tag:blogger.com,1999:blog-82673885926208973522024-03-27T23:53:05.177+00:00MEDITAÇÃO NA PASTELARIAAna Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.comBlogger3134125tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-45662573361605420772024-03-22T12:24:00.001+00:002024-03-22T12:24:09.397+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Galinhas, robots e tacos de basebol»<h4 style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-weight: normal;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/22/culturaipsilon/cronica/galinhas-robots-tacos-basebol-2084084"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-size: medium;">«Em 1995, Umberto Eco foi convidado a falar na Universidade de Columbia sobre os regimes fascistas que haviam dominado a Europa e conduzido à II Guerra Mundial. A palestra acabaria por acabar impressa sob o título de Ur-fascismo ou Fascismo eterno (in "Cinco Escritos Morais", trad. José Colaço Barreiros, Relógio D’Água, 2016).<br /></span></span><span style="font-size: medium;">Se nada é eterno (só a morte e os impostos, disse alguém cujo nome não me ocorre), as características listadas por Eco vêm de jure et de facto granjeando uma influência que, descontados os debates académicos – imagino os presos do Forte de Peniche a interrogarem-se melancolicamente deixando-se levar pela maresia das águas: “Será isto o fascismo ou apenas um regime um bocadinho autoritário?” –, é impossível negar terem galgado o ontem para se abaterem ruidosamente sobre o hoje.<br /></span><span style="font-size: medium;">No nosso caso, o ontem foi há 50 anos e a célebre pergunta de Baptista-Bastos: “Onde é que estava no 25 de Abril?” arrisca-se a ser brevemente trasladada da TV para os cemitérios, equiparando-se, mais e mais, à hipotética pergunta: “Onde é que estava no 5 de Outubro”. C’est la vie.<br /></span><span style="font-size: medium;">Entretanto, as coisas complicaram-se. Eternidades à parte (na lista de Eco falta essa grande novidade de, online, ser um afim de um robot a pedir aos humanos que provem que não são robots…), dizia ele com razão: “Seria tão confortável para nós se alguém assomasse à cena do mundo e dissesse: ‘Quero reabrir Auschwitz, quero que os camisas negras tornem a desfilar em parada pelas praças italianas!’ Mas, ai, a vida não é assim tão fácil. O Ur-fascismo ainda pode voltar sob as vestes mais inocentes”.»</span></a></span></h4>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-31790885478473787242024-03-15T11:09:00.001+00:002024-03-15T11:09:25.310+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «OS Deploráveis»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/15/culturaipsilon/cronica/deploraveis-2083354">«(...) Há, claro, que recuar ao ALLgarve de Manuel de Pinho, essa memorável personagem da nossa história recente, perito em Almeida Garrett e em cães. É dele a frase: “Às vezes esquecemos que o cão do Presidente Obama é um cão algarvio”, embora sabendo-se que o bicho tinha nascido no Texas.</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/15/culturaipsilon/cronica/deploraveis-2083354">Adiante. Vendida há pouco a língua portuguesa a troco de um prato de lentilhas, impondo um Acordo Ortográfico que decapitou as consoantes mudas com excepção do agá – vá lá saber-se porquê –, o governo, então chefiado por José Sócrates, resolveu acrescentar um éle à região algarvia, na tentativa (imbecil, perdoem-me a sinceridade) de a promover melhor lá fora. Relembre-se, a talhe de foice, que mudanças toponímicas não constituíam uma novidade: já Poço de Boliqueime, a terra de Cavaco Silva, havia sido alterado para Fonte de Boliqueime, designação mais digna porque de menores ressonâncias prosaicas.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/15/culturaipsilon/cronica/deploraveis-2083354">Para além de ser ofensiva em si, a alteração anglicista que fazia parte da campanha Portugal, West Coast of Europe, geografia que segundo os seus promotores remetia para “associações aspiracionais” de que Hollywood ou Silicon Valley eram excelentes exemplos, libertaria o novo Allgarve da estafada associação ao Sul, resumindo-se, grosso modo, o Sul, nas palavras de Pedro Bidarra, o publicitário responsável pela campanha que custaria nove milhões de euros ao erário público, a “(…) bom tempo, calor, gente simpática, boa comida, paz, esplanadas e dolce farniente”, mas também a “subdesenvolvimento, gente pobre e iletrada, corrupção e indicadores estatísticos de miséria. (…) O Sul é o filtro que nos condena a sermos vistos como somos”, rematava para concluir forte e feio.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/15/culturaipsilon/cronica/deploraveis-2083354">Relembremos "A Solução" (antiga) de Bertolt Brecht: “Após a insurreição de 17 de Junho / O secretário da União dos Escritores / Fez distribuir panfletos na Alameda Estaline / Em que se lia que, por culpa sua, / O povo perdeu a confiança do governo / E só à custa de esforços redobrados / Poderá recuperá-la. Mas não seria / Mais simples para o governo / Dissolver o povo / E eleger outro?”</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/15/culturaipsilon/cronica/deploraveis-2083354">Portanto e mais uma vez, nada de novo debaixo do sol. Se o Sul é o filtro que nos condena a sermos vistos como somos, em não podendo mudar-se o “subdesenvolvimento, (a) gente pobre e iletrada, (a) corrupção e os indicadores de miséria”, muda-se a geografia. De Sul para Oeste e está feito. E não querendo aborrecer mais o leitor com o tema árido dos pontos cardeais, vou saltar a parte em que da West Coast of Europe passámos, com o ministro Álvaro Santos Pereira, a aspirar ser a Florida da Europa que, como se sabe, fica na East Coast, ou seja, no outro lado.