27/07/22

GUERRA DA ENERGIA: ENTRETANTO, NO MUNDO REAL DECIDIDAMENTE MENOS GLAMOUROSO

«Diplomatas europeus consideram acordo para cortar dependência do gás russo “um queijo Emmental” tantas as excepções presentes.

(...)

Patrick Triglavcanin, investigador do Conselho de Geoestratégia do Reino Unido, comentou ao ‘MailOnline’: “Robert Habeck, o ministro da economia alemão, a falar de como a solidariedade e a unidade europeias estão a pressionar Putin é fantasioso. A dependência da Alemanha da Rússia para a energia, a falta de previsão estratégica a esse respeito e as tentativas de empurrar os seus fardos para outros Estados-membros estão a prejudicar a solidariedade e a unidade do bloco, bem como a economia alemã.”

Pelo menos oito estados devem evitar o corte com base nas isenções estabelecidas no acordo: Espanha, Portugal, Chipre, Irlanda, Malta, Letónia, Lituânia e Estônia.

As razões vão desde a má interconexão com as redes de gás ou eletricidade da Europa – o que significa que não podem facilmente trocar gás ou energia com os seus vizinhos – até a dependência da rede elétrica da Rússia para energia, no caso dos países Bálticos.

É também provável que a Hungria simplesmente ignore o acordo – que é voluntário, pelo menos por enquanto – tendo votado contra a medida, chamando-a “injustificável, inútil, inexequível e prejudicial”.»

3 comentários:

Anónimo disse...

Não sei se já viu isto:
https://www.nytimes.com/2022/07/27/opinion/ukraine-russia-us-diplomacy.html?smid=fb-nytopinion&smtyp=cur

<(") Ash

Ana Cristina Leonardo disse...

Não tinha visto. Obrigada! (e já cá canta)

Luís Lavoura disse...

Apesar de todas as exceções, somente nove dos 27 Estados da União são abrangidos por elas, e são todos eles Estados pequenos e/ou periféricos, de pouco interesse. Para o grosso da União, o corte de 15% vai mesmo aplicar-se.
E mesmo para os Estados pequenos há um corte previsto. Em Portugal é de 7%, o que será suficiente para causar sérios problemas, dado que esses 7% serão integralmente aplicados na indústria, a qual sofrerá um rombo substancial. A razão é que não se pode cortar o gás às casas particulares - sob pena de estas não poderem cozinhar - nem às centrais produtoras de eletricidade, sob o risco de a tensão elétrica na rede descer abaixo dos 220 Volts, o que causaria avarias fatais numa série de equipamentos elétricos.