... e depois ainda há gente que nos reconcilia com o mundo
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19 comentários:
Parece que lá para o Texas o problema é endógeno e de rápido contágio...
Eu com este reconcilio-me sempre.
http://youtu.be/j3AV-a6oB-k
Também eu; mas neste caso, infelizmente, não se trata de uma ficção
Lawrence Brewer também, curiosamente não apareceu nas notícias dos medias esquerdistas . Porque será?
HUNTSVILLE, Texas (AP) -- White supremacist gang member Lawrence Russell Brewer was executed Wednesday evening for the infamous dragging death slaying of James Byrd Jr., a black man from East Texas.
http://hosted.ap.org/dynamic/stories/U/US_TEXAS_EXECUTION_DRAGGING_DEATH?SITE=7219&SECTION=HOME&TEMPLATE=DEFAULT&CTIME=2011-09-21-21-37-11
Será que vai adicionar o outro nome ao título com Troy Davies?
P.S: discordo da pena de morte para casos onde não haja 100% de certeza. Por isso deveria ser especialmente reservada para políticos genocidas.
lucklucky
1. Não foi o Governador que matou os condenados, assim como não foi ele que os prendeu, acusou, julgou, condenou ou reviu os recursos. A única intervenção do Governador foi não sobrepôr a sua vontade às decisões dos tribunais.
_
2. Rick Perry é Governador do Texas desde Dezembro de 2000. Segundo o site http://www.txexecutions.org/stats.asp:
1983-1991:
. . . . condenações: 288
1992-2000: "anos pré-Perry"
. . . . execuções: 197
. . . . condenações: 353
2001-2009: "anos Perry"
. . . . execuções: 208
. . . . condenações: 182
_
Ou seja, o aumento de execuções durante os 9 anos de Rick Perry como Governador (de 197 para 208) pode perfeitamente ser justificado com o aumento de condenações nos 9 anos anteriores (de 288 para 353), uma vez que o tempo médio da condenação à execução é, no Texas, de 10 anos.
_
Também se deve notar que, dos "anos pré-Perry" para os "anos Perry", o número de condenações à morte no Texas diminuiu quase 52%.
_
3. O comentador do video linkado tem razão em notar e criticar os aplausos ao "recorde" de execuções mas a partir daí descarrila completamente. A parte em que questiona se os aplausos serão à ideia de que mais execuções significam que mais famílias foram assassinadas pelos executados é tão estúpida que se torna obscena.
_
Seja-se a favor ou contra a pena de morte (para registo, sou a favor do princípio da pena de morte mas essa é uma discussão muito maior a ter noutro local), exige-se um mínimo de conhecimento daquilo que se está a comentar e que se modere a demagogia. Claramente, o "comentador" do vídeo está-se nas tintas para isso.
É assustador que alguém possa ser a favor do princípio da pena de morte.
Como dizia o outro, não há limites para a estupidez humana.
Pois lamentavelmente não, mas como dizia Roald Dahl: sometimes fiction and reality mingle.
Desgraçadamente Troy Davis não teve a sorte de ter um Steve Everett com ele.
E repugnantemente ainda há no mundo quem aplauda vermes como o Perry.
Gostaria de ajudar com um esclarecimento:
But the powers of the office are not without limits. In the Davis case, even the governor of Georgia, if he wanted to intervene, doesn’t have the legal authority to do so. The state Board of Pardons and Paroles could reconsider, or the Georgia Supreme Court might be able to consider another appeal, though it’s apparently extremely unlikely to do so. Those are the options
lucklucky, a minha oposição à pena de morte é universal e sem excepções
Joaquim Amado Lopes, vai desculpar-me a sinceridade mas estou-me nas tintas para a sua contabilidade
Isabela, tanto mais assustador quanto há gente que morre mesmo
m.a.g., muita, muita gente, mesmo...