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-32016326341587881122024-03-08T13:37:00.002+00:002024-03-10T12:23:32.686+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: "Fitas e os amanhã desafinados"<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/08/culturaipsilon/cronica/fitas-amanhas-desafinados-2082564?fbclid=IwAR2cJGGuYJo2fmrmGX7Ul1jkdUbvzmvNbrLAPt3TX2FADet9rJpdn8yDGfs"> <span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">«(...) Portanto em Coimbra os jovens mostram-se decididos a seguir os passos de Jorge de Sena (e antes os passos de Jorge de Sena do que os passos de Passos Coelho, que, ficando por cá, sugeriu que abandonássemos a nossa zona de conforto, como se alguém com cérebro decidisse optar pelo sofrimento voluntário).</span></a></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/08/culturaipsilon/cronica/fitas-amanhas-desafinados-2082564?fbclid=IwAR2cJGGuYJo2fmrmGX7Ul1jkdUbvzmvNbrLAPt3TX2FADet9rJpdn8yDGfs">Segundo inquérito realizado pela Associação Académica de Coimbra a mais de 1300 estudantes, cerca de 70% dos inquiridos afirmaram pretender emigrar no futuro, 40% nos próximos cinco anos e 30% na próxima década. Os maus salários foram a causa maior: mais de 90% referiram-na como razão para quererem sair do país.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/08/culturaipsilon/cronica/fitas-amanhas-desafinados-2082564?fbclid=IwAR2cJGGuYJo2fmrmGX7Ul1jkdUbvzmvNbrLAPt3TX2FADet9rJpdn8yDGfs">Já estou a imaginar André Ventura: “Vieram p’ráqui roubar-nos os nossos empregos!”, à semelhança de um moço de Santa Catarina, no Brasil, cuja fisionomia era em tudo semelhante à de um moço de Santa Catarina do Porto ou de Lisboa, que, tomando-me por açoriana e tomando as dores dos índios com os quais, aposto, nunca se teria cruzado, lançou-me, qual anátema: “Vieram p’ráqui matar as nossas baleias!”»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-51650026409429290692024-03-01T12:00:00.003+00:002024-03-01T12:00:59.453+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «P’ra não dizer que não falei das flores»<div class="" dir="auto" style="font-family: inherit;"><div class="x1iorvi4 x1pi30zi x1l90r2v x1swvt13" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id=":Rlataql9l9aqqd9emhpapd5aqH2:" style="font-family: inherit; padding: 4px 16px 16px;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x xudqn12 x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xzsf02u x1yc453h" dir="auto" style="color: var(--primary-text); display: block; font-family: inherit; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/01/culturaipsilon/cronica/pra-nao-dizer-nao-falei-flores-2081768">« (...) A IA foi-me de grande préstimo quando tentei perceber o que eram “rateres”. Na minha ignorância antiga, essencial e também mecânica, tinha feito equivaler os “rateres” a um escape roto. Mas logo o assistente de inteligência artificial que me assiste a qualquer hora do dia ou da noite me esclareceu que não, que “são problemas diferentes que afectam partes diferentes da mota e que têm causas e consequências <span style="font-family: inherit;"></span>distintas.” </a></span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/01/culturaipsilon/cronica/pra-nao-dizer-nao-falei-flores-2081768">Quando teimosamente insisti em perguntar se ambos não provocariam excesso de ruído, foi-me explicado que sim, mas que se trata de ruídos diferentes: “Os rateres produzem um som de estrondo ou estouro, enquanto o escape roto produz um som de assobio ou sopro”.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/01/culturaipsilon/cronica/pra-nao-dizer-nao-falei-flores-2081768">E não resisti a partilhar esta informação pois adivinho que, como eu, existirão milhares de pessoas que durante anos e anos andaram a confundir estrondos e assobios, estouros e sopros, tiros e piropos, perdizes e codornizes, cartaxos e pardais, cucos e melharucos e outras coisas mais.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/01/culturaipsilon/cronica/pra-nao-dizer-nao-falei-flores-2081768">(...) Tinha acabado de passar os olhos num inquérito de Janeiro deste ano, levado a cabo junto de 2778 investigadores reconhecidos em IA, que apura em mais de 16% a percentagem dos que consideram os avanços da inteligência artificial capazes de conduzir à extinção da espécie humana num futuro próximo. E como não temer essa possibilidade quando ao aperfeiçoamento da inteligência das máquinas parece corresponder o aumento da imbecilidade dos humanos?</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/03/01/culturaipsilon/cronica/pra-nao-dizer-nao-falei-flores-2081768">E perante quadro tão negro, pergunto eu agora: escapes, rateres, who cares?»</a></span></div></div></span></div></div></div></div><div class="x1n2onr6" id=":Rlataql9l9aqqd9emhpapd5aqH3:" style="font-family: inherit; position: relative;"><div class="x1n2onr6" style="font-family: inherit; position: relative;"><div class="xmjcpbm x1n2onr6" style="color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; position: relative;"><div class="xua58t2 xwmqs3e xxxdfa6 xzg4506 x78zum5 x1q0g3np x1n2onr6" style="border-bottom: 1px solid var(--media-inner-border); border-left: none; border-right: none; border-top: 1px solid var(--media-inner-border); display: flex; flex-direction: row; font-family: inherit; position: relative;"><div class="x6s0dn4 x78zum5 x88h70y xw2csxc x1odjw0f xyamay9 x1pi30zi x1l90r2v x1swvt13" id=":R1ed56blataql9l9aqqd9emhpapd5aq:" style="align-items: center; display: flex; flex-grow: 0.97; font-family: inherit; overflow: auto; padding: 16px;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x x4zkp8e x676frb x1nxh6w3 x1sibtaa xo1l8bm xi81zsa x1yc453h" dir="auto" style="color: var(--secondary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.8125rem; line-height: 1.2308; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="xtvhhri" style="font-family: inherit; text-transform: uppercase;"><br /></div></span></div></div></div></div></div></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-7393795648837479662024-02-23T12:16:00.000+00:002024-02-23T12:16:33.027+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Tempos de cólera»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/23/culturaipsilon/cronica/tempos-colera-2080911">«Leio (...) que a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou domingo passado – foi um grande domingo! –, durante mais uma edição da Conferência de Segurança de Munique, que o seu país iria doar à Ucrânia “toda a sua artilharia”. Justificando a generosidade do gesto, Frederiksen foi clara ao apontar a Rússia como um perigo não só para a Ucrânia, mas também para toda a Europa democrática.