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17/11/10

Vão desculpar-me a linguagem de caserna mas custa-me a crer que um clube de gajas nuas fomente a leitura de Faulkner ou sequer do Henry Miller

Cada um lê como muito bem lhe apetece. Uns gostam de ler na cama, antes ou depois de dormir ou de outra coisa qualquer. Há quem teime nos cafés, apesar do sumiço dos mesmos. Há quem prefira jardins e há quem eleja a sanita. Há leitores que só na biblioteca e outros que só em trânsito. Há quem leia enquanto come. Há quem não dispense o barulho e há quem exija silêncio.
O meu leitor preferido é Eliot: I read, much of the night, and go south in the winter.
Isto era tudo o que eu sabia sobre o assunto antes de ter tropeçado no Naked Girls Book Club, um clube semiprivadoe exclusivamente feminino em que a condição para se ser sócio é gostar de ler despido(a). E quem julgue que a coisa se fica pela leitura d’ O amante de Lady Chatterley ou similares mais apimentados, esclareço já que quando se clica no rectângulo à direita que diz “books reviews” vamos parar imediatamente a Faulkner e ainda por cima a Absalom, Absalom.
Impressionados? Eu fiquei, embora confesse que só me veja a ler Tolstói muito vestida, de preferência de xaile, lareira acesa e uma caixa de madeleines para acompanhar o cognac.
O que me leva da Karénina a Marilyn. Dizia Wilder: My aunt Minnie would always be punctual and never hold up production, but who would pay to see my aunt Minnie?
Citado o meu guru, se é verdade que as meninas do Book Club serão um pouco mais atraentes do que a tia Minnie do Wilder, I presume, ainda assim a Marilyn mete-as a todas num chinelo. Despida ou vestida. E se ela lia e mesmo que não lesse!