Fado Alexandrino, além de, pessoalmente, o seu esclarecimento apenas esclarecer o que eu já sabia, não vejo em que é que ele possa alterar a minha opinião: coisa de bárbaros
Peço desculpa, não era dirigido à senhora mas apenas para ajudar porque já vi escrito sei lá onde que o Governador podia ter comutado a sentença.
Quanto ao resto não vou dar grande opinião, acho mesmo que ela só pode ser dada por quem sentir na pela a morte por assassinato de um familiar muito querido.
"(...) Now that's he gone from the face of the earth, and whether he was guilty or not, Troy Davis will leave one of two legacies. Either his story will fade with time, as have the stories of so many other men executed under a cloud of questions about their guilt, or his story will propel meaningful change in this area of the law. His many supporters, in and out of public life, hold in their hands the ability to determine that legacy. What they could not accomplish during his lifetime they may still try to accomplish in his death; a renewed appreciation for the notion that no man, neither the high nor the low, neither the rich nor the poor, neither white nor black, deserves the lamentable injustice done this day."
http://www.theatlantic.com/national/archive/2011/09/the-death-of-troy-davis/245446/
Isabela,
Mais do que alguém ser a favor do princípio da pena de morte, o que é verdadeiramente assustador é que tantos cometam crimes como aqueles que são punidos com a pena de morte.
E não sei se há limites para a estúpidez humana. Mas (não sei se é o seu caso) há quem tenha a mesma posição que a Isabela sobre quem é a favor da pena de morte e, ao mesmo tempo, seja acérrimo defensor do aborto a pedido sem limites.
Se a posição sobre qualquer destes dois temas tem a ver com estúpidez, as pessoas referidas acima desafiam muito mais os limites da estúpidez do que a minha posição sobre a pena de morte.
_
m.a.g.,
Não sei quase nada sobre Perry mas estou curioso: na sua opinião, Perry é um verme apenas porque é a favor da pena de morte?
_
Ana Cristina Leonardo,
E, desculpe-me ou não, "estou-me nas tintas" para o facto de a Ana Cristina se estar nas tintas para a minha "contabilidade". O meu comentário era uma resposta ao vídeo. E não preciso de a repetir, principalmente a quem parece não querer contextualizar as coisas e olhar apenas para os detalhes que melhor encaixam nos seus dogmas.
Quanto a "coisa de bárbaros", recomendo-lhe a consulta de sites como http://www.txexecutions.org/reports.asp.
É que, para mim, a indignação contra a pena de morte vale pouco quando é mais vocal do que a indignação contra o crime.
Joaquim Amado Lopes, tenho poucos princípios (dogmas) mas um deles, de facto, é este: a pena de morte é coisa de bárbaros. E quanto á "contextualização", neste caso, é só uma: um homem cuja culpabilidade estava cheia, mas cheia, de buracos, foi morto pelo Estado da Georgia.
Em relação à indignação acerca dos crimes, é assim: a natureza humana é o que é; o Estado serve precisamente, em alguns casos, para meter ordem nisso. Que um ser humano assassine outro, não há "homem novo" que o impeça; já ao Estado se pede que faça prova de civilidade
"lucklucky, a minha oposição à pena de morte é universal e sem excepções"
Só se fosse capaz de colocar este texto e um post para Lawrence Russell Brewer.
A pena de morte pode ser ou não ser civilização, ao contrário a recusa de pena de morte é que é anti civilização. É a desproporcionalidade. A equivalência de crimes que não são equivalentes.
lucklucky
lucklucky, não vejo qual seria o problema. Sou contra a pena de morte. Ponto final. Até teria sido contra a pena de morte do Eichmann (houve muitos que o foram em Israel, na altura), o que não quer dizer que não gostasse de vê-lo morto
O caso de Troy Davis ganhou as proporções que tomou - e ganha um carácter particularmente terrível -porque, para mais, estava cheio de buracos, com testemunhas a voltarem atrás nas declarações, sem arma do crime, sem ADN do próprio no local, etc., etc., etc. E é esse precisamente o problema da pena de morte - se houver engano, não há hipótese de voltar atrás.
