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24/08/22

PAULA TEIXEIRA DA CRUZ NÃO GOSTA DE ZELENSKY E ESTÁ NO SEU DIREITO

Confesso não ter opinião  e porque a teria?  sobre o presidente ucraniano. Umas vezes percebo o radicalismo do seu discurso dirigido a A ou a B, outras vezes tenho dificuldade em segui-lo, até por me parecer que nem sempre tanto dedo em riste favorece a causa ucraniana. 

Nunca alinhei no seu endeusamento, é um facto, mas isso porque nunca consegui ter gurus  nem mesmo quando era moda tê-los. Aliás, com excepção do Billy Wilder não estou a ver mais ninguém a quem  pudesse declarar a minha fidelidade de olhos fechados e ouvidos entupidos.

Duas coisas me encanitam sobremaneira: o apagamento dos pecadilhos da Ucrânia (até os Azov e as perseguições às populações de origem russa conseguiram branquear...) e acima de tudo  mas acima de tudo mesmo  a minha convicção profunda de que esta guerra  e a recusa em cedências e negociações (reafirmada ontem por Zelensksy ao contrário do que nos apregoam, vai trazer MENOS e não mais democracia ao mundo. 

Dito isto, os insultos na caixa de comentários do artigo de Paula Teixeira da Cruz são muito significativos de um clima do qual a racionalidade se ausentou, para dar lugar a uma emotividade a resvalar para a histeria. Creio que é a isto que se chama propaganda. 

Da Paula Teixeira da Cruz: «Zelensky considera-se um novo faraó da opinião pública internacional, um messias do Ocidente que não admite críticas ou hesitações no apoio incondicional à sua estratégia de guerra até à derrota e humilhação da Rússia, como numa superprodução de Hollywood. (...)»