«Ao fim de poucas horas de conflito, imagens locais foram partilhadas com o mesmo tom e espírito com que se partilham imagens de um momento desportivo (“arrepiante!”), ou de um blockbuster recente (“épico!”) ou de um gatinho-bebé adoptado por uma foca (“lágrimas nos olhos!”). Farrapos de mitologia ad hoc — o “Fantasma de Kiev”, ou os soldados na ilha das Serpentes que insultaram os agressores antes de uma morte heróica — circularam entusiasticamente (até serem desmentidos) em parte por obedecerem às exigências básicas do entretenimento. A nossa vulnerabilidade à imagem simbólica ou ao desenlace convenientemente cinemático pode ser embaraçosa, mas não é imoral, nem inadequada.»
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3 comentários:
Bom respirar este ar. Saudadinhas.
:)
Nélia Duarte
Nélia, a retórica bélica faz-me dores de cabeça... E obrigada pela visita.
Passou-me so lado. Vou ler.
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