</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/23/culturaipsilon/cronica/tempos-colera-2080911">Longe de mim pretender rivalizar com José Milhazes ou/e Nuno Rogeiro em matéria de estratégia militar. Não sou sequer dinamarquesa. Interrogo-me, contudo, sobre a bondade de tal iniciativa, tal como me interroguei sobre o optimismo de Ursula von der Leyen em Setembro de 2022, quando esta anunciou que a indústria russa estava “em farrapos”: “Os militares russos estão a tirar fichas dos frigoríficos para arranjarem os seus equipamentos militares, porque ficaram sem semicondutores” (sic).</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/23/culturaipsilon/cronica/tempos-colera-2080911">E algum trauma poderá ter sucedido a von der Leyen na infância compreendendo electrodomésticos (...), já que em Agosto do mesmo ano nos aconselhara, num esforço de guerra, a renovar o stock doméstico: “Vamos poupar energia substituindo electrodomésticos ineficientes por outros mais eficientes”. Ouviram-se aplausos e os consumidores, à imagem dos revoltosos ludistas do século XIX, logo desataram a escaqueirar tudo o que não exibisse etiqueta letra A!</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/23/culturaipsilon/cronica/tempos-colera-2080911">Sendo certo que a determinação clara de objectivos talvez venha a evidenciar a relatividade do investimento em reciclagem técnica, ainda assim e voltando ao Reino da Dinamarca: dada a perigosidade russa não só para a Ucrânia, mas também para toda a Europa democrática, será inteligente um país ficar sem artilharia?</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/23/culturaipsilon/cronica/tempos-colera-2080911">E é quando, ao tropeçar na notícia da recandidatura de Ursula von der Leyen a presidente da Comissão Europeia, me ocorre uma citação atribuída a Pedro Abrunhosa, perdão, a Napoleão Bonaparte: “Em política, a estupidez não é um handicap”.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-65538659615491281222024-02-16T12:03:00.002+00:002024-02-16T12:03:18.721+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «À maneira de inventário»<p style="text-align: justify;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/16/culturaipsilon/cronica/maneira-inventario-2080195">« (...) Não haja dúvidas. Por muito que se insista no “não são todos iguais”, a reputação dos políticos anda pela ruas da amargura.</a></span></span></p><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/16/culturaipsilon/cronica/maneira-inventario-2080195"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="white-space-collapse: preserve;"><div style="text-align: justify;">Duas explicações entre muitas. Dado que, em democracia, a actividade política é sem risco (e nem vamos pensar no que aconteceu a Marc Bloch…), as exigências de carácter são diminutas, estando o cargo de (futuro) ministro acessível a qualquer salafrário. Acresce uma explicação que vem do lado da psicologia. Ao que parece, e segundo o chamado efeito Dunning-Kruger, as pessoas mais tremendamente confiantes costumam coincidir com as menos inteligentes. Ora, ser confiante é condição sine qua non para se enveredar por uma bem-sucedida carreira política. Ou seja, e como diria António Guterres, isto afinal não nasceu do vácuo (e até aqui no monte, apesar de longe de tudo, se nota).»</div></span></a></span>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-41493725496761916092024-02-09T12:06:00.000+00:002024-02-09T12:06:03.839+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Desenhar árvores e pouco mais»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/09/culturaipsilon/cronica/desenhar-arvores-2079401">«(...) Do reino animal venho contar dos cães de matilha que largados na semana passada a dezenas de quilómetros daqui viriam a atacar um rebanho de um vizinho, matando-lhe um borrego e ferindo uma ovelha.</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/09/culturaipsilon/cronica/desenhar-arvores-2079401">Para que não se pense que pertenço ao grupo de pessoas retratado no poema de Sophia de Mello Breyner "As Pessoas Sensíveis", aquelas que “não são capazes / de matar galinhas / Porém são capazes / de comer galinhas”, esclareço que tenho no congelador duas pernas do referido animal que me foram oferecidas. Faz-me espécie, contudo, a caça que se pratica por aqui. Não a caça em si, mas o facto de as reservas se darem ao trabalho de alimentar bicharada vária para depois a largarem e meia dúzia de homens de camuflado ultramarino, habitualmente barrigudos e anafados, fingirem que estão em África a abater leões. Parafraseando a rainha Isabel: são perdizes, senhores, são perdizes.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/09/culturaipsilon/cronica/desenhar-arvores-2079401">Termino com um aviso: deu-se por encerrada a época de apanha de espargos.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-19096284272693004762024-02-02T14:16:00.001+00:002024-02-02T14:16:40.844+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «O Ar dos Tempos»<p style="text-align: justify;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/02/culturaipsilon/cronica/ar-tempos-2078593?fbclid=IwAR0tPGf2VcJD8TzRf8UgMGWegJs6HJ1sfRBcWOs4dstSP0IPRQiwLFFP_64">«(...) A obra do italiano ["Mona Lisa" de Leonardo da Vinci], exposta em Paris no Louvre, serviu há dias novamente de alvo a activistas, neste caso membros do grupo Riposte Alimentaire, que lançaram sobre a obra – melhor dizendo, sobre o vidro à prova de bala que a protege – o que disseram ser sopa.