"Entrar num governo, seja como governante ou assessor, uns dias depois de insultar os seus responsáveis políticos com nomes feios, de pedir a sua demissão, de os mandar ir para outro lado, de proferir aquelas frases taxativas e sem nuances que só se podem escrever quando se está disposto a tirar daí consequências, ou seja, a perder alguma coisa por as dizer, é-me de todo incompreensível. Faz-me vergonha pelos outros, pelo débil carácter que revelam, mesmo que esse estilo seja o pão nosso da cada dia nos blogues, agora percebendo-se que não são muito para levar a sério. Basta o aceno de um lugar, de uma carreira, de uma importância, de um panache e lá vai a vergonha toda, a honra e o carácter pelo caminho", Pacheco Pereira.
AQUI
E, a propósito de chiqueiro, também vale a pena ler isto.
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4 comentários:
Ai o Lombinha, com o dito a arder...
O "isto", sobre as razões do ex-jornalista-agora-secretário-de-Estado para não fazer o contraditório, é o melhor de tudo! Não sei qual é o meu argumentário pseudo-coiso-jornaleiro preferido, se este:
"A notícia a que se refere o provedor é de interesse público manifesto. Nesse dia realizava-se mais uma greve na CP, daí que o dever de informar os nossos leitores sobre as regalias e benefícios dos trabalhadores de algumas empresas de transportes seja mais do que óbvio"
se este:
"A sua divulgação [do relatório governamental carregado de mentiras] não era suscetível de obter um contraditório junto dos sindicatos porque a matéria que ali está vertida faz parte dos acordos de empresa [WRONG]. Quem tiver dúvidas sobre o assunto, faça o favor de consultá-los [ahahahahaha!]".
Maravilhoso!, na acepção de sobrenatural.
Morgada, estás desactualizadíssima. Acepção passou a aceção - e tenta ler isto sem te rires.
Eu já nasci desaQUEtualizada...
Reitero que esta cena sobre o jornaleiro é, à falta de melhor literatura, um tratado antológico sobre ao que chega a "res impúdica", e isto em qualquer acepção.
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