«Ai que prazer não cumprir um dever, ter uma crónica para escrever e não o fazer! (E com esta já vou na terceira ou quarta frase de abertura…)
«Se recordarmos a Guerra dos Cem Anos que assolou a Europa durante a Idade Média, concluímos, sem que isso nos sirva de especial consolo, que há guerras que vieram para durar.
« (...) Integrado nas comemorações deste ano dedicadas ao nascimento do poeta – dizem que passaram cinco séculos e, pelos festejos, o que seria se não tivessem passado…! –, tal lançamento veio colmatar uma falha de peso. Pois se estávamos até agora impedidos de apreciar o imaginário pictórico que a epopeia camoniana despertara em Valter Hugo Mãe, o que por si só seria de lamentar, muito mais pobres ficaríamos sem a leitura do prefácio assinado pelo prolixo vate (referimo-nos, claro, ao desenhista e não a Luís de Camões, que se limitou quase só a fazer versos).