Eduardo Pitta não pára de me surpreender. Após Cormac McCarthy, o versátil crítico comenta agora Por Este Mundo Acima, de Patrícia Reis, na revista Sábado.
Eduardo Pitta diz que Patrícia Reis “em poucos anos, marcou o território da voz própria”. Acrescenta que a “geografia dos afectos sobrepõe-se à desolação”, que o livro é um “corajoso exercício de mnemónica” e que “as personagens discreteiam com naturalidade sobre os mais diversos temas”.
Ficamos também a saber que há uma personagem chamada Pedro e que “o passado cabe inteiro num quarteirão em ruínas”.
Pitta exemplifica a “dimensão de destruição, terrífica, monumental, inesperada […] para mim como uma moldura do Mal onde Pedro se desloca, estrangeiro” (in Por Este Mundo Acima), citando outra passagem do romance que é assim: “A livraria municipal, a pastelaria da moda, o Galeto que fechava às duas e servia refeições a toda a hora.”
Apresenta-nos depois Sofia, “mulher-bunker” (Pitta) que não terá tido tempo de ser menina. Segundo o crítico, “entre os 7 e os 11 anos, o pai, veterano de guerra, não deixou. Cala os abusos e advém mulher”.
A seguir a Sofia advém um rapaz, Eduardo, cujo "altruísmo faz dele um homem"(Pitta), o qual, a dado momento, “parte outra bolacha em quatro, desajeitado, e oferece-me dois pedaços.” (in Por Este Mundo Acima)
Na "moldura do Mal" de Patrícia Reis há (Pitta dixit) uma “estação do metropolitano que sobra intacta para instalar um centro de dia.”; “No Inverno é um bom sítio para estar; para evitar o contacto com a chuva” (in Por Este Mundo Acima).
Mas onde a crítica de Pitta nos alucina mesmo é neste parágrafo: “Não sei se Patrícia Reis é ou foi leitora omnívora de Philip K. Dick, mas alguma coisa do seu (dele) universo fantasmático passou para este romance de uma Lisboa pós-hecatombe. A tradição oral sobrevive num punhado de versos de Ary dos Santos: “Agarro a madrugada/como se fosse uma criança,/uma roseira entrelaçada,/uma videira de esperança.”
Cormac McCarthy; Patrícia Reis; Philip K. Dick; Ary dos Santos. Insondáveis são os caminhos de Pitta!
nao havia necessidade, o critico , é um bom critico, zzzzzzzzzzz
ResponderEliminarA mim o que me espanta é que, malhando no Pitta, escreva textos que, tal como os dele, não são crítica, mas meros resumos de guião. Devia ter-se contido, não devia ter escrito este post. Os coelhos matam-se com uma pancada seca.
ResponderEliminarDesculpe...
ResponderEliminaro sr disse que as personagens quê?!
(Por uma questão de cortesia para quem aqui publica voltei atrás na intenção e li tudo; afinal o textoé seu...)
ResponderEliminarDesculpe
mas
insondáveis são os caminhos de quem o publica.
António Mira, a mim o que me espanta é que não tenha percebido que este texto não era uma crítica - era um resumo.
ResponderEliminarE devia ter-me contido porquê? O Philip K. Dick é menos do que o Cormac McCarthy?
-pirata-vermelho, a mim nunca me verá de certeza a discretear consigo
Ana Cristina Leonardo, estou preocupado. Fui eu que provoquei este post com as minhas provocações ali em baixo? Os resultados no google para Ana Cristina Leonardo Pitta estão a aumentar exponencialmente. Já está a bater kim kardashian paris hilton.
ResponderEliminarestou preocupado. Fui eu que provoquei este post com as minhas provocações ali em baixo?
ResponderEliminarProvocações?! Não, Filipa Soraia. Durma descansado.
What a Dick ? em português é "cum caralho". És fina filha.
ResponderEliminarσκατά
ResponderEliminarnoto que é uma dick(head)finíssima mas o que não é de certeza é minha mãe
"estou preocupado"
ResponderEliminarA Filipa Soraia, afinal, é hermafrodita?
Eu não, sou só transformista. A cabra da skatá é que é hermafrodita (coitada, tem a ponta atrofiada, diz a Ana Crstina), e a suelly é transgender.
ResponderEliminarComplexidade de género a mais. Não tarda nada, começo a precisar de um dicionário.
ResponderEliminarCoitados dos escritores, principalmente portugueses, que recebem uma recensão do Pitta. São logo marcados com ferro em brasa. Livro falado por ele é livro morto, ficamos logo a saber a quem se dirige, isto é, ao "público" do Pitta.
ResponderEliminarCara Ana Cristina Leonardo,
ResponderEliminarNão consegui deixar de escrever no meu blogue sobre os seus textos relativos a Eduardo Pitta. O que escreveu, a forma como o fez, incomodou-me.
Não leve a mal a minha opinião:
http://umjeitomanso.blogspot.com/2011/07/ana-cristina-leonardo-e-eduardo-pitta.html
Boa escrita mas, se me permite a sugestão, vá com mais calma.
Cumprimentos,
JM
Então a menina pinta a manta com os textos do Pitta e depois publica no Espesso uma redaçãozinha indigente sobre o McCarthy!? Pode limpar as mãos à parede...
ResponderEliminarJuvenal Lopes
Um Jeito Manso, respondi-lhe no seu tasco (se não leva a mal a expressão)
ResponderEliminarJuvenal Lopes, agora estragou-me o fim-de-semana
Já te disse tantas vezes, Leopardo: não podes ser assim "tumultuada na expressão das tuas opiniões"...
ResponderEliminar:-)
João, tu conheces-me do tempo das socas. Estou muito melhor
ResponderEliminar-:)
Tentar perceber: o Pitta é execrado porque escreve sobre McCarthy e Patrícia Reis. Classifica o 1º livro com 95% e o 2º com 75%. Vc, ACL, escreve sobre o McCarthy e o João Gonçalves. A merda é a mesma. Ambos escrevem sobre quem os mandam escrever. Ele, por acaso, escreve melhor. A sua resenha do McCarthy é fraquita (mesmo tendo o dobro do tamanho da do Pitta). Raio de comparações em que você se meteu. Como diz o outro, vá-se catar.
ResponderEliminarAnónimo, vejo que percebeu tudo. Absolutamente.
ResponderEliminarNão sabendo quem é o outro, tudo de bom para si também.
hermafroditta.
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