30/10/09

A gripe A e os deputados da nação

O título da notícia era assim: Bloco de Esquerda entende que não é necessário alargar aos partidos prioridade na vacinação. Como escreveria se fosse mais jovem, "parti-me a rir!"
E eu que nem sabia que os deputados tinham sido convidados a participar na maior operação de marketing à escala mundial depois daquela campanha que encheu o Iraque de armas de destruição maciça.
Foi quando li isto e fez-se luz. Reproduzo.
«Foram considerados um grupo prioritário e não podia ser de outra maneira. Um coro de protestos democráticos sublinharia qualquer decisão que os excluísse. Alguns aceitaram, como aqueles incontornáveis que têm obrigatoriamente de ser convidados, e não percebem que devem indicar um substituto ou alegar impossibilidades de agenda. Outros prescindiram da honra e humildemente ofereceram a sua dose a um eleitor necessitado.
«No sistema democrático português só há cinco deputados necessários. Os outros têm voto obrigatório para o que interessa: programa do governo, moções de censura e aprovação do orçamento. E para o resto têm um voto vigiado, asfixiado ou claustrofóbico, consoante a bancada. Tinham poupado 224 vacinas e vacinado o Dr. Jaime Gama.»

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