</a></span></span></p><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/02/02/culturaipsilon/cronica/ar-tempos-2078593?fbclid=IwAR0tPGf2VcJD8TzRf8UgMGWegJs6HJ1sfRBcWOs4dstSP0IPRQiwLFFP_64"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="white-space-collapse: preserve;"><div style="text-align: justify;">O colectivo, que terá entrado no Louvre com o caldo dentro de uma garrafa termo, podendo assim presumir-se que estaria ainda quente, alegou que o protesto tinha na origem a defesa de “alimentos saudáveis e sustentáveis”. Se fará sentido que um grupo que defende “alimentos saudáveis e sustentáveis” use sopa como arma, já a opção pela "Mona Lisa" parece arbitrária, sobretudo quando tinham à sua disposição obras de temática assumidamente nutricional como, por exemplo, o inquietante "A Raia" de Jean-Baptiste-Siméon Chardin, quadro onde se expõem as vísceras do animal marinho, outros peixes mortos e ostras abertas, estas cobiçadas pelo olhar algo sinistro de um gato predador.»</div></span></a></span>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-13261711012277072092024-01-26T14:51:00.006+00:002024-01-26T14:51:52.492+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Tempos interessantes»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/26/culturaipsilon/cronica/tempos-interessantes-2077772">«(...) Por cá, continuamos na vanguarda. </a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/26/culturaipsilon/cronica/tempos-interessantes-2077772">Enquanto estudos de reconhecida credibilidade vêm alertando para as vantagens da leitura em papel nos primeiros anos de aprendizagem comparativamente ao uso de ecrãs (por exemplo: noticiado pelo "Guardian" a 17 de Janeiro passado, um estudo do Teachers College da Universidade de Columbia e dirigido a crianças entre os dez e os 12 anos concluiria que o recurso a computadores apenas favorece a leitura superficial); enquanto países que levam a sério a educação – como a Suécia – decidem reverter o processo de tecnologização do ensino, voltando a reintroduzir o livro nas escolas; enquanto é sabido há anos que os donos das grandes tecnológicas optam por colocar os filhos em estabelecimentos escolares desprovidos de ecrãs ou smartphones, em Portugal o digital segue/vende de vento em popa!</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/26/culturaipsilon/cronica/tempos-interessantes-2077772">As recentes provas de aferição – destinadas ao 2.º, 5.º e 8.º anos – decorreram em suporte digital. Quanto às provas finais de ciclo, no 9.º ano, também serão realizadas electronicamente de acordo com uma coisa chamada DAVE - Desmaterialização da Avaliação Externa, palavrão da responsabilidade do Instituto de Avaliação Educativa.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/26/culturaipsilon/cronica/tempos-interessantes-2077772">E de repente lembrei-me de Karl Valentin, da Cornucópia e do "E Não se Pode Exterminá-lo(s)?"»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-69396001083557195842024-01-19T13:10:00.001+00:002024-01-19T13:10:04.655+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: "Camões, zero / Ventura, um"<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/19/culturaipsilon/cronica/camoes-zero-ventura-2076949"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">«(...) Indo directly to the point: face ao entusiasmo que toma de assalto todo e qualquer português quando ouve falar em pastéis de nata vendidos em Singapura ou em Manhattan, torna-se ainda mais incompreensível que os 500 anos do nascimento do nosso maior poeta tenham passado em branco e não serve de desculpa o passado surfista do ministro da Cultura, pois que entre a prática milenar de caminhar sobre as águas e a literatura </span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"></span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">não existe qualquer contradição, sabendo-se, aliás, que seria o afamado escritor (e aventureiro) norte-americano Jack London o grande divulgador na Califórnia do “desporto dos reis” (tal como era apelidado no Havai) – e da Califórnia haveria de chegar à Nazaré –, nomeadamente com a publicação em 1907 de "A Royal Sport: Surfing in Waikiki", praia onde o próprio havia aprendido a cavalgar as ondas. Mas de tudo isto estará o ministro ciente…»</span></a></span></p>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-37532118394039131412024-01-12T11:51:00.006+00:002024-01-12T11:51:55.625+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: ASSOEMO-NOS! <p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/12/culturaipsilon/cronica/assoemonos-2076145">« (...) E, claro, tinha de vir dar à literatura. E tendo vindo dar à literatura, nada como relembrar que no ano em que se comemoram os 500 (QUINHENTOS) anos de Camões não só as comemorações ficaram fora do Orçamento do Estado, mas também o seu programa é ainda desconhecido. </a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/12/culturaipsilon/cronica/assoemonos-2076145">Ou seja, já nem “a pátria onde Camões morreu de fome e onde todos enchem a barriga de Camões” do Almada se adequa a este “país relativo”, “O incrível país da minha tia,/ trémulo de bondade e aletria”. E do ministro da Cultura, que no ano passado correu a pronunciar-se sobre o problema do travestismo, nem um simples verso.</a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2024/01/12/culturaipsilon/cronica/assoemonos-2076145">Teimemos, então, em abraçar O’Neill: “País engravatado todo o ano / e a assoar-se na gravata por engano”.