«... Ao dizer que era “só um passageiro”, ao imputar a responsabilidade do homicídio por negligência a quem conduzia, ou ao recordar que a vítima mortal fez um atravessamento em zona proibida, Eduardo Cabrita exibiu perante o país uma horrenda falta de empatia pelos destinos da vítima e do homem que o servia como motorista. Responsabilidade, honra, lealdade ou grandeza moral não couberam na sua reacção.
O Governo tem por isso a partir de hoje um esqueleto no armário e, apesar das eleições daqui a dois meses, não é tarde para o convidar a sair. Cabrita tornou-se um activo tóxico não apenas do PS ou do Governo, mas também da democracia. Bem pode ele vociferar contra “repugnantes aproveitamentos políticos”. Se há algo verdadeiramente repugnante nesta história, é a sua reacção à acusação do MP.»
1 comentário:
Sim, a falta de empatia é horrenda. Tudo, neste triste caso, é horrendo, aliás.
Mas poderá haver, por detrás desta história, algo bem mais estranho e difícil de explicar: por que é a acusação tão branda, tão leve? A que propósito vem o homicídio por negligência, quando tudo parece indicar para um crime bem mais grave? Alguém teve medo de que a coisa pudesse resvalar
Explico porquê em https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/12/motorista-de-cabrita-negligencia-ou.html.
Bom fim de semana.
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