Não tendo muito jeito para listas (Umberto Eco que me perdoe) sou ainda assim capaz de me lembrar da recomendação de Aníbal Cavaco Silva aos portugueses para que fizessem ginástica, recomendação tanto mais memorável quanto proferida a 10 de Junho, dia de Camões, poeta que, é do conhecimento público, só por se encontrar em excelente forma física conseguiu salvar a nado a sua obra.
Outros eventos. Foi por essa altura que o país se disputou com violência inaudita em torno de um miúdo que vendia T-shirts, no qual alguns lobrigaram o empreendedorismo de uma Fátima Lopes e outros entreviram a perfídia de um Iago capitalista.
Mais coisas. Ficámos a saber que Passos Coelho, indiferente aos conselhos paternos (“vais-te lixar!”), decidira recandidatar-se, tendo obtido de imediato o apoio de Miguel Poiares Maduro, doutorado que mostrava assim ter desassistido a hipótese de um governo de iniciativa presidencial (emprestando todo um outro sentido à conhecida sentença: “Nunca aceitaria pertencer a um clube que me aceitasse como sócio”).
Mas o cardápio de frases célebres ficaria incompleto sem aquela que se ouviu ao deputado José Manuel Canavarro que, respondendo a insultos do público presente nas galerias da AR, protestou alto e bom som: “As nossas mães não são para aqui chamadas!”
4 comentários:
:)))))
O Canavarro lá saberá do que canavarra, que diabo.
Vai ver que era só um plural majestático.
e a marguerite yourcenar, a quem foi buscar o título...
zé, vejo que é uma pessoa culta
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