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-90325822280321695472023-12-30T12:38:00.002+00:002023-12-30T12:38:16.499+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Mais um ano de todos os perigos»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/29/culturaipsilon/cronica/ano-perigos-2074861">«(...) Diziam uns que a guerra na Ucrânia ia durar três dias, diziam outros que em meses o assunto estaria despachado. É o que se vê.</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/29/culturaipsilon/cronica/ano-perigos-2074861">Depois foi o Médio Oriente que se incendiou. Se há anos que a região se encontra em lume brando com erupções cíclicas e violentas, o fogo mais recente apanhou todos de surpresa, incluindo as forças de segurança israelitas. Parece estar para durar, pelo menos a acreditarmos nas palavras de Benjamin Netanyahu (“a guerra não está perto do fim”).</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/29/culturaipsilon/cronica/ano-perigos-2074861">E sobre “Bibi” escreveria no Twitter (actual X) Fania Oz-Salzberger, filha do escritor israelita Amos Oz (1939-2018), co-fundador do movimento Paz Agora, autor, entre outros, do livro "Caros Fanáticos – Fé, Fanatismo e Convivência no século XXI" (trad. Lúcia Liba Mucznik, Dom Quixote, 2018), e, que, como o pai, afirma ter o coração à esquerda: “Hamas lançou um novo vídeo, uma colecção de imagens de reféns vivos, pouco depois mortos, e de Yarden Bibas chorando e gritando quando lhe disseram que a sua família tinha sido assassinada. Preciso desabafar isto: nem Netanyahu, nem os seus ministros e compinchas – que detesto – se aproximam, nem sequer remotamente, da pura barbárie do Hamas (…)”.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-48844151331323760372023-12-22T16:11:00.002+00:002023-12-22T16:11:16.343+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Aceder à beleza do mundo*».<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/22/culturaipsilon/cronica/aceder-beleza-mundo-2074199">«(...) Como é que eu juntei Mélanie e [Hubert] Reeves? O deslumbramento do mundo à avó ressuscitada graças à supercola? E o que será feito da pobre criança irritante? Terá algum João dos Santos conseguido perceber o seu niilismo precoce?</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/22/culturaipsilon/cronica/aceder-beleza-mundo-2074199">Imagino Mélanie a estudar a beleza das flores.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/22/culturaipsilon/cronica/aceder-beleza-mundo-2074199">*O título desta crónica é o mesmo de um dos capítulos de "Eu Vi uma Flor Selvagem" [Hubert Reeves, Gradiva, 2023]»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-35280860059036989842023-12-15T12:42:00.006+00:002023-12-15T12:42:44.341+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA «Cassandra, de novo»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/15/culturaipsilon/cronica/cassandra-novo-2073333">«(...) À imagem da má literatura – quanto mais medíocre, mais enfática e mais sentimental – a linguagem pública da comunicação vai reduzindo o vocabulário enquanto insufla de ideias e sentimentos (vazios).</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/15/culturaipsilon/cronica/cassandra-novo-2073333">"A Sociedade do Espectáculo" de Guy Debord é um ensaio que recua a 1967. Entretanto, o espectáculo foi-se tornando ainda mais desinteressante.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/15/culturaipsilon/cronica/cassandra-novo-2073333">Greta Thunberg não é Dian Fossey. Enfrentar um ensaio nuclear não equivale a lançar tinta sobre um Picasso protegido por um vidro. Ursula von der Leyer não chega ao calcâneo de Simone Veil. À COP28 no Dubai segue-se a COP29 no Azerbaijão, outro produtor de petróleo. E assim sucessivamente…</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/15/culturaipsilon/cronica/cassandra-novo-2073333">Pelo caminho, as palavras vão perdendo significado e os significados vão perdendo sentido. </a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/15/culturaipsilon/cronica/cassandra-novo-2073333">Nazismo, genocídio, limpeza étnica, discursos de ódio, direitos das minorias, fascistas, empatia, alterações climáticas, resiliência… Uma amálgama de consoantes e vogais arremessadas a gosto, uma cacofonia vocabular inconsequente, sempre proferida de mão no peito e voz altaneira. Em contraponto simétrico: mão no peito e olhar choroso, como carpideiras que choram os mortos profissional e estridentemente, enquanto os familiares do defunto afogam as lágrimas no silêncio. (...)»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-89946302228717059632023-12-08T13:14:00.000+00:002023-12-08T13:14:03.087+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Isto não vai acabar bem»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">«Antes de prosseguir, quero apresentar aos leitores desta crónica, na qual, aviso de antemão, não será referido o tema de mui agrado das azeitonas</span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">“Não, não falarás de azeitonas!”, decretou-me à noite uma voz, decerto resultado de alguma mixórdia onírica entre o vigoroso “Não, não cantarás!” dirigido ao bardo Assurancetourix e o eco d’ A Portuguesa interpretada por estrídula soprano durante as comemorações do Dia da Restauração em <a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>Lisboa, encarnação viva de Natália de Andrade e, porque não, de Florence Foster Jenkins ou mesmo da actriz do cinema mudo Leona Anderson que em 1957 lançaria o disco "Music to Suffer By", embora esta não hesitasse em apresentar-se como “the world’s most horrible singer”,</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">as minhas sinceras desculpas.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">E porque o faço? Faço-o pelo cometimento do pecado da apropriação cultural! E se, pedindo clemência, invoco a meu favor o facto de só recentemente a apropriação cultural ter sido incluída na lista dos crimes contra a Humanidade, nem por isso deixo de registar a merecida admoestação.