A viagem foi relâmpago; quanto à velocidade a que correu Sócrates, não sabemos. Da agenda, o reforço sempre anunciado das relações entre a Europa e os EUA, seguido do usual carpido sobre a situação na Palestina, Afeganistão e Iraque. Enfim, a cefaleia do costume chamada Médio Oriente. Ah, e a questão do Kosovo.
E se nada de novo nos chegava do reino da Dinamarca, também nada de novo nos chega agora do Estado de Washington DC. Sócrates disse o que era de se esperar que dissesse e falou em inglês (não apenas técnico, supõe-se). Que Bush é amigo; que seria bem-vindo.
De tudo, o mais notado foi o elogio do chefe da Casa Branca à forma física do nosso Primeiro: «um exemplo para o mundo».
Run por run, desentubei isto:
E ainda descobri isto:
que, por acaso, fiquei a saber ter ganho o Grande Prémio da Cidade do Fundão 2006, do Festival IMAGO.
Confesso, porém, que a primeira coisa que me veio à cabeça foi o fabuloso livro Rabbit, Run de John Updike (um dos grandes romancistas norte-americanos vivos), recentemente reeditado em Portugal.
Contas feitas, e antes que me lembre de mais alguma coisa, não sei se hei-de agradecer a Bush ou ao nosso Sócrates.
PS - Por falar em agradecimentos, já me esquecia: segundo o site Iraq Body Count, aqui, o número de mortos no Iraque oscilava hoje, às 17h15m, entre os 72 596 e os 79 187. Run baby run.