Toneladas de propaganda diária. E, sejamos justos, com a proibição da propaganda inimiga, as toneladas sopram sobretudo do nosso lado, arriscando nós, como os velhos gauleses, a que ela nos caia na cabeça e lá se vão os miolos.
Naturalmente, há sempre quem ache que quando chega do nosso lado não é Propaganda, é VERDADE. Escusado será dizer que em tal asserção assenta um dos alicerces mais firmes da Propaganda.
Há no entanto uma maneira, não infalível, claro, de perceber que estamos perante um texto ou uma afirmação propagandistíca, já que a Propaganda, para ser eficaz e como há muito foi notado pelo poeta algarvio António Aleixo, «tem de trazer à mistura / qualquer coisa de verdade».
De forma evidente quando os textos recorrem à forma interrogativa, ou seja, insinuam (e insinuam-se): não afirmam. Mas também quando preferem conjugar os verbos no condicional ou no futuro, seja nos tempos simples, seja nos tempos compostos.
E como os tempos vão sobretudo confusos, é fazer atenção, como dizem os franceses!
2 comentários:
Bravo!
<(") Ash
Calma! É só um bocadinho de gramática :)
Enviar um comentário