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">“Pelo menos poderia ter começado por dizer que é judia…”, deixou em comentário à crónica da semana passada leitor atentíssimo. A crónica, da qual o tema das azeitonas estava, hélas!, ausente embora mencionasse figueiras e moscas (elementos de natureza outrossim campestre), referia-se à guerra na Faixa de Gaza e ao sucesso da propaganda do grupo islamista Hamas em fazer equivaler o ataque de 7 de Outubro à resposta do exército israelita, equivalência que me parece espúria mesmo considerando que o conflito não nasce do vácuo, como é próprio, aliás, de todos os assuntos humanos e mesmo das leis da física. (...)»</span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-42316457137615065772023-12-02T16:50:00.003+00:002023-12-02T16:50:22.121+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «O Espectáculo do Mundo»<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/12/01/culturaipsilon/cronica/espectaculo-mundo-2071771?fbclid=IwAR1NNTtaihz7oVDCV3quNyrxRbrpGgyS_md6jGFWoAkREe8CWZGh5oz5wJk"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">«(...) Se com a invasão da Ucrânia pela Rússia, qualquer um que ousasse considerar ridícula, ou pelo menos temerária, a comparação de Zelensky com Churchill tinha mais hipóteses de ganhar a lotaria do que de não ser apelidado de putinista, a guerra em Gaza voltou a reeditar o extremar dos campos, arriscando-se todo o qualquer cidadão – onde me incluo – que recuse a equivalência moral entre o comportamento do Hamas e a resposta do </span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"></span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">exército israelita a ser classificado desumano, sionista, colonialista ou qualquer outra coisa desagradável acabada em “ista”. Vou correr o risco. »</span></a></span></p>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-84523717479677223132023-11-24T13:03:00.002+00:002023-11-24T13:03:42.982+00:00MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Está tudo na literatura!»<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/24/culturaipsilon/cronica/literatura-2070924?fbclid=IwAR08lYwgQ4mX1wOd2LBo4tyAlyChIoHeecDoosblSwsdPZyYVE4eT0sV-wk"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">« (...) O livro ["O Curral das Bestas"], creio que lamentavelmente esgotado, não revolucionou a literatura britânica, não é de todo comparável à "Divina Comédia" de Dante embora o inferno espreite nas entrelinhas, nem sequer acabaria eleito como o melhor do ano pelos responsáveis do Booker Prize. Garante tão-só umas valentes gargalhadas, apesar do negrume macabro que se vai adensando à medida que a leitura avança. </span></a></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/24/culturaipsilon/cronica/literatura-2070924?fbclid=IwAR08lYwgQ4mX1wOd2LBo4tyAlyChIoHeecDoosblSwsdPZyYVE4eT0sV-wk">Três homens partem pelos campos montando cercas. O capataz, inglês e narrador anónimo, tem a seu cargo dois trabalhadores escoceses, cujo comportamento e psicologia peculiares vão estar na origem de uma série de incidentes, incluindo marteladas mal dadas que resultam na morte de algumas das personagens.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/24/culturaipsilon/cronica/literatura-2070924?fbclid=IwAR08lYwgQ4mX1wOd2LBo4tyAlyChIoHeecDoosblSwsdPZyYVE4eT0sV-wk">“Olá, Robert – saudei-o, mas, contrariamente ao seu feitio, não obtive resposta. (…) – Foi em cheio – disse o Donald, debatendo-se para manter o Robert de pé. (…) – Como é que ele está? – perguntei. – Isso não tem importância nenhuma – respondeu o Donald – Está morto”.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/24/culturaipsilon/cronica/literatura-2070924?fbclid=IwAR08lYwgQ4mX1wOd2LBo4tyAlyChIoHeecDoosblSwsdPZyYVE4eT0sV-wk">Digamos que a novela mistura um ambiente kafkiano com um humor contido que faria as delícias de Hitchcock – e digo-o tentando elevar a crónica a níveis satisfatórios para leitores sofisticados que se sentiriam decerto à-vontade num café de Viena a discutir as teses de Wittgenstein sobre jardinagem, apesar de, se à mesa no café aqui do monte, poderem mostrar dificuldade com o posicionamento dos cotovelos.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-43189294948429604332023-11-17T13:00:00.001+00:002023-11-24T13:08:53.148+00:00MEDITAÇÃO NA PASTELARIA: «Demissões em Novembro, Natal em Dezembro»<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/17/culturaipsilon/cronica/demissoes-novembro-natal-dezembro-2070126"><span>«</span><span style="text-align: left;">Dá uma pessoa um salto mais do que rápido a Sevilha – é ir e vir ao aeroporto – e na volta fica a saber que caiu o Governo e o primeiro-ministro não tem amigos. </span></a></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/17/culturaipsilon/cronica/demissoes-novembro-natal-dezembro-2070126">Notícias tristes – em particular a segunda, aquela que só dias mais tarde nos seria confidenciada pelo próprio –, mas, pensemos positivamente, irrelevantes do ponto de vista cósmico. Do ponto de vista cómico, nem tanto. Lá iremos. (...)»</a></span></span></p><br /><br />Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-56177818181670831972023-11-10T12:37:00.001+00:002023-11-10T12:37:08.115+00:00MEDITAÇÃO DE SEXTA: LUÍS DE CAMÕES, SEMPRE!<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/10/culturaipsilon/cronica/luis-camoes-2069309">«“Procedimentos estabelecidos” recordou-me de repente uma anedota russa do tempo de Levrenti Beria, temível e temido chefe do Comissariado do Povo para os Assuntos Internos (NKVD) entre os anos de 1938 e 1945. Passo a contar.