As senhoras não falam de dinheiro. Fica-lhes mal. A
única excepção que conheço é Mae West que um dia explicou com singular
clarividência: “A man has one hundred dollars and you leave him with two
dollars; that’s subtraction”.
Se olharmos, contudo, mais de perto, depressa
concluiremos que falar de dinheiro fica mal a quase toda a gente. Os ricos não
sentem necessidade de se referir ao assunto, e os pobres não têm, simplesmente,
assunto.
Apesar de ser indiscutível que ‘Money Makes The
World Go Round’, a relação dos humanos com o “vil metal” (e
só a expressão “vil metal” é todo um programa) mostra-se complexa e mesmo algo
bizarra. Uns idolatram-no, outros desprezam-no; alguns levam-no a sério, outros
rendem-se tão-só à sua inevitabilidade. Há quem encare o dinheiro como uma
espécie de “bosão de Higgs”, e há quem, como São Tomás de Aquino, descubra na
avareza a raiz de todos os males.
Opiniões à parte, no nosso mundo, sem
dinheiro não se fazem compram galinhas, sem galinhas não há ovos e sem ovos não
se fazem omoletes.
Talvez, entre os enfermeiros a trabalhar para o Estado a 3,
96 € à hora, haja alérgicos
à proteína do ovo ou quem viva tão aterrorizado pelas salmonelas que não lhes
toque sequer. Esses são os privilegiados! Os outros terão de contentar-se com
valores abaixo do salário mínimo, sair da “zona de conforto” ou ficar-se pelos
chocolates da “pequena suja” do Pessoa.
Percebo, ainda assim, a indignação destes
profissionais de saúde. Afinal, andaram a queimar pestanas num curso que não serve
para nada. E com tantos cursos tão bons que por aí há. Alguns, passíveis até de
ser concluídos num só ano e com emprego de ministro garantido.
“Ó Portugal, se
fosses só três sílabas”.
10 comentários:
de volta e aberta a sugestões
:)
Com duas letrinhas apenas
Se escreve a palavra ou
Mas são precisas seis
Para escrever Marilu
Just testing! :-)
Agora a sério.
O estudo das equivalências anda a distrair-nos de questões mais estruturantes e, até, fracturantes.
Uma dessas questões é o facto de o Governo andar a tratar os autarcas como delinquentes!
É indecente, e a gente nem dá por isso, tamanha a atenção que damos a outros assuntos, porventura menos importantes.
Porra, até os autarcas têm direito à presunção de inocência (e não continuo a frase como se continua na minha terra, que isto não é uma tasca)!
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2658815&page=-1
Bem vinda, Ana Cristina! :-)
"Ó Portugal, se fosses só três sílabas"
Sol, sal, sul
Bem-vinda de volta Senhora, espero que esteja tudo bem.
Olá.
Belo texto,para entrada.
Abraço,
mário
Bem vinda!
E se chegou lá diga-me ;)
passaram todos no teste
:)
Curso de auto defesa, é o que lhes resta. Bem vinda. :))
E as equivalências, como é que ficamos? Eu, se puder ser, prefiro um grau de conde...
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