Após a tão celebrada unificação da língua trazida pelo AO, a Associação de Professores de Português — dirigida então pela temível Edviges que, qual Padeira de Aljubarrota, o defendeu à espadeirada, degolando sem temor tudo o que fosse consoante muda que lhe aparecesse à frente — veio agora aconselhar como quem não quer a coisa que se permitissem excepções ortográficas nos exames de português para não prejudicar os alunos brasileiros que escrevem com grafia diferente.
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1 comentário:
Ficaríamos então com dois tipos de alunos: os brasileiros, que são autorizados a dar erros de ortografia, e os ucranianos, que não são autorizados a tal.
Segundo a nova ortografia, as palavras escrevem-se como se lêem. Portanto, os alunos brasileiros somente têm, tal e qual como os outros, que aprender como se pronuncia as palavras em português de Portugal - nada mais e nada menos. Tal como um lisboeta tem que aprender que se pronuncia "militar" e que portanto não se escreve "melitar", que se pronuncia "queijo" e portanto não se escreve "quaijo", e que se pronuncia "treze" e portanto não se escreve "treuze".
É tão simples ou tão complicado quanto isto.
(Na minha terra havia muita gente que escrevia "baca" e "varco".)
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