</a></span></span></p><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/10/culturaipsilon/cronica/luis-camoes-2069309"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="white-space-collapse: preserve;"><div style="text-align: justify;">Um rebanho de ovelhas é apanhado a tentar atravessar a fronteira da Rússia para Finlândia. São interrogadas na hora: “Porque pretende o rebanho abandonar a Rússia?” As ovelhas, perfiladas e apavoradas, esclarecem: “Por causa do NKVD. Beria fez sair um decreto em que ordena a prisão de todos os elefantes…” “Mas vocês não são elefantes!”, espantam-se, cândidos, os guardas de fronteira. “Vá dizer isso ao NKVD”, respondem as ovelhas. (...)»</div></span></a></span>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-14710031243519831242023-11-03T13:31:00.001+00:002023-11-03T13:31:38.808+00:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Guerra»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642">«De que é que não queremos falar? Da guerra!</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642">De que é que não queremos falar? Da guerra!</a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642"><br /></a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642">De que é que não queremos falar? Da guerra!</a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642"><br /></a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642">De que é que vamos falar? Da guerra!</a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642"><br /></a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/11/03/culturaipsilon/cronica/guerra-2068642">“Ser contra a guerra é como ser contra o cancro”. A frase, bem queria, mas não é minha. (...)»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-25846567248415731142023-10-27T12:23:00.000+01:002023-10-27T12:23:05.002+01:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «DIAS DE CHUVA»<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/27/culturaipsilon/cronica/dias-chuva-2067783">«(...) Não leio notícias da guerra.</a></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/27/culturaipsilon/cronica/dias-chuva-2067783">Em vez disso, volto ao crochet. Abençoado crochet que me resguarda do mal-estar que, segundo o Eurobarómetro para a saúde mental publicado este mês, afecta 73% dos portugueses (pior só a Lituânia, com uma média de 74%). </a></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/27/culturaipsilon/cronica/dias-chuva-2067783">E depois de, qual Penélope, muito fazer e desmanchar, apercebo-me finalmente de uma regra aritmética simples: para transformar um círculo num quadrado o número de pontos do círculo tem de ser múltiplo de quatro! Sinto-me como imagino o grego Arquimedes se sentiu ao gritar “Eureka!” na banheira.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/27/culturaipsilon/cronica/dias-chuva-2067783">Como não há bela sem senão e como falei na Lituânia, não me vou sem informar o prezado leitor de que a Lituânia, precisamente, acrescentou à longa lista de sanções à Rússia a proibição da compra de “agulhas de costura e tricot”. A proposta de Vilnius, em estudo em Bruxelas, é, no entanto, omissa quanto a agulhas de crochet. (...)»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-38703571446719345092023-10-20T13:05:00.001+01:002023-10-20T13:05:47.757+01:00MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Vai, vai, vai, disse a ave...»<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/20/culturaipsilon/cronica/vai-vai-vai-ave-2066994"> <span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">«(...) Não estamos preparados. Talvez nunca estejamos preparados. E logo agora quando o mundo arde.</span></a></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/20/culturaipsilon/cronica/vai-vai-vai-ave-2066994">Tão rendidos que estávamos à empatia – quase sempre traduzida em sentimentalismo, e do mais barato –, tão evoluídos que já a disforia de género passara de perturbação a opção democrática acessível a crianças desde a mais tenra idade, tão civilizacionalmente adiantados que a linguagem estava quase, quase a tornar-se neutra e inclusiva, tão respeitosos que não havia passado pelo qual não pedíssemos perdão, e logo nos caem em cima não uma, mas duas guerras, fora as restantes, daquelas à antiga, com bombas, mortes e desespero. Para mais, apesar de relativamente distantes, com todas as características incendiárias que qualquer boa guerra necessita para ser levada a sério.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/20/culturaipsilon/cronica/vai-vai-vai-ave-2066994">E de novo à solta as emoções, que do sentimentalismo barato engrossaram para o ódio e a brutalidade. Nada de novo quando se trata de emoções. (...)»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-78451150592482204772023-10-13T13:40:00.004+01:002023-10-13T13:40:38.756+01:00MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Não mais do que a espuma dos dias»<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/13/culturaipsilon/cronica/nao-espuma-dias-2066172"> <span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">«(...) Para os que tiveram a felicidade de nascer e viver na Europa do pós-guerra, outra era despontava. Houve até quem arriscasse que a História tinha chegado ao fim.</span></a></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/13/culturaipsilon/cronica/nao-espuma-dias-2066172">Porque era chegado o tempo dos direitos humanos verdadeiramente universais. Da tolerância para com todas as minorias e todos os seus subgrupos existentes ou por vir. A robótica e a inteligência artificial iriam libertar-nos da escravidão do trabalho assalariado, do esforço intelectual inútil, e mesmo o sexo poderia praticar-se virtualmente com muito menos esforço físico, para benefício dos cardíacos. A Internet permitia urdir uma teia universal de paz, amor e empatia nunca vista, da qual nem os animais não-humanos estavam excluídos. Todo o mal teria cura: para tal, bastaria a terapia certa.