Quanto às "equivalências" há muito que deixámos de cortar as mãos aos ladrões ou de apedrejar mulheres adúlteras. Chama-se a isso civilização.
Joaquim Amado Lopes,
não só, mas também. A criatura é uma espécie de ayatollah evangélico; a bíblia numa mão, a pistola na outra, ou seja um texano de gema. Uma espécie de Bush Jr. com a mioleira ainda mais às avessas ou uma Palin com ovários descaídos.
Ana Cristina Leonardo,
Se se tivesse dado ao trabalho de ver o vídeo, saberia que este não tem RIGOROSAMENTE NADA a ver com a execução de Troy Davis. O video é relativamente curto e, se perceber inglês, não terá qualquer dificuldade em o perceber.
Como a minha resposta foi ao vídeo e não ao título do post, seria preferível que me dirigisse comentários relacionados com o que escrevi.
Quanto à execução de Troy Davis, até admito que estivesse inocente. Há casos comprovados de inocentes executados e não conheço esse caso em particular.
Como o caso foi julgado em várias instâncias e por diferentes grupos de pessoas, acho que nem eu nem a Ana Cristina sejamos competentes para estabelecer se Troy Davis era realmente culpado ou inocente.
Quanto a não haver hipótese de voltar atrás no caso de execução, há muitas outras coisas em que não se pode voltar atrás. Por exemplo:
. . - Um inocente passar 10 ou 15 anos na prisão por crimes que não cometeu;
. . - Um condenado ser agredido, violado e/ou assassinado dentro da prisão;
. . - Um condenado a prisão perder o emprego, a família e a casa;
. . - Um condenado a pena de prisão assassinar outro(s) preso(s);
. . - Um condenado a pena de prisão fugir e cometer mais assassinatos;
. . - Um condenado cumprir a pena, ser libertado e cometer mais assassinatos;
. . - ...
O argumento de "não se poder voltar atrás" pode ser usado a favor de que sejam impostas mais salvaguardas ao sistema, não para justificar a abolição da pena de morte.
Quanto à "civilização", não consigo associar esse termo a uma sociedade que dedica mais tempo a justificar e a desculpar os criminosos do que a cuidar das vítimas.
Joaquim Amado Lopes, o vídeo é sobre a pena de morte, a propósito de uma epifania de aplausos. Eu não costumo postar vídeos sem conhecer o seu conteúdo. E, já agora, percebê-lo. Este tinha que ver com o assunto do post. Digamos que juntava o inútil (pensar que a pena de morte faz baixar o nº de crimes) ao desagradável (a morte de um homem pelo Estado).
E quanto ao género paternalista, ficamos conversados.
Mas a parte que mais gosto no seu comentário é
"Quanto à execução de Troy Davis, até admito que estivesse inocente."
Ora merda! E desculpe-me o francês.
Ana Cristina,
Quanto ao meu comentário de que tanto gostou, não terá ficado dúvidas a ninguém de que o sentido do que escrevi é de que admito a POSSIBILIDADE de ele estar inocente.
Quanto ao francês, não precisa de pedir desculpa. Já debati a pena de morte com muitas pessoas de vários países e, mais do que uma vez, recebi "shit happens" (na sua versão "a natureza humana é o que é") como resposta à indignação contra a "barbárie" da pena de morte versus a (falta de) indignação contra o crime. São respostas dessas que tornam "a pena de morte é bárbara" em... "francês", se me faço entender.
Pois é precisamente a POSSIBILIDADE de ele (ou outro qualquer) estar inocente que me leva a ser contra a pena de morte, mesmo para aqueles a quem não se aplica essa possibilidade.
Have I made myself clear?
E a propósito de "indignação com o crime" versus "indignação com a pena de morte!" leia aqui
http://www.reuters.com/article/2011/09/21/us-texas-execution-son-idUSTRE78K35B20110921
Há pessoas que nos reconciliam com o mundo!
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