Não sei se é por vontade de Deus, da troika ou do mapa astral.
Não sei se é por sermos tão, tão da borda-d’água. Por vivermos tão, tão encostadinhos ao Atlântico que se porventura algum inimigo nos quisesse atirar ao mar, já nos teríamos afogado todos.
Não sei se é do vento, do excesso de poetas, das 20 mil caixas de antidepressivos/dia ou da baixa tendencial da taxa de natalidade. Não sei se é castigo por Miguel Relvas não ter feito o curso direitinho e dizer “ouvisto”, que nem vem no Acordo Ortográfico.
Não sei se é do Sócrates ter fugido, do La Féria não ter contratado o Passos Coelho, ou do Afonso Henriques ter guerreado a mãe. Não sei se é do D. Manuel ter corrido com os judeus. Não sei se é do Salazar, do Afonso Costa, do João Franco ou do Cavaco Silva. Não sei se é da gaivota que voava, voava, se do Camões ter perdido um olho. Não sei se é do Humberto Delgado ter sido assassinado ou de Maria, a Louca ser louca. Não sei se é das Invasões Francesas ou do Ultimato Britânico. Não sei se é do Allgarve se do Europe's West Coast, da Ínclita Geração ou da Geração de 70.
O que sei é que, de repente, um diploma de “As Novas Oportunidades” tornou-se equivalente a um doutoramento em astrofísica.
Ouvem-se as coisas mais descabeladas ditas por gente que a única coisa que fez na vida foi saltitar da casa da mamã para o colo das juventudes partidárias e do colo das juventudes partidárias para o regaço da AR, quando não para o seio aconchegante do governo.
“Living in Portugal” pode ser muito bom, como quer Paulo Portas, mas está a tornar-se perigoso para a sanidade mental local.
Até há quem garanta ter visto porcos a voar numa autoestrada e satélites a multar carros de mulas. Eu já não digo nada.
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4 comentários:
Gostava de poder ajudar mas, também não sei!
Já só nos falta o 31 de Fevereiro para termos direito a ficar marados de véspera.
este blog precisa de um daqueles botões de "like".
«...gente que a única coisa que fez na vida foi saltitar da casa da mamã para o colo das juventudes partidárias e do colo das juventudes partidárias para o regaço da AR, quando não para o seio aconchegante do governo.»
A grande mamalhuda, como lhe chama (e muito bem) o senhor Domingos, o que nos cuida do quintal
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