposta que quem se lixa de novo são os curdos?
LE FIGARO - 12/05/2022
TRIBUNE - Dans un texte de haute tenue, l’ancien conseiller spécial de Nicolas Sarkozy à la présidence de la République relève des analogies entre la situation internationale née de la guerre en Ukraine et l’état de l’Europe en juillet 1914. Sans renvoyer dos à dos l’agresseur et l’agressé, et tout en distinguant le bellicisme de Moscou et le discours désormais martial de Washington, il s’alarme du durcissement des positions en présence qui ne laisse aucune place à une initiative diplomatique et à une désescalade.
Enquanto na União Europeia o boicote ao gás russo continua a levantar objecções de vários países, veio agora a Turquia, membro da NATO, anunciar ser contra a adesão da Finlândia e da Suécia.
Por amor da santa, chamem adultos à sala!
O multimilionário anunciou a decisão no Twitter...
Segundo o jornal Libération, as acções do grupo caíram cerca de 20% após o anúncio do recuo na compra. As acções da TESLA subiram 5%.
O ex-banqueiro foi encontrado morto na prisão de Westville, em Durban, na África do Sul.
A cela onde se encontrava preso tinha 80 metros quadrados e era ocupada por 50 reclusos. Sempre se recusou a regressar a Portugal para cumprir a pena a que havia sido condenado.
Apesar das sanções, a Rússia, comparativamente ao ano passado, aumentou as suas receitas com a venda de petróleo nos primeiros quatro meses de 2022 em 50%!
A informação é da Agência Internacional de Energia (IEA).
Por amor da santa, chamem adultos à sala!
Quando se começam a ler democratas a saudar a coragem, o patriotismo e a determinação dos moços do Azov, depois de termos ouvido Putin usá-los como pretexto para a invasão da Ucrânia, estaria na altura dos extraterrestres tomarem conta disto. Era só.
E a propósito [a partir de 17:44]
Il est difficile de prédire l’issue du conflit mais in fine je pense que Poutine obtiendra ce qu’il veut: une Ukraine neutralisée par la force et peut-être amputée d’un quart de ses territoires, voire davantage. Or, ce qui est tragique, c’est qu’on aurait pu se mettre d’accord sur cette neutralité depuis longtemps. Cela n’aurait pas empêché l’Ukraine de s’orienter progressivement vers l’UE et l’on aurait évité les victimes et les destructions. Trop tard ! La rupture entre la Russie et l’Occident qui en résultera sera profonde et durable. Au lieu de faire partie de la famille européenne, la Russie se condamne elle-même à n’être que le satellite de la Chine.»