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29/12/12

Sobre livros e assuntos correlativos

António Lobo Antunes não ganhou o Nobel. A quem isso possa interessar: Philip Roth também não. 
Face a este não-acontecimento, o balanço de 2012 será morno. 
Dito isto, livros, como chapéus, há muitos. Mas um balanço, ou mesmo um singelo balancete (é o caso), implica conclusões; não basta a matéria de facto, é preciso arriscar um veredicto. 
Cá vai o meu, pessoal, embora, espero, transmissível: a língua portuguesa anda a empobrecer muito (e, neste caso, a culpa não é do AO).
Lê-se grande parte dos novos autores, e a nossa “cabeça estremece com todo o esquecimento” das palavras.
É verdade que não é Maria Velho da Costa quem quer, mas de quem na actualidade se poderá dizer: “o maestro sacode a batuta”?
E outra dúvida: o que os levará a abraçar, maioritariamente, um realismo serôdio, tecendo tramas estéreis que nada acrescentam à “biblioteca de Babel”?
Que a Sistema Solar e o Aníbal Fernandes nos sirvam de consolo!