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/13/culturaipsilon/cronica/nao-espuma-dias-2066172">Nem a mais visionária Miss Mundo, nos seus sonhos mais húmidos, havia ousado sonhar com realidade tão maravilhosa, onde até a morte se apresentava, vistosa e despreocupada, segurando nas mãos, não uma foice, mas um menu e calendário à escolha. Os pássaros cantariam e os poetas poetariam, refutando Manuel António Pina: “A poesia vai acabar, os poetas / vão ser colocados em lugares mais úteis. / Por exemplo, observadores de pássaros / (enquanto os pássaros não acabarem)”.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/10/13/culturaipsilon/cronica/nao-espuma-dias-2066172">Depois – lá está – houve qualquer coisa que correu mal. (...)»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-87321156093406232422023-09-22T13:52:00.000+01:002023-09-22T13:52:01.995+01:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «A ilustre casa de Portugal»<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/22/culturaipsilon/cronica/ilustre-casa-portugal-2063828"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">«(...) Tão à-vontade a emborcar uma mini pelo gargalo na Ovibeja como a beber una caña com Felipe VI de Espanha numa esplanada em Madrid, Marcelo Rebelo de Sousa não consegue escapar ao pecadilho dos bem-nascidos que se relacionam com o povo (recordo o poema de Cesariny [“Vamos ver o povo / Que lindo é / Vamos ver o povo. / Dá cá o pé. // Vamos ver o povo. / Hop-lá! / Vamos ver o povo. / Já está.”]) mesclando comportamentos </span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;"></span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space-collapse: preserve;">paternalistas e elitistas com uma condescendência mais ou menos postiça. </span></a></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/22/culturaipsilon/cronica/ilustre-casa-portugal-2063828">No fundo, o povo é ignorante, brejeiro, limitado e não se lhe deve exigir demasiado. Há que descer ao nível, falar-lhe ao coração e ao estômago.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/22/culturaipsilon/cronica/ilustre-casa-portugal-2063828">Só assim se explicam as recentes declarações do Presidente em Toronto dirigidas aos lusodescendentes durante a sua visita oficial ao Canadá: “(…) evidentemente nós somos fado, somos bacalhau, somos cozido à portuguesa, somos o vira e o corridinho e o fandango. Somos tudo isto, temos uma alma. Somos Cristiano Ronaldo”. </a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/22/culturaipsilon/cronica/ilustre-casa-portugal-2063828">Apetece acrescentar: e que lixe o zarolho do Camões!</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/22/culturaipsilon/cronica/ilustre-casa-portugal-2063828">Se, em Maio de 1941, uma exposição do Estado Novo dedicada aos trajes regionais de Viana do Castelo tinha por título 'No Minho tudo é alegria', em 2023, ao falar a descendentes de emigrantes decerto maioritariamente fugidos ao Portugal de miséria dessas décadas recuadas, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu em invocar o mesmo folclore passadista patente então em frases como 'Portugal é uma cantiga sem fim onde palpita a alma de suas regiões' (Jornal Português, nº 63, Novembro de 1946).</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/22/culturaipsilon/cronica/ilustre-casa-portugal-2063828">Omitida em Toronto qualquer referência a Fátima, aos três efes sobrariam dois: o F de Fado e o F de Futebol, com o madeirense das Arábias a substituir Eusébio.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8267388592620897352.post-1863510999404323462023-09-08T16:51:00.002+01:002023-09-08T16:51:40.609+01:00 MEDITAÇÃO DE SEXTA: «No pasa nada»<p></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0.5em 0px 0px; orphans: 2; overflow-wrap: break-word; text-align: left; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: pre-wrap; widows: 2; word-spacing: 0px;"></div><p></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/08/culturaipsilon/cronica/pasa-nada-2062243">« (...) sem querer psicologizar ou pessoalizar em excesso, note-se como alguns momentos históricos particularmente deploráveis estiveram ligados ao poder exacerbado de personalidades de traços paranoicos. Estaline e os Processos de Moscovo, Hitler imaginando-se perseguido pelos judeus a ponto de os querer matar a todos, a Caça às Bruxas do Macarthismo executada diligentemente por J. Edgar Hoover, que terá morrido convencido de ter salvo os EUA dos bolcheviques, e, com pompa e circunstância oriental, a Revolução Cultural Chinesa conduzida por Mao Tsé-Tung.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/08/culturaipsilon/cronica/pasa-nada-2062243">A Revolução Cultural Chinesa talvez seja o que mais nos devia fazer pensar. As autocríticas e flagelações públicas faziam aí o gosto de milhões, expondo uma crença inabalável na vitória das forças do Bem a que o sistema baseado na reeducação acrescentava um toque de lascívia. Afinal, que puritano escapa ao frisson carnal de assistir à contrição de um pecador?</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/08/culturaipsilon/cronica/pasa-nada-2062243">(...) Com a radicalização das agendas ideológicas, à esquerda e à direita, talvez com propriedade se pudesse chamar ao nosso momento histórico momento histérico, no qual as mulheres, apesar de mais emancipadas, continuam a protagonizar histórias de alcova. Assange foi preso por causa do “sex by surprise”, o espanhol, com uma carreira pautada por escândalos, cai por causa de um beijo.</a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://www.publico.pt/2023/09/08/culturaipsilon/cronica/pasa-nada-2062243">Entretanto, aqui no monte, longe do mundo, caiu uma valente chuvada. As plantas ficaram mais verdes, a terra mais feliz.»</a></span></div></div>Ana Cristina Leonardohttp://www.blogger.com/profile/14063533885701376838noreply@blogger.com3