Paul Krugman trouxe-nos há pouco uma mensagem de esperança: Portugal não precisa de baixar os salários para o nível dos chineses.
Ao ler as palavras do Nobel, suspirei de alívio, o meu coração rejubilou e a minha alma desatou aos pulinhos. E se a esta notícia se acrescentar uma outra, entretanto anunciada por Álvaro Santos Pereira, a saber, que os desempregados portugueses irão ter à sua disposição um gestor de carreira, é mais do que evidente que estamos no rumo certo.
Com sorte, até pode ser que chova alguma coisa de jeito!
O meu optimismo cresce de dia para dia. Há tempos, fora o anúncio feito por Pedro Mota Soares das refeições take away direccionadas para pobres, versão update da sopa do Sidónio. E porque o facto de alguém ser pobre e ter fome não deve obstruir o caminho da modernização gastronómica, espera-se que o toucinho e chouriço de antanho sejam substituídos por produtos menos gravosos dos níveis de colesterol.
Exemplo de louvável “empreendedorismo” é também a passagem anunciada do Ministério da Administração Interna (Terreiro do Paço) a Pousada de Portugal, projecto que vem do anterior governo, e isto enquanto se aguarda que a Fortaleza de Peniche, prisão política do Estado Novo, lhe imite a função recreativa.
Em tempos, Eça resumiu o país a duas frases: “Não é uma existência; é uma expiação”.
Expiação será, mas no fim aguarda-nos um milagre. Se não o da chuva de Cristas, decerto aquele que podemos deduzir da citação de Benjamin Franklin traduzida há dias no canal “História”.
Original: In this world nothing can be said to be certain, except death and taxes.
Tradução (Canal História): Nada neste mundo se pode ter como certo, excepto a morte e os táxis.
Caso para se dizer: o país vai de carrinho.
[obrigada, Joana]
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8 comentários:
Imparável, a senhora está imparável.
Keep it up, ou em Português, dá-lhe Falancio!
Caro Desconhecido Alfacinha, o senhor enche-me de mimos.
Já agora, desculpe a ignorância: quem é o Falancio?
Cara Senhora,
O Falancio é o irmão do Jel (Homens da Luta).
E não a encho de mimos: Limito-me a constatar...
(Enfim, creio que merece, não está no meu carácter ser graxista).
E ninguém deverá pedir desculpa por não saber. Deve-se, sim, perguntar (Eu penso assim).
Respeitosos cumprimentos,
Tás com um speed...
Taxes=taxas( impropriamente impostos). De resto, o texto é excelente.
Concordo com o anónimo de cima...liberdade narrativa é uma coisa, tradução não oficial também, mas chamar táxis a impostos é abusivo Oh Joaninha..
Ó anónimos, a tradução é do Canal História, não é minha!!!
Aliás, a informação está no texto. A malta já só lê em diagonal, ou sou eu que não me sei explicar?
Ó ironia, verdadeira liberdade e tal (cf. post-it coluna da direita - Proudhon)
Eu vi logo que ia meter água... nem me apecebi o título - tresli, é o que é. As minhas sinceras desculpas à estupenda Ana.
1.º anónimo
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