01/12/22

CENAS IBÉRICAS VIVIDAS NO MONTE

Hoje acordei e da cozinha vi o carro do meu querido vizinho atravessado na rua junto ao forno a lenha a precisar de restauro, estacionado no sentido contrário. Ele nunca entra pela parte de baixo da rua, na verdade uma minúscula viela onde só circulam cães e gatos, dá habitualmente a volta e deixa-o na direcção oposta. Quando o abandona assim, de rabo virado à lua, é sinal que já lhe tolda a visão e lhe emperram as mudanças. 

Quando dei pela coisa, pensei: "Ah! Homem! Isso ontem deve ter sido tão tamanho que hoje os rins se te colaram às costas, as costas ao colchão e bem podem esperar por ti lá nas obras que o Sísifo que carregue as pedras..."

Naturalmente, o pensamento não foi assim tão elaborado como agora o registo porque não tinha tomado café. Ainda.

Chegada ao café, as habituais picardias e comento: "Então o M. nem se conseguiu levantar!"

Lá me lembram que, sendo embora o meu raciocínio isento de desacerto, em defesa de M. se registe que o dia de hoje é feriado. O tal 1º de Dezembro em que tiveram a infeliz ideia de defenestrar o traidor enquanto a Duquesa de Mântua se enfiava num armário. 

Entretanto, por aqui e por fim choveu. E como dizem os espanhóis: "A mal tiempo buena cara". E como eu gosto de espanhóis, minhas senhoras e meus senhores! 


2 comentários:

joão viegas disse...

Ainda se pode dizer Olé ?

Boas

Ana Cristina Leonardo disse...

ahahahahahahahahahahahahah