11/05/13

Isto não está nada bonito

Não é preciso entender a estética da Teoria das Cordas, para entender que estamos com a corda ao pescoço. Como não é necessário perceber de Política Monetária para perceber que o dinheiro tem de estar por aí algures. Por muito complexos que sejam a astronomia, a economia e, demos de barato, o Excel, subtrair é fácil e não carece de muletas. 
Já o convívio com Shakespeare não se pode dizer despiciendo. Porque, se é verdade que nada ajuda tê-lo lido quando o assunto são contas, para decifrar a natureza humana, o "Rei Lear", por exemplo, mostra-se bastante útil.
Mas se as tragédias são intemporais, nem por isso todos os vilões se equivalem. Vivemos tempos de vilões videirinhos, pulhas copinhos de leite, bandidos de colarinhos imaculados. Nenhum deles arrisca coiro ou cabelo, a casa da mamã de portas escancaradas algures – Bruxelas, Washington, Suíça, Bermudas e etc. Al Capone era um facínora respeitável ao lado desta gente de mãos nunca chamuscadas pela pólvora.
Se não vivemos anos de chumbo, vivemos anos de lixo. O dinheiro que, afinal, era lixo, políticos que são um lixo, “comunicólogos” que vendem lixo, governantes que nos tratam como lixo. No meio de tanto entulho, vem com certeza a propósito uma frase que roubo a Jorge Fallorca, que, por sua vez, cita um pantomineiro pintor que se queixava da crítica: “Eu bem sei que não sou nenhum Leonardo Da Vinci, mas esta merda também não é a Itália do Renascimento.”
Isto não é a Itália do Renascimento. A própria Itália não é a Itália do Renascimento. Renascimento, aliás, não há. Antes a decadência induzida daquilo que mais decente Deus ao mundo deitou: a Europa do pós-guerra. Os coveiros são da casa. Sobretudo, que Deus não lhes perdoe porque sabem o que fazem.

6 comentários:

alexandra g. disse...

queridos :)

Kapitão Kaus disse...

Perfeito! :)

alf disse...

mais que perfeito :-)

João Lisboa disse...

Mais que perfeito, o tanas!

O que é que essa coisa - mesmo metafórico-retoricamente -, dais, dois, deus ou lá o que é, está aí a fazer?...

pvnam disse...

Portugueses-do-Prego
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-> Não é com um partido nacionalista que Portugal vai conseguir SOBREVIVER!...
-> Para sobreviver Portugal precisa de um Movimento Nacionalista que 'corte' (SEPARATISMO-50-50) com os «portugueses-do-prego» (leia-se, os portugueses que estão a colocar Portugal no prego).
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De facto:
- os portugueses-do-prego não defendem uma estratégia de renovação demográfica - média de 2.1 filhos por mulher; [nota: os portugueses-do-prego gostam de se armar em parvinhos-à-sérvia... vide Kosovo]
- os portugueses-do-prego falam em despesa NÃO ENQUADRADA na riqueza produzida... logo e depois:
1- vendem recursos estratégicos para a soberania... à alta-finança/capital-global;
2- depois de conduzirem o país em direcção à bancarrota... começam a proclamar federalismo, federalismo, federalismo (leia-se, implosão da soberania).
Mais, muitos portugueses-do-prego adoram evocar motivos... que 'justifiquem'... o fim de Portugal.
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P.S.1:
Uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum. Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço.
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P.S.2.
Os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) são uns nazis do piorio:
- veja-se o que os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) fizeram aos nativos norte-americanos: houve Identidades Autóctones que sofreram um Holocausto Massivo;
- veja-se o que os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) estão a fazer no Brasil aos nativos da Amazónia;
- etc.
Mais, para os 'globalization-lovers' made-in-USA as causas suficientes para desencadear uma guerra são quase infinitas!...
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P.S.3.
Nazismo não é o ser 'alto e louro'... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
Os NAZIS 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) andam numa busca incessante de pretextos... para negar o Direito à sobrevivência das Identidades Autóctones.
Os SEPARATISTAS-50-50 não têm um discurso de negação de Direito à sobrevivência... os separatistas-50-50 apenas reivindicam o Direito à Sobrevivência da sua Identidade: leia-se, os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.

Táxi Pluvioso disse...

Mas sendo também tempos de fanhoso queque, tipo Poiares Maduro, (tenho esperanças que a moda pegue e falem todos assim, como os CDS dizem "oiça"), só por isso são tempos brilhantes, cheira a rei em Sintra e caravelas no Tejo. bom domingo