24/05/22

GUERRA NA UCRÂNIA: E SE A RÚSSIA É DERROTADA?

Contrariando a retórica belicista em alta, Alemanha, França e Itália preferem apostar num cessar-fogo que interrompa a guerra e evite a humilhação da Rússia. Uma preocupação aparentemente paradoxal, já que derrotar a Rússia parece ser o objectivo.

«... Even as European leaders sympathize publicly with Ukraine’s struggle and in some cases have gone to great lengths to support the country, they also fear that what French President Emmanuel Macron last week called a “humiliation” of Russia could create a whole new set of problems, Western officials say. 

One big concern is that a Ukrainian win could destabilize Russia, making it even more unpredictable and putting a normalization of energy links further out of reach. That’s why some western European capitals quietly favor a “face-saving” resolution to the conflict, even if it costs Ukraine some territory. (...)»

2 comentários:

Luís Lavoura disse...

Pois. Há na Europa e nos EUA duas opiniões contraditórias. Uma diz que a Ucrânia deve ganhar a guerra a recuperar a totalidade do seu território (e se Putin fôr também derrubado do poder, ainda melhor). Outra diz que se deve procurar alcançar a paz o mais cedo possível, mesmo que para isso a Ucrânia tenha que ceder parte do seu território à Rússia.
A questão é, enquanto a Europa e os EUA aceitarem continuar a financiar a Ucrânia - dar-lhe dinheiro para continuar a existir, e dar-lhe armas -, esta última prosseguirá sempre na primeira opção.
A única forma de impôr a segunda opção seria a Europa e os EUA deixarem de financiar a Ucrânia e/ou deixarem de lhe dar armas.
A Europa e os EUA farão o que quiserem. A Ucrânia é paga por eles e será sempre forçada a fazer o que eles decidirem.

Anónimo disse...

Luis Lavoura, nem mais! claro como água.

Ainda bem que aparece por aqui, porque o caramelo que comanda o Delito de Opinião tem-se revelado um execrável tirano.